quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Espera em unidade de saúde chega a sete horas

Matéria do Jornal Tribuna do Paraná, via Portal Paraná On Line

Pacientes chegam a esperar por até sete horas na unidade do Boa Vista.

A fila de espera para quem procura o Centro Municipal de Urgências Médicas do Boa Vista, em Curitiba, pode variar entre quatro e sete horas. São os próprios pacientes e seus familiares que relatam a situação.

Quem não tem outra alternativa, espera até que o atendimento médico seja realizado. Outros preferem ir para casa e não resolver o problema do que aguardar este tempo todo.

Os usuários reclamam porque consideram o tempo de espera enorme, mesmo sabendo que o local atende casos de urgência e os pacientes em estado crítico são passados na frente na ordem do atendimento.

A aposentada Waldete Claudino dos Santos procurou o centro na última quinta-feira à noite. Ela levou o neto dela, que estava com muita dor de ouvido. “A atendente me informou que demoraria entre cinco e sete horas. Como eu ficaria com o meu neto sofrendo de dor de ouvido aquele tempo todo?”, questiona.

Conversando com pacientes que aguardavam o atendimento, todos citaram que estavam esperando há horas. “Eu cheguei lá às 20h30 e tinha gente que estava esperando desde às 13h30 e ainda não tinha sido ainda atendida por um médico”, relata.

A demora também aconteceu com a manicure Sirlene dos Santos, que levou o avô dela para o centro do Boa Vista no último domingo, às 14h. O atendimento, de acordo com ela, ocorreu apenas entre 20h e 20h30.

Antes, ela foi informada que a previsão para que o atendimento ocorresse era de quatro horas. “Já de cara deram essa previsão. Meu avô estava com muita dor no peito e tem histórico de infarto e um AVC (acidente vascular cerebral)”, comenta.

“A primeira avaliação é rápida e, depois que vai para o médico, o processo acontece normalmente. O problema está entre a primeira avaliação e o atendimento com o médico”, esclarece.

A situação também foi confirmada para a reportagem de O Estado por familiares de pacientes que foram atendidos rapidamente por serem casos críticos. Eles ouviram as reclamações de quem já aguardava há horas enquanto realizavam os trâmites para a internação.

O diretor do sistema de Urgências e Emergências da Secretaria Municipal de Saúde, Matheos Chomatas, explica que o centro do Boa Vista está passando por um problema no quadro de profissionais.

Alguns saíram de lá e o Hospital de Clínicas, que é o responsável em fornecer pessoal para o centro mediante termo de cooperação, está atrás de novos médicos. “Em alguns dias, faltam três profissionais na escala. Mas daqui a pouco será regularizada a situação”, conta.

O processo de contratação está em andamento e em poucos dias a equipe estará completa, de acordo com ele. Enquanto isto, a capacidade para consultas é reduzida e o setor de emergência opera normalmente.

Além do problema com os médicos, Chomatas explica que o tempo de espera também está relacionado com os resultados dos exames de diagnósticos. O paciente não é liberado sem o resultado dos testes e isto pode demorar.

O centro do Boa Vista ainda tem algumas particularidades, como a procura por moradores da Região Metropolitana de Curitiba (de acordo com ele, 55% das pessoas que procuram diariamente a unidade) e o acesso fácil pelo transporte coletivo na comparação com outros centros.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Saúde da Família e Comunidade em debate em Brasília

Será realizado no próximo dia 29, em Brasília, o Fórum sobre Saúde da Família e Comunidade. O evento acontecerá na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM) , com a participação da FENAM, que será representada por Otino José de Araújo Freitas, membro da Comissão de Saúde da Família e Comunidade.

O credenciamento começa às 8h30min e logo em seguida ocorre a abertura do evento. O fórum prossegue às 9h30min com o tema Comitê Intermunicipal de Bioética: uma proposta para a atenção básica à saúde. Em seguida, a palestra vai ser sobre Remuneração: plano de carreira, concurso público, e distorções contratuais. Ao término dessa palestra, será aberto um espaço para debates.

No período da tarde, as discussões giram em torno da Assistência à criança no PSF – Programa de Saúde da Família. Às 15h, a programação inclui palestra sobre Ideologia do PSF. Fechando o dia de atividades, o tema Financiamento também será abordado. Haverá um novo tempo para debates e o encerramento do evento está marcado para às 18 horas.

