terça-feira, 31 de julho de 2012

Sancionada a Lei do Teste do Coraçãozinho

A Lei n° 17.231, sancionada no último dia 16 de julho, inclui a oximetria de pulso, o “Teste do Coraçãozinho”, nos exames obrigatórios realizados em recém-nascidos nas maternidades e casas hospitalares mantidos pelo Estado do Paraná. Agora, todos os recém-nascidos poderão realizar gratuitamente o teste, para detectar a cardiopatia congênita, assim como já são realizados os testes do pezinho e da orelhinha.

A cardiopatia congênita é uma doença na qual há anormalidade da estrutura ou função do coração que está presente no nascimento. A doença é uma das principais causas de defeito de nascimento e óbitos no mundo inteiro. De acordo com números da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 100 crianças nascidas vivas tem pelo menos um problema no coração. “O exame vai garantir aos recém-nascidos paranaenses o diagnóstico precoce da cardiopatia congênita, evitando assim, óbitos relacionados à malformação congênita”, explica o deputado Hermas Brandão Junior (PSB), autor do projeto que deu origem à nova lei. O projeto de Hermas Brandão teve anexados outros dois, também apresentados na Assembleia Legislativa, conforme iniciativa dos deputados Ney Leprevost (PSD) e Marcelo Rangel (PPS).

A oximetria de pulso é um teste simples, indolor, seguro e barato, pois são realizados com o aparelho oxímetro, que todas as maternidades obrigatoriamente devem possuir. Ele deve ser realizado nas primeiras 24 horas de vida do bebê, antes da alta hospitalar, para a verificação de níveis de oxigênio no sangue da criança. Havendo alteração devem ser realizados outros exames para descartar a possibilidade da doença. Estudos publicados em periódicos no mundo inteiro comprovam a eficácia do teste. “Podemos salvar muitas vidas, a exemplo do que já fazem em vários países do mundo com a simples realização do teste, já que se não detectada a anormalidade, pode levar a morte em poucos dias”, esclarece Hermas Brandão Jr.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Alep via Portal do CRM PR

Ministério da Saúde e Facebook fecham parceria para incentivar doação de órgãos no Brasil

Da Agéncia Brasil

Uma parceria entre o Ministério da Saúde e a rede social Facebook quer ampliar o número de transplantes feitos no Brasil. Uma ferramenta, já disponível no perfil do usuário da rede social, possibilita que ele manifeste o desejo de ser doador de órgãos. Ainda assim, a doação só poderá acontecer após autorização da família.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a estratégia consiste em usar as redes sociais para aumentar o diálogo com a população brasileira. Ele lembrou que, atualmente, quase 80 milhões de brasileiros têm acesso a internet e quase 40 milhões usam o Facebook.

“Esta parceria facilita que qualquer indivíduo deixe clara a sua opção de ser doador, de registrar em vida que deseja ser um doador”, disse. “Acreditamos que vamos criar um burburinho e dialogar com o público jovem para que, desde o começo, possa optar por registrar o desejo de ser doador”, completou.

O vice-presidente do Facebook para a América Latina, Alexandre Hohagen, explicou que a nova ferramenta permite aos usuários declararem a intenção de serem doadores de órgãos em apenas alguns minutos e compartilhar a informação com os amigos e membros da família que também têm perfil na rede social.

“Para doar órgãos, é fundamental que haja o conhecimento e o consentimento da família. No momento em que isso for necessário, a família e os amigos saberão da intenção das pessoas. Esta estratégia não substitui o caminho formal, mas ajuda a tornar a intenção mais clara”, concluiu.

Quem tiver interesse em utilizar a ferramenta deve entrar em seu perfil no Facebook, clicar em Atualizar Status, escolher a opção Evento Cotidiano e, em seguida, a opção Saúde e Bem-Estar.

Região Sul registra 153 mortes de pacientes com o vírus H1N1

Da Agência Brasil

A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou hoje (30) a ocorrência de mais oito mortes de pacientes com o vírus Influenza H1N1. A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul também informou mais uma morte.

Com esses dados, sobe para 153 o total de mortes causadas este ano pela doença na Região Sul – 72 em Santa Catarina, 48 no Rio Grande do Sul e 33 no Paraná.

O Paraná contabiliza 986 casos da doença confirmados em laboratório desde janeiro; Santa Catarina, 741 e o Rio Grande do Sul, 383.

No último dia 25, o Ministério da Saúde divulgou dados que apontam queda do número de mortes nas últimas semanas. Segundo o ministério, o pico de mortalidade da doença teria ocorrido na 25ª semana do ano, entre os dias 17 e 23 junho.

Os dados do Paraná permitem uma análise diferente, já que a 28ª semana, entre os dias 8 e 14 de julho, registrou sete mortes – quantidade idêntica à da 25ª semana.

Em todo o país, de janeiro até 21 de julho, houve 210 mortes causadas pela influenza A (H1N1) – gripe suína. Esse número corresponde a 10,2% do registrado em 2009, quando 2.060 pessoas morreram no Brasil em razão da doença.

Na Região Sul, cujo clima frio facilita a circulação do vírus, as 153 vítimas fatais deste ano equivalem a 19,4% do total das 789 verificadas em 2009. O fim da pandemia foi decretado em agosto de 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Orientação - Na semana passada, o ministério reforçou a orientação para que médicos receitem o antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu, a todos os pacientes com síndrome gripal residentes nos estados com maior circulação do vírus Influenza H1N1, mesmo antes de resultados de exames laboratoriais ou sinais de agravamento da doença. A pasta também divulgou um cartaz com orientações específicas aos médicos.

A síndrome gripal é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, muscular ou nas articulações. O antiviral, que reduz as chances de que a doença evolua para um caso grave, tem maior eficácia quando tomado nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas.

Gazeta do Povo: UFPR estuda não adesão do HC à empresa pública

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

Após a greve, que já dura 50 dias, conselho universitário discute o futuro administrativo do hospital. A empresa pública Ebserh seria alternativa aos problemas atuais

Basta a greve dos professores e dos funcionários técnico-administrativos acabar para entrar em discussão, pelo Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a entrada do Hospital de Clínicas (HC) na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um órgão público criado no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC) para assumir a gestão de 46 hospitais universitários do país. A iniciativa faz parte do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF).

reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, se manifestou contrário à proposta, posição que também é defendida pelos sindicatos que representam os funcionários do hospital. Mesmo assim, Akel Sobrinho garante que será feita uma discussão envolvendo o conselho universitário da UFPR, para que seja definido o parecer final sobre a questão. “A avaliação da reitoria é de que não devamos aderir, mas como não há uma pressa do MEC em relação à decisão, ainda temos tempo para discutir o assunto, tirar dúvidas e tomar uma posição oficial com calma.”

A adesão à Ebserh vem dividindo opiniões em universidades do Brasil desde abril, quando o governo apresentou a ideia. Com a vinculação à empresa, as universidades abrem mão da administração dos hospitais universitários e a gestão desses espaços fica por conta da empresa. A contratação dos funcionários passa a ser feita por meio de processos seletivos simplificados (nos dois primeiros anos) e concurso público, a partir desse prazo, segundo o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Para o governo, a Ebserh seria uma forma de acabar com os problemas de verbas e contratação de pessoal que comprometem o funcionamento dos hospitais. No HC da UFPR, segundo o reitor, cerca de 100 leitos estão fechados por falta de pessoal e seriam necessários aproximadamente 600 novos funcionários para recompor o quadro.

Por enquanto, dez universidades em oito estados já manifestaram a adesão à Ebserh, somando 17 hospitais universitários, mas as experiências, segundo Akel Sobrinho, não servem de parâmetro para a situação do HC. “As que aceitaram eram as que tinham mais problemas administrativos, como o hospital da Universidade Federal do Piauí que tinha estrutura, mas não contava com funcionários e os administradores não tinham experiência em gestão.”

O reitor explica que, por aqui, os problemas estão concentrados na falta de dinheiro e de pessoal. A ausência de investimentos teria sido amenizada pelos recursos obtidos com o REHUF – em julho, foram liberados aproximadamente R$ 100 milhões para 46 hospitais universitários do país. No HC da UFPR, o dinheiro foi usado para melhorar as condições de infraestrutura. A verba, porém, não viabilizou a contratação de novos funcionários. Para Akel Sobrinho, a entrada na Ebserh não solucionaria os problemas e ainda geraria outros, como o HC perder sua identidade como um hospital-escola. “O HC tem parcerias com cursos como Medicina, Farmácia e Psicologia e é um campo de estágio e formação para os alunos. Caso a gestão seja mudada, não sabemos se a participação dos estudantes não vai ser dificultada.”

Proposta de nova gestão seria pouco flexível

Se depender da posição do reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, e dos sindicatos que representam os funcionários do HC, o hospital da UFPR não deve entrar para a Ebserh. Segundo Akel Sobrinho, o problema é a pouca flexibilidade da proposta. “A escolha é muito direta: ou tudo ou nada. Ou entregamos a chave do hospital para a empresa administrá-lo na totalidade e ela fica responsável pelo pessoal, equipamentos, estrutura e gestão, ou negamos a entrada e ficamos sem nada. Nesse cenário, a resposta é clara: não vamos abrir mão do nosso hospital”, afirmou.

Entre os sindicatos, a opinião também é de recusa. “Com a empresa, o hospital vai passar a funcionar segundo as regras de empresas privadas, o que descaracterizaria o nosso trabalho. O HC é um hospital de alta complexidade e o objetivo não é o lucro, mas preservar a vida. Precisamos investir no que temos e não gerar novas fontes de gastos”, diz o médico do HC e secretário-geral do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar), Darley Wollmann Júnior.

Ano passado

Em abril de 2011, o Con­selho Universitário da UFPR fez um debate sobre a medida provisória que autorizava a criação da Ebserh. Por unanimidade de votos, a moção foi de repúdio à medida. Segundo o reitor, a negativa foi gerada pela falta de detalhes sobre como ficaria a administração dos hospitais e pelo regime de contratação dos funcionários.


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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Plano de Previdência exclusivo para os médicos associados ao SIMEPAR


Boletim COMSU: médicos avaliam movimento e apontam novas mobilizações

Passados três meses de negociação após a advertência dada às operadoras dos planos de saúde, em mobilização de 25 de abril, entidades e associações médicas aprovaram um indicativo de nova e possivelmente mais amplo protesto nacional em outubro.

O movimento médico avalia que há avanços nas negociações com os planos de saúde desde as últimas mobilizações -7 de abril e 21 de setembro de 2011 e em 25 de abril de 2012-, em que médicos suspenderam atendimentos aos planos e realizaram atos públicos. Os médicos entendem, porém, que osa vanços alcançados ainda são insuficientes.

A Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), composta por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira(AMB) e Federação Nacional dos Médicos (FENAM), critica as propostas de reajustes nos honorários dos médicos feitas pelas operadoras, em alguns casos tidos como "pífios". Os médicos ainda alertaram para a necessidade de corrigir as defasagens acumuladas nos últimos anos e de estender os reajustes das consultas também aos procedimentos.

A Comsu apontou para a continuidade das negociações com as operadoras, a realização de assembleias nos estados entre julho e agosto e para um ndicativo de protesto nacional em outubro, mês em que se comemora o Dia do Médico.

Acompanhe os detalhes no Boletim da Comissão: (Clique na imagem para ler o boletim)


LDO prevê possibilidades de reajustes aos médicos federais

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013, aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 17 de julho, prevê reajustes salariais aos os médicos federais e profissionais da saúde. A matéria, relatada pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), segue agora para a sanção presidencial. A previsão, entretanto, deverá ser contemplada no Orçamento Geral da União (OGU), que deve ser enviado pelo Governo ao Congresso até o dia 31 de agosto. O OGU autoriza as verbas que serão liberadas, de acordo com a receita da União e é neste momento que as entidades médicas devem agir para garantir o reajuste.

"Este reajuste só se contempla na Lei do Orçamento que será votada no Congresso a partir de agosto, mas a diretriz já abriu a possibilidade de negociação. A FENAM vai entrar em campo para atuar junto às lideranças do Congresso Nacional e à secretaria de planejamento para tentar incluir na Lei de Orçamento formas de garantir este reajuste à categoria médica," frisou o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira.

De acordo com o dirigente, a FENAM também pretende unir forças com outras entidades médicas para traçar estratégias que garantam o benefício.


Fonte: FENAM

Conselho Federal de Medicina vai à Justiça para reverter decisão que libera venda de medicamentos em gôndolas

Da Agência Brasil

O Conselho Federal de Medicina (CFM) pretende recorrer à Justiça para tentar reverter decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que liberou a venda de medicamentos isentos de receita médica em gôndolas das farmácias. Para o presidente da entidade, Roberto Luiz d'Avila, a medida é “irresponsável” porque estimula a automedicação e coloca a população em risco.

“É um retrocesso depois de todos os argumentos que a gente tem defendido ao longo dos últimos anos sobre o uso racional dos medicamentos, essa notícia derruba todos os esforços”, disse.

O presidente do CFM argumenta que todos os tipos de medicamento trazem algum risco, mesmo aqueles que são vendidos sem exigência de receita médica. Por isso, o conselho alerta para a necessidade de haver sempre uma orientação e prescrição para a venda. Caso contrário,. “a farmácia vira um supermercado de remédios”.

A decisão da Anvisa, publicada hoje (27) no Diário Oficial da União, tomou por base um estudo da equipe técnica do órgão que concluiu que a proibição da venda de remédios nas gôndolas não contribuiu para diminuir o número de intoxicações no Brasil. O levantamento constatou também uma maior concentração de mercado e prejuízo ao direito de escolha do consumidor. Para o CFM, o estudo é pouco consistente e considerou um curto período de tempo para a análise dos resultados.

“A revogação pode induzir à automedicação e ao uso irracional de medicamentos, onerar o SUS [Sistema Único de Saúde] com o aumento de internações hospitalares evitáveis, aumentar o número de casos de intoxicações medicamentosas e banalizar o consumo de medicamentos por meio de estratégias mercadológicas de ampliação de vendas”, diz a nota divulgada pela entidade, em conjunto com o Conselho Federal de Farmácia (CFF).

Resolução da Anvisa sobre venda de medicamentos em gôndolas não será revista, diz ministro da Saúde

Da Agência Brasil.