Fonte: FENAM

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nota de Pesar


O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, SIMEPAR, manifesta profundo pesar pelo falecimento do Dr. Nelson Szpeiter.

O Paraná e o Brasil perdem um importante médico e pesquisador da infectologia. Seu trabalho poupou muitas vidas e merece ser lembrado e homenageado.

Curitiba, 22 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Gazeta do Povo faz reportagem sobre condições de trabalho dos médicos dos CMUM's de Curitiba


A Dra. Claudia Paola, dirigente do SIMEPAR
Médicos dizem trabalhar em condições precárias

Profissionais reclamam de interferência e de falta de segurança nos oito Centros Municipais de Urgência Médica de Curitiba. Por mês, eles atendem 120 mil pessoas

Médicos que trabalham nos oito Centros Municipais de Urgência Médica de Curitiba estão reclamando das atuais condições de trabalho. Eles são responsáveis pelo atendimento de 120 mil pacientes por mês e, além de fazer diagnósticos, precisam enfrentar a falta de segurança, interferências no exercício da profissão e uma relação de trabalho inadequada, segundo a diretora-adjunta do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), a médica Cláudia Pao­la Carrasco Aguilar.

De acordo com Cláudia, o sindicato recebeu inúmeras denúncias, o que fez com que a entidade levasse o caso ao Ministério Público do Trabalho.

Um médico que trabalha em um dos Centros – que prefere não ser identificado – diz ser absurdo que um gestor determine como o trabalho dele deve ser feito. “Os médicos têm liberdade para indicar o melhor tratamento para o paciente. O gestor não pode limitar o nosso trabalho. O que está acontecendo no momento, como o ato de restringir exames, por exemplo, é um absurdo”, diz.

Os profissionais, segundo Claudia, afirmam ainda que a prefeitura está proibindo o retorno dos pacientes aos centros. “É uma norma que não tem cabimento. A apendicite, por exemplo, numa primeira avaliação pode não ser identificada, mas dentro de algumas horas o paciente apresentará um quadro típico da doença, ou seja, o retorno é necessário”, diz.

Outro problema seria a falta de segurança. “Com o acúmulo de trabalho, o serviço fica sobrecarregado, gerando filas. Com a demora para o atendimento, as reclamações aumentam e muitos pacientes acabam extrapolando. Não são raros os casos de médicos e enfermeiros agredidos verbalmente e fisicamente. Alguns tiveram que ir para delegacia. As agressões são corriqueiras”, afirma a diretora-adjunta.

Outro tópico seria a relação de trabalho. Os médicos não são funcionários da prefeitura, mas de instituições privadas, de hospitais como o Cajuru, o Evangélico, a Cruz Vermelha e da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). A prática, segundo o sindicato, configuraria uma suposta terceirização, o que é ilegal.

Quem são

As unidades de saúde estão localizadas nos bairros Boqueirão, Boa Vista, Cajuru, Pinheirinho, Campo Comprido, Fazendinha, Sítio Cercado e Cidade Industrial de Curitiba. Em cada uma há um grupo de médicos por dia, mas eles não são fixos – há uma rotatividade de profissionais, por isso é difícil calcular o número exato de médicos que fazem o atendimento nesses locais.

Outro lado

De acordo com o médico e diretor do Serviço de Urgência e Emergência de Curitiba, Matheus Chomatas, o contrato de serviço dos centros não caracteriza terceirização. “É um grande convênio com as escolas de medicina de Curitiba, que têm hospitais. A responsabilidade clínica é do hospital de retaguarda e não da prefeitura”, afirma.

Em relação ao retorno de pacientes e a suposta interferência no exercício da profissão, ele afirma que os centros de urgência são unidades de pronto atendimento e não ambulatórios de investigação. “O retorno dos pacientes não é proibido, mas é inadequado”, afirma.