A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autoriza a venda de medicamentos isentos de receita médica em gôndolas de farmácias e drogarias não será mudada, disse hoje (28) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou de evento na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal, sobre o Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou ontem (27) que pretende recorrer à Justiça para tentar reverter decisão da Anvisa. O CFM argumenta que todos os tipos de medicamento trazem algum risco, mesmo aqueles que são vendidos sem exigência de receita médica. Por isso, o conselho alerta para a necessidade de haver sempre uma orientação e prescrição para a venda.

De acordo com Padilha, a decisão do Ministério da Saúde e da Anvisa partiu de um estudo técnico que avaliou se a proibição da venda de medicamentos na prateleira contribuía para a automedicação. O trabalho mostrou, segundo o ministro, que a decisão anterior, de proibir a venda nas gôndolas, não contribuiu para diminuir o problema e gerou outro impacto: a redução do poder de escolha do consumidor.

“O estudo é muito consistente, e mostra que a regra anterior não reduziu a automedicação. Em alguns mercados teve a concentração de qual era a marca a ser vendida. Colocamos em consulta pública esse debate e ouvimos todos os argumentos”, disse. “A decisão foi para dar mais direito ao cidadão”, completou.

Segundo a resolução da Anvisa, os remédios de venda livre devem ficar em área separada da de produtos como cosméticos e dietéticos e devem ser organizados por princípio ativo para permitir a fácil identificação pelos consumidores. “Entre os medicamentos que têm o mesmo princípio ativo, ele pode escolher pelo preço ou pelo que está mais acostumado a usar. A regra também estabelece que o mesmo tipo de medicamento deve ser agrupado entre si”, explicou o ministro.

O texto também exige que, na área destinada aos remédios de venda livre, sejam fixados cartazes com a seguinte orientação: “Medicamentos podem causar efeitos indesejados. Evite a automedicação: informe-se com o farmacêutico.”

Para Padilha, a decisão também permite que a Anvisa e as agências de vigilâncias estaduais se dediquem mais para coibir a prática de venda de medicamentos sem receita médica. “Os que mais devem ser fiscalizados são aqueles [remédios] que exigem receita”, ressaltou.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Curitiba visita SIMEPAR

O Secretário Municipal Extraordinário de Relações Institucionais de Curitiba (SERIN), Dr. Jorge Luiz de Paula Martins esteve na Sede do SIMEPAR na última segunda-feira, dia 23, reunido com o presidente do SIMEPAR, Dr. Mario Ferrari e com a Dra. Claudia Paola Carrasco Aguilar, diretora licenciada do Sindicato.

O Dr. Jorge Luiz solicitou a audiência para apresentar a recém criada Secretaria Especial de Relações Institucionais, como órgão público designado a ser o interlocutor da gestão municipal com as entidades sindicais.

Dr. Mario Ferrari pontuou a necessidade de intensificar o contato do SIMEPAR com a administração municipal, citando a pauta dos médicos, os problemas nos CMUMs, e outras questões relacionadas à saúde da população.

O Secretário solicitou que o Simepar enviasse oficialmente a pauta, para que ele possa dar os encaminhamentos necessários. Ele foi informado que a pauta já foi enviada e que o SIMEPAR sempre busca o diálogo e a negociação com os gestores públicos.

Após a reunião, o SIMEPAR oficiou novamente a Prefeitura enviando novamente o modelo de Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos da FENAM para que seja discutido e implementado beneficiando os médicos servidores públicos municipais.

CFM divulga nota sobre decisão do Cremesp de exigir exame de avaliação para obtenção registro

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota de esclarecimento sobre sua posição com relação à decisão do Conselho Regional de São Paulo (Cremesp) de exigir a participação dos egressos de escolas médicas do Estado em um exame de fim de curso. Sem isso, o recém-formado não poderá obter seu registro profissional. Para o CFM, o ensino médico precisa de atenção: “a qualificação do processo de ensino, o que inclui medidas com impacto positivo sobre alunos, docentes e escolas, é fundamental para dar segurança ao profissional em sua atuação e reduzir eventuais riscos ao paciente no atendimento”.


Confira a íntegra da nota divulgada pelo CFM:

Esclarecimento do CFM acerca das Resoluções Cremesp 239

A respeito da resolução 239, do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que vincula a concessão do registro profissional no Estado à participação dos egressos de cursos de graduação em exame específico organizado pela entidade, esclarecemos que:

1) O CFM concorda com a adoção de medidas que contribuam e estimulem a avaliação de estudantes e escolas médicas, tendo em vista a necessidade a aperfeiçoar o processo de formação dos futuros e jovens profissionais, mas não tem ainda consenso sobre a melhor abordagem para enfrentar o problema.

2) Além do exame de final de curso, semelhante ao formato proposto pelo Cremesp, existem outras possibilidades em análise, como o exame de progresso, que seria realizado em momentos específicos – durante a graduação – e vincularia os resultados alcançados à exigência de ações imediatas para corrigir eventuais falhas no processo.

3) A busca de soluções para crise no ensino médico, decorrente da abertura sem critérios de novas escolas médicas e de mais vagas nas já existentes, está entre as prioridades do CFM e dos CRMs.

4) Este cenário, prejudicial ao exercício da boa medicina, tem sido denunciado à sociedade pelos conselhos de medicina, na expectativa de que os gestores proíbam a expansão dessa rede levando em conta a falta de estrutura das escolas e a inexistência de corpo docente qualificado, entre outros.

5) A qualificação do processo de ensino, o que inclui medidas com impacto positivo sobre alunos, docentes e escolas, é fundamental para dar segurança ao profissional em sua atuação e reduzir eventuais riscos ao paciente no atendimento.


Fonte: CFM

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Medicina terá prova obrigatória em SP

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) vai aplicar provas para todos os estudantes do último ano do curso de Medicina do estado. A prova será obrigatória a partir deste ano e quem não fizer o teste não poderá exercer a profissão. A decisão tem o apoio das principais escolas de Medicina do estado de São Paulo. As instituições, no entanto, fazem considerações sobre o modelo adotado e defendem uma avaliação nacional.

Diretores das faculdades de Medicina da Unicamp, Unesp, USP, UFSCar e Unifesp defendem a avaliação: dizem que ela é necessária porque será mais um mecanismo para que as instituições conheçam suas falhas e criticam a expansão de vagas nos cursos de Medicina – o governo federal anunciou 2,5 mil novas vagas.

O professor Mario Saad, da Unicamp, afirma que uma prova de múltipla escolha ao fim do curso pode não ser a melhor forma de avaliar se um aluno realmente aprendeu tudo o que deveria. “Nem sempre quem responde bem a um teste é quem melhor atende num hospital. O ideal seria existir um mecanismo de avaliação ao fim do 2.º, do 4.º e do 6.º anos, incluindo uma avaliação prática e uma prova discursiva”.

Silvana Artioli Schellini, da Unesp, e Bernardino Geraldo Alves Souto, da UFSCar, dizem que os resultados serão uma ferramenta a mais para a melhoria do ensino. “A proposta é muito inteligente porque mantém o sigilo do aluno, não tem caráter punitivo e fornece os resultados por área para a faculdade”, afirmou o professor Souto.

A prova existe há sete anos, de forma voluntária. Ao torná-la obrigatória, a intenção do Cremesp é ampliar a base de participação e assim ter um retrato mais fiel do problema.

Saúde e violência são os principais problemas de Curitiba, diz Datafolha

Matéria da Gazeta do Povo

37% dos eleitores curitibanos consideram deficiente o atendimento médico à população. Segurança é preocupação de 31%

A primeira pesquisa de intenção de voto após o início da campanha pela prefeitura de Curitiba, realizada pelo Datafolha e divulgada no sábado passado, registrou mais do que a tendência de voto. Quais as áreas da gestão que interessam ao curitibano, quais devem ser as prioridades do próximo prefeito e o conhecimento que os eleitores têm sobre os candidatos foram alguns dos questionamentos feitos pelo instituto de pesquisa.

Os eleitores pesquisados pelo Datafolha também opinaram sobre as áreas da gestão municipal que consideram mais problemáticas. Para 37% do curitibanos, os maiores problemas estão na área da saúde, seguida da segurança/violência (31%), calçamento e pavimentação (10%) e trânsito (5%). De acordo com a pesquisa, o curitibano espera que o próximo prefeito priorize a área da saúde, seguida de segurança, educação, calçamento e trânsito.

A pesquisa mostra ainda que o eleitor de Curitiba conhece o prefeito Luciano Ducci (PSB): 98% dos entrevistados declararam conhecê-lo e, desses, 45% disseram conhecer muito bem. O prefeito é o mais conhecido entre os candidatos. Mas Rafael Greca (PMDB) é o candidato com a maior porcentagem de pessoas declarando conhecâ-lo muito bem: 49% (no total, 94% declaram conhecê-lo). Ratinho Jr. (PSC) é conhecido por 97% (e 43% muito bem). Fruet é conhecido por 95% do eleitorado e muito bem conhecido por 34%.

Os concorrentes ao cargo de prefeito que precisarão se apresentar ao eleitorado serão Alzimara (PPL) (92% desconhecem), Avanilson (PSTU) (91% desconhecem) e Bruno Meirinho (PSol) (77% nunca ouviram falar).

Quadro
É diante desse quadro atual de problemas e de popularidade dos concorrentes que as estratégias de campanha, principalmente os programas do horário gratuito de propaganda eleitoral, começam a ser montados. A pesquisa é reflexo do momento e ainda há muito tempo de campanha até a data da eleição, 7 de outubro.

A atual sondagem interessa para perceber que, além de acirrada, a campanha começará com os quatro candidatos a prefeito sendo razoavelmente bem conhecidos. Também indica que durante a campanha terão de lutar não somente para ganhar o voto dos eleitores, como também para tentar diminuir a rejeição a seus nomes. Esse é o caso, principalmente, de Rafael Greca (PMDB), que tem 39% de rejeição, e Ratinho (19% de rejeição).

Os dados da pesquisa, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e a emissora RPC TV, estão disponíveis no site do Datafolha no relatório da pesquisa realizada dias 19 e 20 de julho.

Outras capitais
O Datafolha também fez pesquisa, na mesma semana, em outras cinco capitais. Assim como em Curitiba, a área da saúde também aparece como o problema mais sério. Em São Paulo, o atendimento médico à população é citada como problemática por 38% dos entrevistados, seguida de educação (15%), transporte coletivo (10%) e segurança (10%).

No Rio de Janeiro, a saúde aparece como problema para 46%, ficando em segundo lugar a segurança e criminalidade, com 15%. Outros problemas citados foram educação (7%), transporte coletivo (6%), limpeza, saneamento básico e trânsito (4%, cada).

Em Porto Alegre, os serviços da prefeitura relacionados à saúde são os principais problemas da cidade, de acordo com 36% dos eleitores da capital gaúcha. Em seguida aparecem segurança (15%), trânsito (9%), calçamento, asfaltamento, buracos nas ruas (7%). Em Belo Horizonte a saúde é citada como principal problema por 33% dos eleitores, seguida do trânsito (17%) e segurança (13% das menções), transporte coletivo (9%) educação e pavimentação das ruas (com 4%, cada). Já no Recide, 18% dos eleitores citaram espontaneamente saúde. Pavimentação de ruas e calçamento são considerados maiores problemas da cidade por 16%, seguido por saneamento básico (14%).

terça-feira, 24 de julho de 2012

CRM PR promove Curso de Capacitação para Comissões de Ética

No dia 8 de agosto o Conselho de Medicina do Paraná, por meio do projeto de Educação Médica Continuada, promoverá um curso voltado aos médicos integrantes das Comissões de Ética Médica dos estabelecimentos de saúde do Estado, assim como aos membros da classe que tenham interesse em aprender sobre o assunto.

O evento será realizado na sede do Conselho, em Curitiba, das 19h30 às 22h, e poderá ser acompanhado presencialmente ou pela internet. O médico palestrante, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, é Conselheiro e Coordenador do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional (DEFEP) do CRM-PR. Após a palestra será aberto espaço para perguntas dos participantes.

Serviço:
Data: 08 de agosto.
Horário: das 19h30 às 22h.
Local: Auditório Raquele Rotta Burkiewicz na sede do CRM-PR (Rua Victório Viezzer, 84, andar S1, Vista Alegre, Curitiba).
Informações: pelo telefone (41) 3240-4000 / 8416-7171 ou eventos@crmpr.org.br.
Inscrições: preencha o formulário on-line.

Fonte: CRM PR

SUS vai distribuir novo remédio contra câncer de mama

Da Agência Brasil

O Ministério da Saúde informou hoje (23) que vai incorporar o medicamento Trastuzumabe, utilizado no combate ao câncer de mama, ao Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio de alto custo reduz as chances de reincidência da doença e diminui em 22% o risco de morte das pacientes.

De acordo com a pasta, o medicamento é considerado um dos mais eficientes no combate ao câncer de mama e também um dos mais procurados. Em 2011, o governo federal gastou R$ 4,9 milhões para atender a um total de 61 pedidos judiciais que determinavam a oferta do remédio. Este ano, já foram gastos R$ 12,6 milhões com a compra do Trastuzumabe por ação judicial.

Para disponibilizar o remédio em unidades públicas de saúde, serão necessários R$ 130 milhões ao ano. A incorporação foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para o tratamento de câncer de mama inicial e avançado e integra as ações do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado no ano passado.

A partir da publicação no Diário Oficial da União, o SUS tem prazo de 180 dias para iniciar a oferta do medicamento.

Segundo o ministério, o câncer de mama é o segundo tipo mais comum no mundo e o mais frequente entre mulheres, com uma estimativa de mais de 1,15 milhão de novos casos a cada ano. A doença é responsável ainda por 411.093 mortes anualmente.

No Brasil, a estimativa é que 52.680 novos casos sejam detectados de 2012 a 2013. Em 2010, foram notificadas 12.812 mortes por causa da doença no país.

Gripe A já matou 133 pessoas na Região Sul

Da Agência Brasil

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou hoje (23) a ocorrência de mais oito mortes causadas pela influenza A (H1N1) – gripe suína. Agora são 46 os casos fatais ocorridos no estado este ano. No Paraná, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou mais duas mortes, elevando para 25 o total de óbitos. Assim, com as 62 em Santa Catarina, sobe para 133 o total de mortes este ano na região Sul.