Sobre a segurança, Choma­tas diz que a Guarda Municipal está presente em todos os centros para proteger não apenas o patrimônio, mas os servidores. O diretor nega ainda a acusação de sobrecarga no serviço. Segundo ele, uma Portaria do Mi­­nistério da Saúde (2048/2002) estipula um nú­­mero mínimo de médicos de acordo com o tamanho da unidade de saúde. “Nossas unidades são de porte 3. O que significa que na teoria teríamos que ter três médicos clínicos e três pediatras por turno. Nós temos dez. O que pode ocorrer, e ninguém comenta, é o médico que tem que chegar às 7 horas, mas chega às 9 horas. E aí a população se enfurece”, afirma.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Médicos se mobilizam pela valorização

Matéria do Jornal O Estado do Paraná

A valorização profissional será o principal tema a ser discutido com a sociedade no Dia do Médico. A categoria quer uma maior valorização da carreira, o que passa pela remuneração e pelas condições de trabalho.

Entidades que representam a classe já programaram um ato público no dia 26 de outubro, quando também ocorrerá uma reunião em Brasília com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Os médicos têm três principais reivindicações para que o sistema de atendimento à saúde no País melhore. A primeira é a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que fala sobre o financiamento do sistema de saúde.

"A aprovação traria mais recursos para o sistema público, com 10% da União, 12% dos Estados e 15% dos municípios. Existe uma série de obstruções. E não basta apenas a regulamentação, mas também gestão dos recursos", comenta o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Alexandre Gustavo Bley.

A classe também defende a carreira de Estado do médico, com profissionais concursados e que seriam espalhados pelo País, suprindo a necessidade de locais onde a concentração de profissionais é pequena. Mas, de acordo com Bley, também seria necessário equipar estes lugares.

"Às vezes são oferecidos salários bons, mas não tem condições de trabalho", lembra. Este assunto e a regulamentação da Emenda 29 serão debatidos com o ministro Temporão.

A baixa remuneração dos médicos pelos planos de saúde também deve ser comentada na reunião com o ministro, no dia 26. Os médicos estão lutando por melhores pagamentos pelas consultas e procedimentos.

"Do que se paga, descontando os impostos e manutenção do consultório, sobram R$ 6, R$ 7. O que estamos vendo, infelizmente, é a precarização. Os médicos têm que atender mais para conseguir uma remuneração melhor. Há mais de 10 anos estamos sem repasse. Se fôssemos considerar reajustes que os planos receberam nos últimos anos, a consulta já estaria em R$ 120. Hoje o valor pago varia entre R$ 35 e R$ 40", afirma Bley.

No início das celebrações do Dia do Médico, na noite do dia 16, foram homenageados no CRM-PR 49 profissionais que completaram 50 anos de atividades sem qualquer percalço ético. Além disto, o professor doutor João Manuel Cardoso Martins recebeu a Medalha de Lucas Tributo ao Mérito Médico. Foi ainda entregue um Diploma de Louvor para Abdon Pacheco do Nascimento, fundador e ex-presidente do conselho.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Médicos dos CMUM’s de Curitiba estão sobrecarregados e expostos à violência

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná vem recebendo diversas reclamações de médicos e médicas que atendem nos Centros Municipais de Urgência Médica (CMUM’s) de Curitiba. O serviço prestado pela Prefeitura Municipal é sobrecarregado e tem diversas deficiências que resultam em condições de trabalho precárias para os profissionais da saúde e problemas no atendimento à população.

Os médicos e médicas que atendem nos oito CMUM’s não são contratados pela Prefeitura e sim por quatro instituições (Hospitais Cajuru, Evangélico, Cruz Vermelha e Funpar) o que caracteriza terceirização e é ilegal. O SIMEPAR já denunciou essa irregularidade ao Ministério Público do Trabalho que está investigando o caso. Essa forma de contratação gera uma série de distorções, os contratantes pagam salários e benefícios diferentes para profissionais que exercem a mesma função, o que também é ilegal e gera muita insatisfação. Cabe ressaltar que somente os médicos são contratados dessa maneira.

Os médicos também se queixam de acúmulo de trabalho, pois a demanda por atendimento é muito superior ao número de profissionais. Isso resulta em demora no atendimento, insatisfação da população e constantes casos de agressão aos médicos e demais profissionais. A falta de segurança é um dos principais problemas apontados.

Além disso, os médicos afirmam que há interferência no exercício da medicina, com restrições a prescrição de determinados medicamentos, restrições a pedidos de exames e proibição de indicação de retorno aos pacientes; práticas que são vedadas pela lei e pelo código de ética médica.