Nos três estados foram registrados até agora 1,9 mil casos da doença: 899 no Paraná, 685 em Santa Catarina e 316 no Rio Grande do Sul.

O total de mortes registradas até o momento na Região Sul, este ano, equivale a 16,9% do que foi verificado em 2009, quando 789 pessoas morreram nos três estados. Naquela ocasião, o mundo passou por uma pandemia da doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde deve enviar, na próxima quinta-feira (26), mais 400 mil doses da vacina ao Paraná. Com isso, o estado pretende imunizar as crianças de 2 a 5 anos incompletos, que não fazem parte dos grupos priorizados na campanha nacional de vacinação. Em Curitiba, que tem entre 60 mil e 70 mil crianças nessa faixa etária, a vacinação começou hoje.

Na última sexta-feira (20), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou que não há risco de uma nova epidemia no país. Conforme o ministro, o que existe hoje é uma maior circulação do vírus e uma maior estrutura para a sua detecção.

A gripe é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, muscular ou nas articulações. Os médicos de todo país estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento. O medicamento, que reduz as chances de que a doença evolua para um caso grave, tem maior eficácia nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Crianças de 2 a 5 anos incompletos começam hoje a receber vacina contra a gripe

A estimativa é que haja na cidade entre 60 mil e 70 mil crianças nesta faixa etária, que deverão ser levadas às unidades básicas de saúde, no horário normal de funcionamento de cada uma

A partir desta segunda-feira, a Secretaria Municipal da Saúde vai começar a vacinar as crianças entre 2 anos e 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias). A estimativa é que haja na cidade entre 60 mil e 70 mil crianças nesta faixa etária, que deverão ser levadas às unidades básicas de saúde, no horário normal de funcionamento de cada uma. Os endereços estão no site da Prefeitura de Curitiba.

A ação começará quatro dias antes da chegada das 65 mil doses que serão repassadas pela Secretaria Estadual da Saúde, como parte de um lote de 400 mil doses destinadas para o Paraná pelo Ministério da Saúde. A ampliação da oferta da vacina é decorrência da disponibilidade de doses, adquiridas e distribuídas pelo Ministério da Saúde.

Segundo a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, a pediatra Karin Luhm, os bebês que estão completando 6 meses de idade também deverão ser vacinados neste período. A faixa entre 6 meses e 2 anos incompletos, ao lado das gestantes e dos idosos, foi considerada prioritária pelo Ministério da Saúde.

Os três segmentos somam em Curitiba 277.753 pessoas vacinadas, equivalente a uma cobertura média de 99,8%. Já foram imunizados 17.128 gestantes (91,9%), 38.817 bebês (104,1%) e 185.515 idosos (93,7%). Também já foram aplicadas 17.079 doses de reforço em bebês que não tomaram nenhuma dose no ano passado, para garantir a ativação do sistema imunológico.

A vacina é a mesma empregada na campanha de 2011 e protege contra três tipos de vírus causadores de gripe ou influenza. A dose leva cerca de 15 dias para fazer efeito.

Fonte: Gazeta do Povo

Paraná vai receber mais 400 mil doses de vacina contra a gripe

O Paraná receberá mais 400 mil doses de vacina contra a gripe na próxima quinta-feira (26). A informação foi confirmada nesta quinta-feira (19), em Brasília, pelo superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, durante reunião realizada pelo Ministério da Saúde, para o enfrentamento da gripe nos três estados do Sul.

A Secretaria Estadual de Saúde distribuirá equitativamente as doses aos municípios e orientará quais grupos deverão ser atendidos. “Vamos definir em conjunto com a Comissão Estadual de Infectologia os grupos que poderão ser contemplados com as novas doses”, explica o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto. A reunião com a comissão será segunda-feira (23).

A vacina é a mesma oferecida durante a campanha de vacinação que ocorreu em maio/junho e protege contra os três vírus influenza que mais circulam no país: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A estimativa de proteção da vacina é de um ano.

Desde o início da campanha, o Paraná já recebeu mais de 2,2 milhões de doses da vacina para imunizar idosos, crianças de seis meses a dois anos, gestantes, trabalhadores de saúde, indígenas e outros grupos de risco definidos pela Secretaria da Saúde em consonância com os municípios.

ENFRENTAMENTO – Mesmo com a chegada das novas doses, o Paraná reforça que a principal estratégia de enfrentamento é a oferta do medicamento antiviral Oseltamivir (Tamiflu) para todos os pacientes com suspeita de síndrome gripal. O medicamento, se administrado em até 48 horas, pode evitar o agravamento do quadro clínico e a morte.

A Secretaria da Saúde disponibilizou mais de 150 mil tratamentos do antiviral e possui quantia equivalente em estoque para continuar abastecendo as secretarias municipais de saúde e hospitais do Estado. “O medicamento é gratuito e o cidadão poderá ter acesso a ele com a receita médica”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

No dia 10 de julho o Ministério da Saúde dispensou o uso de receita controlada para a administração do antiviral, validando a estratégia do Paraná de facilitar o acesso ao tratamento para todos os casos de gripe, mesmo sem a comprovação laboratorial.

Além disso, a população deve manter as medidas preventivas para evitar a gripe e outras doenças, como manter os ambientes arejados, lavar as mãos com água e sabão sempre que tossir ou espirrar e antes de comer, cozinhar ou tocar olhos, nariz e boca, utilizar o álcool gel, entre outros hábitos de higiene.

Fonte: SESA

Planos de Saúde: CCJ vai analisar projeto que evita descredenciamento inesperado

Projeto de lei, aprovado pela Comissão de Seguridade Social, torna obrigatória a celebração de contratos escritos entre médicos e convênios para evitar os descredenciamentos súbitos e sem motivo. O projeto estabelece ainda que, uma vez por ano, as duas partes devem renegociar o valor dos honorários. Para o relator do projeto, deputado Eleuses Paiva, do PSD de São Paulo, esta medida complementa a lei dos planos de saúde.

A consultora de moda Karla Beatriz tem rinite alérgica e desde os sete anos de idade se consultava com o mesmo médico. Há três meses, em plena crise, ela descobriu na hora da consulta que seu alergista não aceitava mais o plano de saúde dela. Quando falou com o seguro, eles aconselharam Karla a simplesmente procurar outro médico [sonora].

Isso acontece porque hoje não há nada que obrigue os planos de saúde a firmar contratos com hospitais, clínicas e médicos conveniados, o que torna a relação entre eles frágil e o mercado, muito instável. O deputado Mandetta, do Mato Grosso do Sul, é médico e conta que esta desregulamentação é ruim também para os profissionais da saúde.

O projeto segue agora para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça.

Fonte : Agência Câmara via FENAM

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Retorno do Código 7 continua na pauta das entidades médicas

A preocupação com a melhor forma de remuneração do pró-labore no Sistema Único de Saúde (SUS) para o médico brasileiro, continua na pauta das entidades médicas nacionais (FENAM, CFM e AMB). Após parecer jurídico do Ministério da Saúde contra o retorno do Código 7, defendido pela categoria médica, com a justificativa de questões tributárias, os dirigentes do movimento médico buscam outras soluções. Em reunião da Comissão Nacional Pró- SUS, realizada nesta quinta-feira (19), o secretário de saúde suplementar da FENAM, Márcio Bichara, explicou que a criação de um projeto de lei e o pagamento por meio de cooperativas podem ser opções.

"Já que o departamento jurídico do Ministério da Saúde disse ser inviável o retorno do Código 7, nós precisamos encontrar uma maneira de solucionar o problema. Apresentar um projeto de lei, no Congresso, isentando essa tributação do pagamento direto dos honorários médicos e desde já discutir a possibilidade via cooperativa são alguns caminhos".

Ele ainda justificou que o grande problema é que os pagamentos estão sendo direcionados para os hospitais e, muitas vezes, estão sendo retidos. Assim, o médico fica sem receber. Soma-se a isso o argumento de que os hospitais estariam tributando ainda mais os honorários e com isso o profissional que realiza algum procedimento eventualmente estaria perdendo ainda mais.

Na ocasião, os dirigentes também debateram ações para fazer acontecer o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que destina 10% das receitas da União para a saúde. O objetivo é mobilizar a população e conseguir o maior número de assinaturas. Os setores de comunicação das entidades envolvidas com o projeto estão se reunindo e buscando as melhores formas de unificar as estratégias e obter resultados.

Fonte: FENAM

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mais de 34 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, aponta relatório da ONU

Da Agência Brasil

Relatório divulgado hoje (18) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) indica que 34,2 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, sendo 30,7 milhões de adultos, 16,7 milhões de mulheres e 3,4 milhões de menores de 15 anos.

A África Subsaariana registra o maior número de pessoas infectadas, com 23,5 milhões, seguida pela Ásia Meridional e Sul-oriental, com 4,2 milhões. A Oceania tem a menor estimativa com 53 mil infectados. Na América Latina, são 1,4 milhão.

Dados indicam ainda que, em 2011, 2,5 milhões de novas infecções foram identificadas no mundo, sendo 2,2 milhões em adultos e 330 mil em menores de 15 anos. O número representa mais de 7 mil novas infecções por dia e 97% delas foram notificadas em países de baixa e média renda.

A África Subsaariana lidera o ranking com 1,7 milhão de novas infecções. Em seguida, aparecem a Ásia Meridional e Sul-oriental (300 mil) e a Europa Oriental e Ásia Central (170 mil). Na América Latina, 86 mil pessoas foram infectadas pelo vírus em 2011.

Já as mortes provocadas pelo HIV no mesmo período totalizaram 1,7 milhão, sendo 1,5 milhão entre adultos e 230 mil entre menores de 15 anos de idade. Na América do Norte, 20 mil pessoas morreram no ano passado em decorrência do HIV; na região do Caribe, 10 mil; na América Latina, 57 mil; na Europa Ocidental e Central, 9,3 mil; na Europa Oriental e Ásia Central, 90 mil; na Ásia Oriental, 60 mil; na Ásia Meridional e Sul-oriental, 270 mil; no Norte da África e Oriente Médio, 25 mil; na África Subsaariana, 1,2 milhões; e na Oceania, 1,3 mil.

O coordenador do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, explicou que o alto número de pessoas com HIV no mundo é reflexo da queda das mortes provocadas pela doença, sobretudo em razão da ampliação do acesso a medicamentos antirretrovirais.

“São pessoas que estão vivendo mais e não morrendo, como antes”, disse. “Esta é a primeira vez que a ONU publica um relatório com uma perspectiva positiva, de que poderemos alcançar em 2015 o controle da epidemia”, completou.

Ele destacou a queda de registros da doença na África Subsaariana, resultado pouco esperado diante das perspectivas apresentadas nos anos 1980 e 1990. Mas ressaltou que a doença avança na Rússia e na Ásia Central.

Chequer alertou também que as mulheres representam quase a metade do contingente de pessoas que vivem com HIV no mundo. Segundo ele, há preocupação, em particular, com as novas infecções entre mulheres e homossexuais jovens.

Programa de TV do SIMEPAR debate a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares





O Programa Medicina & Saúde que foi ao ar no dia 12 de julho discutiu a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. O programa foi apresentado pelo Darley Rugeri Wollmann Jr., secretário geral do SIMEPAR e teve a participação do Dr. Glauco Reggiani Mello e do Dr. Eduardo Ferreira Lourenço, ambos médicos servidores públicos federais do Hospital de Clínicas da UFPR.

O programa é uma iniciativa do SIMEPAR e vai ar todas as quintas-feiras, às 21:30 h, pelo canal CWB TV, que é uma emissora comunitária transmitida pela NET no canal 05 e pela TVA no canal 72.

Psicólogos e psiquiatras divergem sobre campanha contra “medicalização” de crianças e adolescentes

Da Agência Brasil

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (Abda) se posicionaram contrariamente à campanha Não à Medicalização da Vida, lançada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) na última quarta-feira (11). A campanha adverte para o uso excessivo de medicamentos psiquátricos em crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado.

"Somos contrários à campanha porque é um movimento de psicologização das pessoas. O CFP quer criar a necessidade de que todos sejam submetidos à psicoterapia. O diagnóstico de problemas psiquiátricos dever ser feito por médicos psiquiatras, não por psicólogos", disse o presidente da ABP, Antônio Geraldo.

Na sexta-feira (13), a ABP e a Abda lançaram manifesto à sociedade sobre o tema, que teve o apoio de 29 entidades, criticando pronunciamentos contrários ao uso de medicamentos. Em nota, afirmaram que “todos os artigos científicos disponíveis indicam que o tratamento farmacológico é a primeira escolha para a maioria dos portadores”.

De acordo com a conselheira do CFP, Marilene Proença, medicalização é todo tratamento de processos ou comportamentos sociais e culturais em crianças, adolescentes ou adultos com quadro de patologia psiquiátrica.

Segundo o psiquiatra Antônio Geraldo, no entanto, o consumo de remédios contra distúrbios como a dislexia, o déficit de atenção e a hiperatividade ainda está aquém da quantidade de portadores.

Nas contas do presidente da ABP, cerca de 5% da população brasileira são portadores de distúrbios relacionados à atenção e ao aprendizado, o que corresponde a aproximadamente 10 milhões de pessoas – o que resultaria em 10 milhões de caixas de remédios por mês, uma para cada portador. No entanto, dados do CFP apontam que foram consumidas no Brasil, em média, 2 milhões de caixas por mês em 2011.

“Deve haver pesquisa para identificar o uso inadequado de medicamentos. Se tivéssemos a adequada proteção à saúde no Brasil para esses casos, em que o tratamento deve ser multidisciplinar, o combate a diagnósticos equivocados seria facilitado. O uso de psicofármacos deve ser racional, por meio de diagnóstico bem feito, com o uso do Código Internacional de Doenças”, informou o presidente da ABP.

Para o portador de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o médico Pablius Braga da Silva, 47 anos, o diagnóstico do distúrbio não pode ser ignorado. Segundo ele, que descobriu o problema já adulto, o uso de medicação “fez absolutamente toda a diferença”.