Esses problemas não são novos, e o SIMEPAR vem tomando medidas para tentar resolvê-los há tempo. Várias denúncias já foram feitas ao Ministério Público do Trabalho, Conselho Regional de Medicina, Federação Nacional dos Médicos entre outras entidades. Recentemente, a direção do Sindicato esteve reunida com a Secretária Municipal de Saúde, Dra. Eliane Chomatas. Mas a Prefeitura Municipal minimiza a situação a age como se os problemas não existissem.

Agora, o SIMEPAR em conjunto com os médicos e médicas que atendem nesses centros estudam medidas judiciais e de mobilização para que os gestores municipais reconheçam os problemas e busquem soluções para melhorar as condições de trabalho e o atendimento à população.

Assessoria de Comunicação do SIMEPAR

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Aposentadoria especial para médicos/as servidores/as do Estado

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná divulgou há alguns meses uma vitória no Supremo Tribunal Federal (STF) através de Mandado de Injunção concedendo o direito da aposentadoria especial aos médicos servidores estaduais aos 25 anos de trabalho. A aposentadoria especial dos servidores deveria ser regulamentada por lei complementar, mas não foi. O mandado de injunção serve para preencher essa lacuna na lei.

Porém, o Governo do Estado do Paraná está concedendo por via administrativa, a aposentadoria especial para os profissionais da saúde que comprovem o trabalho em ambiente insalubre, entre eles os médicos. Basta fazer um requerimento diretamente à Paraná Previdência.  Caso não seja atendido, o/a médico que tiver direito à aposentadoria pode buscar o caminho judicial.

Elaboramos um modelo de requerimento citando um mandado de injunção que obteve vitória.

Clique aqui para fazer download do modelo de requerimento.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Saúde vai dar bolsas de estudo para projetos sobre consumo de crack e álccol

Instituições de ensino superior de todo o país terão até 12 de novembro para inscrever projetos de pesquisa na área de saúde mental, feitos por alunos, professores e profissionais de saúde. Os trabalhos devem abordar temas como o crack, álcool e outras drogas. A iniciativa faz parte de um plano estratégico do governo federal para conter o consumo dessas substâncias.

O programa oferece bolsas de estudo para estimular pesquisas que beneficiem o Sistema Único de Saúde (SUS) em vários setores de atuação. De acordo com a diretora de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, não há um número fixo de bolsas, tudo vai depender da demanda. Para fazer a inscrição e ter mais informações basta acessar o site www.saude.gov.br.

Dirigentes de entidades preocupados com novas propostas de avaliação dos programas de residência médica

O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, participou nesta quarta-feira (6) de reunião com a secretária de Educação Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Bucci, para debater o marco regulatório da residência médica. Uma minuta de um decreto apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) prevê mudanças na prática das avaliações nos processos de renovação, fiscalização, autorização e abertura de novos programas de residência, além de alterar a atual composição da Comissão Nacional de Residência Médica, responsável por essas avaliações. A minuta do decreto também descaracteriza o controle da residência médica, realizado exclusivamente por médicos, e inclui novos membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde(CONASEMS) na comissão.

Representantes da FENAM, bem como do Conselho Federal de Medicina, manifestaram, durante a reunião, a preocupação das entidades médicas em relação ao assunto e vão apresentar sugestões para que a qualidade do ensino médico do país não seja prejudicada com a adoção de novas regras. Cid Carvalhaes informou que representantes do Ministério da Educação se mostraram receptivos às preocupações e sugestões das entidades médicas.

"A FENAM está sempre vigilante em todos os passos da formação médica. Essas modificações propostas pelo MEC, trazem algumas preocupações e muitos desconfortos. Então, o objetivo foi manifestar nossas preocupações à secretária e abrir um espaço de diálogo. A reunião é o início de um processo e queremos que este debate continue, que se aprofunde, se aperfeiçoe e que, no final de tudo isso, tenhamos um avanço no processo da residência médica do país", disse Cid Carvalhes.

O encontro também contou com a presença da Secretária Executiva da Comissão Nacional de Residência Médica, Maria do Patrocínio, do vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, e de diretores da Associação Brasileira de Ensino Médico e de hospitais de residência.