“Ninguém merece ficar doente e ficar sofrendo. Desde que tudo fique controlado e sem riscos, a medicação tem de ser usada. Se houver meios de tratamento antes do remédio, tudo bem. O risco é o uso demasiado. Deve-se dar um voto de confiança ao diagnóstico”, disse o portador, que tem uma filha de 6 anos que também tem TDAH.

De acordo com a psicóloga e neuropsicóloga Edyleine Benzik, criadora da Escala de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, usada por professores em escolas, o fator hereditário é determinante para o desenvolvimento desse tipo de transtorno. A ausência da hereditariedade, no entanto, não impede que o problema seja propiciado por outros fatores.

“Se a família é desorganizada, não funciona bem, não tem horário, isso pode desencadear um transtorno e estimular um tipo de comportamento. Se a criança tem a tendência e a família propicia, isso funciona como um gatilho. O problema é neurobiológico, não é só de ordem social ou emocional”, explicou.

A psicóloga explicou que o tratamento indicado para esses distúrbios é a medicação, associada ao acompanhamento em outras áreas.

“Transtornos de atenção e de aprendizado são cientificamente estudados, são processos que têm critérios para diagnóstico. A banalização da medicalização ocorre porque qualquer pessoal julga que a criança mais desatenta e hiperativa tem um distúrbio. Todos temos um ou outro sintoma. Mas o diagnóstico é feito segundo um conjunto de sintomas, que, quando tratados, trazem benefícios significativos à vida da pessoa e da família”, disse Edyleine.

Segundo ela, o aparecimento de distúrbios de atenção e de aprendizado ocorre devido à ausência de determinados neurotransmissores que não são produzidos. Daí o funcionamento cerebral deficiente. A medicação atua para repor as substâncias ausentes.

“Com a medicação, o cérebro tem a resposta adequada e começa a funcionar como deveria. Os remédios não geram dependência e, com o tempo, a pessoa vai desenvolvendo habilidades que não tinha. Quando os portadores optam pelo consumo do medicamento em determinado momento da vida, não é por dependência, mas por consciência”, disse a psiquiatra.

De acordo com Edyleine Benzik, o próprio paciente pode controlar o uso do medicamento. “Uma pessoa que tem bronquite toma um remédio quando sabe que terá de fazer exercício físico. O mesmo ocorre em relação a essas pessoas, quando sabem que terão de atingir certo nível de produtividade no trabalho ou ter de dar conta de alguma tarefa”, disse Edyleine.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Gripe entra para o rol de doenças mais importantes no Paraná

A gripe e as síndromes respiratórias entraram para o rol de doenças mais importantes do Paraná, com maior vigilância dos casos e um protocolo de tratamento antiviral para todos os casos de suspeitos de síndrome gripal. A afirmação foi feita pelos membros da Comissão Estadual de Infectologia (que reúne 16 entidades) nesta segunda-feira (16), ao avaliar os novos números da gripe no Paraná.

“A situação epidemiológica apresentada não se compara a de 2009, pois aprendemos muito com a pandemia vivenciada naquele ano. Hoje sabemos que a gripe e as síndromes respiratórias, de um modo geral, matam. No entanto, temos além da vacina para os grupos prioritários, o tratamento (antiviral oseltamivir) à disposição para qualquer paciente que tenha síndrome gripal”, explica o infectologista, membro da comissão, Moacir Pires Ramos.

De acordo com o informe divulgado nesta segunda-feira, o Paraná tem 760 casos confirmados por gripe A (H1N1) pdm 2009 e 23 mortes. Das 23 mortes, 20 ocorreram em pacientes que tinham doenças crônicas, como tuberculose, asma grave, paralisia cerebral, obesidade, entre outros. Os outros três pacientes morreram porque adiaram a procura por assistência.

O médico ressalta que é imprescindível que o paciente que tenha sintomas como febre acima de 38º, dor de garganta e tosse seca, deve procurar imediatamente o serviço de saúde. “A avaliação deve ser feita pelo profissional de saúde. Nesta hora, não é indicado automedicação e nem espera para que o quadro se agrave”.

Ramos enfatiza que as sociedades médicas estão mobilizadas para orientar os profissionais de saúde a receitarem o medicamento oseltamivir sempre que necessário. “Se prescrito em até 48 horas, a chance de resposta ao tratamento aumenta muito. Também não há registro de efeitos colaterais significativos, portanto qualquer paciente pode receber o medicamento”.

A Secretaria da Saúde distribuiu as secretarias municipais e hospitais estratégicos mais de 150 mil tratamentos e manipula a dosagem infantil sempre que necessário. “O Ministério da Saúde também tem o medicamento em estoque caso seja necessário”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Na quinta-feira (19) representantes da Secretaria da Saúde das áreas de vigilância em saúde, laboratório, atenção à saúde, assistência farmacêutica e comunicação, participam do seminário: “Alinhamento Estratégico de Vigilância e Resposta à Influenza”, promovido pelo Ministério da Saúde, com foco no enfrentamento da gripe nos três estados do sul.

PREVENÇÃO – O infectologista reforça que outra arma para combater a gripe e prevenir outras doenças é a lavagem constante das mãos, o uso do álcool 70º e manter os ambientes ventilados. “O contato através das mãos ainda é a forma mais comum de transmissão de doenças”.

VACINA – No sábado (14) o Paraná recebeu mais 200 mil doses de vacina contra a gripe. A estratégia de vacinação adotada pela Secretaria da Saúde é imunizar os grupos de crianças entre dois e três anos que frequentam instituições públicas, adultos e crianças especiais, cuidadores de creches públicas e de idosos em asilos e doentes crônicos, conforme a disponibilidade de doses nos municípios. Neste ano o Paraná já recebeu cerca de 2,2 milhões de doses da vacina para a imunização dos grupos prioritários.

NÚMEROS - No informe semanal 05, da Secretaria da Saúde, foram confirmados 760 casos de influenza A (H1N1) pdm, isto significa 172 casos a mais em relação ao boletim anterior (29%). Os adultos jovens (20 a 49 anos) foram os mais atingidos, 306 casos.

COMISSÃO - A Comissão Estadual Infectologia que reúne 16 entidades médicas foi criada para avaliar e apoiar ações da Secretaria da Saúde no enfrentamento da gripe. Participam da comissão: Secretaria Estadual de Saúde, Associação Médica do Paraná, Sociedades Paranaenses de Infectologia, Pneumologia, Pediatria e Terapia Intensiva, Conselhos Regionais de Enfermagem, Farmácia e de Medicina, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Hospital de Clínicas, Hospital Pequeno Príncipe e Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar.

Veja aqui o boletim completo.


Fonte: SESA

Região Sul já registra 108 mortes por gripe A este ano

Da Agência Brasil

Com mais nove vítimas no Paraná e quatro no Rio Grande do Sul subiu para 108 o número de mortes em consequência da influenza A (H1N1) – gripe suína, na Região Sul (52 em Santa Catarina, 33 no Rio Grande do Sul e 23 no Paraná). Os três estados já contabilizam 1,6 mil casos da doença. As informações são de autoridades locais da área de saúde.