Fonte: FENAM

Médico/as dos CMUM’s vão se reunir com o SIMEPAR na quarta-feira

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, SIMEPAR, vêm recebendo diversas reclamações e reivindicações vindas de médicos e médicas dos Centros Municipais de Urgências Médicas,  CMUM's, de Curitiba.

Algumas dessas reclamações já foram encaminhadas pelo SIMEPAR ao Ministério Público do Trabalho, Conselho Regional de Medicina e outras entidades e autoridades e estão sendo investigadas.

Por isso, a direção do SIMEPAR, em conjunto com médicos/as dos CMUM's, está convocando uma reunião com todos os médicos/as desses Centros.

A reunião será na quarta-feira, 13 de outubro, às 19 horas, na Sede do SIMEPAR: Rua Cel.  Joaquim Sarmento,177, Bom Retiro.

A pauta proposta para essa reunião é a seguinte:
1. Condições de trabalho dos médicos/as dos CMUM's;
2. Segurança;
3. Isonomia salarial entre os médicos/as, adicionais noturnos e de fins de semana e aumento de remuneração;
4. Demais reivindicações da categoria previstas em Dissídio Coletivo ajuizado pelo Sindicato.

A presença de todos/as é muito importante para o avanço nas reivindicações.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Criança italiana recebe coração-robô

Do Portal Jornale

Coração funciona com energia elétrica e sangue é bombeado hidraulicamente

Um garoto italiano de 15 anos tornou-se a primeira criança a receber um coração totalmente artificial no mundo. A cirurgia foi realizada em Roma, no Hospital Infantil Bambino Gesu há uma semana, e o paciente está em boa recuperação.

O jovem sofre de uma doença conhecida como Síndrome de Duchenne, que provoca uma distrofia muscular progressiva, podendo afetar seriamente o coração. Por esta razão, não é permitido que ele faça parte da lista de espera por doações de órgãos.

De acordo com o cardiologista responsável pela operação, Dr. Antonio Amodeo, este implante de coração artificial não é temporário, como todos os demais até então, mas sim permanente, dando uma nova expectativa de vida para o paciente, de 20 a 25 anos.

O garoto, que não teve o nome divulgado, passou por uma cirurgia de 10 horas na semana passada, ficou um período na UTI, mas agora se recupera bem, conta o site Telegraph.

O coração pesa cerca de 90g e funciona com energia elétrica e o bombeamento de sangue é feito hidraulicamente, ficando localizado totalmente dentro do tórax, a fim de que os riscos de infecção sejam os menores possíveis. O coração-robô possui um plug atrás da orelha do garoto, que se conecta a uma bateria que o paciente carrega na cintura. A bateria é carregada durante a noite, assim como um celular, conta o Dr. Amodeo.

O médico termina dizendo que este caso abre um excelente precedente para crianças com problemas cardíacos, já que as filas para doações são enormes. Além do fato de ter sido a primeira vez que o procedimento foi realizado em uma criança.

Ministério da Saúde pesquisa perfil dos usuários de crack no país

O aumento no consumo do crack e sua disseminação entre as classes sociais vêm preocupando as autoridades brasileiras. Como ainda faltam no Brasil dados precisos sobre o perfil do usuário da droga, o Ministério da Saúde informou hoje (4) que pretende divulgar até o início do ano que vem os resultados de um estudo que está desenvolvendo nas cidades do Rio de Janeiro, de Macaé (RJ) e de Salvador (BA). O objetivo é direcionar de forma mais eficiente as ações do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, que está recebendo R$ 140,9 milhões, em verbas federais.

De acordo com o ministério, essas cidades foram escolhidas porque já eram alvo de atividades na área, promovidas pelas universidades federais locais – Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Federal da Bahia.

Para mapear a situação, o levantamento está dividido em seis partes que incluem a coleta de dados sobre moradia, idade e sexo de pessoas que usam crack; além de comportamentos de risco para doenças sexualmente transmissíveis, como hepatite e aids, já que muitos dependentes se prostituem em troca de dinheiro para comprar a droga.

Outro aspecto que o estudo vai traçar é o diagnóstico do tipo de serviço público mais procurado por quem deseja abandonar o vício. De acordo com o Ministério da Saúde, um dos principais desafios é garantir a vinculação do paciente ao trabalho desenvolvido por essas instituições, evitando que o paciente abandone o tratamento, que precisa ser cada vez mais rápido, como destaca a diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), ligado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ivone Ponczek.

“O crack trouxe muitas mudanças no tipo de tratamento oferecido. Como é uma droga que causa dependência rapidamente, temos que agir da mesma forma. Antes da sua disseminação, a ação era gradativa. Com ele, pode não dar tempo, principalmente pela compulsão forte que é provocada e porque muitas vezes o paciente vai e não volta mais”, explicou, afirmando que a proporção de atendimentos de viciados na droga aumentou bastante nos últimos três anos.

“Hoje, de cada dez atendimentos, cerca de sete são em função do crack”, disse. A diretora do Nepad também alerta para a progressiva redução da faixa etária de usuários da droga, “atingindo crianças de 8, 9 anos, num processo estarrecedor”, completou.

Segundo ela, o baixo preço – com R$ 0,50 é possível comprar uma pedra – aliado à rapidez das sensações que provoca ajudam a explicar a procura pela substância.

O psiquiatra Jairo Werner, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), destacou que além das consequências físicas, há os graves problemas sociais já que, para comprar a droga, a pessoa com o vício é capaz de agir com violência, cometer crimes e se prostituir.

“É uma questão social grave que já não está restrita às classes econômicas mais baixas. Para combatê-la e evitar que essa tragédia aumente é preciso desenvolver um trabalho preventivo enorme, envolvendo diversos setores da sociedade, como saúde, assistência social e segurança, tanto na esfera governamental como fora dela”.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ministério da Saúde pesquisa perfil dos usuários de crack no país

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O aumento no consumo do crack e sua disseminação entre as classes sociais vêm preocupando as autoridades brasileiras. Como ainda faltam no Brasil dados precisos sobre o perfil do usuário da droga, o Ministério da Saúde informou hoje (4) que pretende divulgar até o início do ano que vem os resultados de um estudo que está desenvolvendo nas cidades do Rio de Janeiro, de Macaé (RJ) e de Salvador (BA). O objetivo é direcionar de forma mais eficiente as ações do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, que está recebendo R$ 140,9 milhões, em verbas federais.

De acordo com o ministério, essas cidades foram escolhidas porque já eram alvo de atividades na área, promovidas pelas universidades federais locais – Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Federal da Bahia.

Para mapear a situação, o levantamento está dividido em seis partes que incluem a coleta de dados sobre moradia, idade e sexo de pessoas que usam crack; além de comportamentos de risco para doenças sexualmente transmissíveis, como hepatite e aids, já que muitos dependentes se prostituem em troca de dinheiro para comprar a droga.

Outro aspecto que o estudo vai traçar é o diagnóstico do tipo de serviço público mais procurado por quem deseja abandonar o vício. De acordo com o Ministério da Saúde, um dos principais desafios é garantir a vinculação do paciente ao trabalho desenvolvido por essas instituições, evitando que o paciente abandone o tratamento, que precisa ser cada vez mais rápido, como destaca a diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), ligado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ivone Ponczek.

“O crack trouxe muitas mudanças no tipo de tratamento oferecido. Como é uma droga que causa dependência rapidamente, temos que agir da mesma forma. Antes da sua disseminação, a ação era gradativa. Com ele, pode não dar tempo, principalmente pela compulsão forte que é provocada e porque muitas vezes o paciente vai e não volta mais”, explicou, afirmando que a proporção de atendimentos de viciados na droga aumentou bastante nos últimos três anos.

“Hoje, de cada dez atendimentos, cerca de sete são em função do crack”, disse. A diretora do Nepad também alerta para a progressiva redução da faixa etária de usuários da droga, “atingindo crianças de 8, 9 anos, num processo estarrecedor”, completou.

Segundo ela, o baixo preço – com R$ 0,50 é possível comprar uma pedra – aliado à rapidez das sensações que provoca ajudam a explicar a procura pela substância.

O psiquiatra Jairo Werner, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), destacou que além das consequências físicas, há os graves problemas sociais já que, para comprar a droga, a pessoa com o vício é capaz de agir com violência, cometer crimes e se prostituir.

“É uma questão social grave que já não está restrita às classes econômicas mais baixas. Para combatê-la e evitar que essa tragédia aumente é preciso desenvolver um trabalho preventivo enorme, envolvendo diversos setores da sociedade, como saúde, assistência social e segurança, tanto na esfera governamental como fora dela”.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ANS estabelece prazos máximos de atendimento a clientes de planos de saúde

Da Agência Brasil.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu prazos máximos de atendimento aos clientes de planos de saúde. Os prazos, a serem cumpridos pelas operadoras de planos de saúde, variam de três a 21 dias, dependendo da especialidade.

As operadoras terão, por exemplo, sete dias para providenciar atendimento odontológico e básico (pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia, cardiologia, ortopedia e traumatologia). No caso de consultas a fonoaudiólogo, nutricionista e psicólogo, sessões de fisioterapia e terapia ocupacional e exames de diagnóstico por imagem, o serviço deverá ser prestado em até dez dias.

Para procedimentos de alta complexidade e internações eletivas (que não são de emergência), o tempo máximo é de 21 dias. Os prazos serão oficializados em uma instrução normativa da ANS, que deve ser publicada na próxima semana.

De acordo com ANS, se a operadora desrespeitar os prazos, correrá o risco de ter o registro suspenso. As empresas poderão apresentar à agência um plano alternativo, caso aleguem falta de condições para cumprir os prazos de atendimento.

A ANS tomou a medida depois de pesquisar os prazos adotados e considerados razoáveis pela maioria dos planos. Segundo o estudo, nas consultas básicas, 9,6% das operadoras consideram razoável o serviço ser prestado no prazo superior a 16 dias. Nas consultas de outras especialidades, 24,8% realizam e 25,3% entendem como razoável espera de 8 a 15 dias pelo atendimento.

Em relação às cirurgias eletivas com implante, 48,9% adotam prazo de até 30 dias e 52% consideram o tempo razoável.  Foram ouvidas 840 operadoras, o equivalente a 72,3% do setor, com 42 milhões de usuários, correspondendo a 89% do total.

Detalhes da carreira no SUS para médicos, enfermeiros e dentistas começam a ser definidos

Os detalhes da proposta de carreira do Sistema Único de Saúde (SUS), que está sendo elaborada por representantes dos médicos, dentistas e enfermeiros, junto com técnicos do Ministério da Saúde, começam a ser definidos. Em reunião realizada nesta quarta e quinta-feira, 29 e 30, em Brasília, foi definido que, em princípio, a carreira compreenderá a atenção básica e abrangerá regiões longínquas e com déficit de profissionais, como o caso das regiões Norte e Nordeste do país. Entretanto, regiões pobres do Sudeste e Centro-Oeste, como é o caso do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, que tem dificuldades de prover profissionais dessas especialidades, também serão abrangidas.

De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, dos 5.564 municípios brasileiros, 1.280 (23%) têm escassez de médicos na atenção primária. Desses, 783 estariam com situação precária (municípios que apresentam relação de 1 médico por 3.000 habitantes).

"Nós sempre brigamos e lutamos para que o Ministério da Saúde absorvesse a nossa proposta de carreira de Estado. Essa não é aquela proposta que desejaríamos, para todos os médicos, todas as regiões e todos os profissionais de saúde. É ainda uma proposta limitada, que abrange somente a atenção básica, mas para nós já é um grande avanço", disse o representante da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) na Comissão, José Erivalder Guimarães de Oliveira.

Médicos, enfermeiros e odontólogos que desejarem trabalhar nessas regiões deverão prestar concurso público e cumprirão o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, com base na Lei 8.112/90.

A proposta tem previsão de término no dia 16 de dezembro. Para isso, os membros da Comissão irão se reunir semanalmente em Brasília, a fim de definir todos os critérios da carreira.

Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV)

Durante a reunião, os representantes da FENAM apresentaram e entregaram exemplares do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos para médicos (PCCV), elaborado pela Federação Nacional dos Médicos e Fundação Getúlio Vargas, em conjunto com a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, para que PCCV balize a progressão dos profissionais dentro da carreira do SUS.

Também representaram os médicos no encontro o secretário de Comunicação da FENAM, Waldir Cardoso, e o conselheiro Alceu Pimentel, pelo CFM.

Fonte: FENAM