Na próxima quinta (19) e sexta-feira (20), técnicos da Secretaria de Saúde do Paraná irá vão se reunir com os colegas do Ministério da Saúde quando serão disponibilizados todos os dados sobre a doença no estado. "Criamos a Comissão Estadual de Infectologia e vamos disponibilizar os dados que já temos ao ministério, em uma reunião marcada para quinta e sexta-feira em Brasília", disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Dos 23 mortos no Paraná, 20 teriam outras doenças associadas, segundo a secretaria. Entre as doenças estariam a pneumopatia, asma, cardiopatia, tuberculose e leucemia. Parte deles também buscou o tratamento no estado avançado da gripe.

"O tratamento com o Tamiflu precisa ser precoce. Quem tem febre acima de 38 graus, dor de garganta e tosse, geralmente tosse seca, tem que procurar assistência [rapidamente]", orienta o médico infectologista Moacir Pires Ramos. "E o médico tem que prescrever o antiviral, não dá tempo de esperar para saber se o caso é grave ou não", disse.

Na última sexta-feira (13), o ministério divulgou um levantamento segundo o qual metade dos pacientes que morreram em Santa Catarina teve acesso tardio ao antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu. Uma equipe de técnicos também foi enviada ao Rio Grande do Sul.

Ramos, que integra a comissão montada pelo governo do Paraná, explicou que o número de casos da doença registrados este ano não é algo inesperado. "A literatura médica mostra que, sempre que surge um vírus novo, ele faz uma onda grande [de casos] e, depois, ondas menores, secundárias, até o vírus se tornar sazonal", disse o infectologista. "O que estamos vendo agora não é nada de excepcional, é uma onda de menor intensidade que não se compara ao que houve em 2009", completou.

O estado recebeu no último sábado (14) do Ministério da Saúde um lote extra com 200 mil doses de vacinas contra a gripe, o que eleva para 2,2 milhões o total de doses destinadas ao estado. As novas doses serão disponibilizadas para os mesmos grupos de risco, com algumas ampliações desses grupos, conforme cada município.

"A vacina contra a gripe tem duração de um ano, nenhum país é capaz de imunizar todo mundo anualmente", disse Moacir Pires Ramos. "O remédio está disponível, é só prescrever. E adotar as medidas de precaução, como lavar as mãos ou usar álcool em gel, o que também evita outras doenças, como diarreia e meningite."

Os médicos de todo o país estão orientados a prescrever o Tamiflu aos pacientes que apresentarem quadro de síndrome gripal, mesmo antes dos resultados de exames ou sinais de agravamento. O medicamento é mais eficaz nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas.

EUA aprovam uso de remédio que previne infecção pelo vírus HIV

Da BBC Brasil via Agência Brasil

Autoridades norte-americanas aprovaram pela primeira vez o uso de um medicamento destinado a prevenir a infecção pelo vírus HIV. A droga, chamada Truvada, poderá ser usada por pessoas classificadas em grupos de risco ou que mantenham relações sexuais com parceiros soropositivos.

Um estudo feito em 2010 mostrou que o remédio diminui entre 44% e 73% o risco de contágio pela aids. No entanto, críticos do medicamento dizem que ele poderá criar uma falsa sensação de segurança em relação à doença.

O governo dos Estados Unidos informou que o Truvada deverá ser usado inserido em "um plano amplo de prevenção do HIV, que inclui o uso de preservativos e de exames de detecção do vírus.

Procura por medicamentos contra asma sobe 60% com distribuição gratuita em farmácias populares

Da Agência Brasil

A procura de remédios contra a asma subiu 60% no primeiro mês em que o medicamento passou a integrar a lista de distribuição gratuita do Ministério da Saúde. O dado foi apresentado hoje (16) pelo governo.

Nos 35 dias de vigência da medida, 83.388 mil pessoas obtiveram um dos três medicamentos oferecidos pelo ministério em farmácias populares. Desse total, 47,4 mil pessoas retiraram os remédios em 1.084 municípios em situação de miséria.

Segundo o ministério a asma é um dos principais motivos de internação infantil no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2011, foram 71,1 mil crianças até 6 anos. Com a distribuição gratuita do remédio o governo espera uma redução no número da doença no país.

Segundo o diretor substituto do Departamento de Assistência Farmacêutica, do Ministério da Saúde, Luiz Henrique Costa, a procura dos medicamentos ocorreu por causa da retenção da demanda. “Esses são remédios têm uma procura muito alta, esse índice revela que muitas pessoas não estavam adquirindo a medicação”.

Mesmo com a elevação da procura, o diretor substituto garante que não há perigo de faltar o medicamento. “Quando se fez o estudo para a distribuição do medicamento, verificou-se que não há problemas para o abastecimento. A Fiocruz produz o remédio para as redes próprias, e a indústria farmacêutica para a privada. Toda a produção é nacional”.

A distribuição do medicamento faz parte do Programa Brasil sem Miséria, por meio da ação Saúde Não Tem Preço, da Farmácia Popular. O ministério estima que o programa Farmácia Popular chegue a 2.365 municípios até o fim do ano. Ao todo, cerca de 30 mil farmácias dentre as mantidas pelo governo e estabelecimentos particulares oferecem a medicação gratuitamente.

Desde o ano passado, 11 medicamentos para hipertensão e diabetes fazem parte da lista de distribuição gratuita do governo, além dos remédios para asma. Para fazer a retirada do medicamento basta apresentar em uma das farmácias credenciadas documento com foto, CPF e a receita médica dentro do prazo de validade.

Salvador sedia congresso nacional sobre o Uso Racional de Medicamentos


O Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia realizam de 12 a 15 de agosto, no Centro de Convenções, a quarta edição do Congresso Brasileiro sobre Uso Racional de Medicamentos – CBURM, que tem como tema central “Incorporando o Uso Racional de Medicamentos no contexto da atenção à saúde”.

O evento se constitui no maior fórum multiprofissional brasileiro de discussão sobre o tema, promovido pelo Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos, que tem o objetivo de promover uma ampla reflexão sobre as ações necessárias à Promoção do Uso Racional Medicamentos em nosso país, reunindo profissionais e estudantes das diversas áreas da saúde, direito e comunicação.

A ampla programação inclui temas importantes que envolvem a prescrição, dispensação e administração racional de medicamentos, saúde baseada em evidências, qualidade e segurança na atenção à saúde, ensino e pesquisa com foco na utilização de medicamentos, avaliação de tecnologias em saúde e acesso a medicamentos, com a participação de palestrantes nacionais e internacionais.

Inscrições e informações através do site www.congressourm.com.br 

Fonte: FENAM

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Santa Casa de Curitiba lança Projeto Valor à Vida

Hospital, referência em transplantes no Paraná, receberá doações em sistema semelhante ao da Bolsa de Valores


A Santa Casa de Curitiba, referência em transplantes no Paraná, lançou em maio o Projeto Valor à Vida. O objetivo é divulgar por meio do site www.doesantacasa.org.br os serviços de atendimento, os projetos e as ações para a captação de recursos desenvolvidas pelo hospital, com cerca de 80 % do atendimento voltado aos SUS. Com 132 anos de fundação, a Santa Casa de Curitiba aposta no meio digital para mobilizar a sociedade por meio da Bolsa de Valor à Vida (Bovavi).

O sistema online é semelhante ao da Bolsa de Valores. Os doadores, chamados de investidores sociais, poderão doar valores de R$ 12,03 a R$ 4.066,18 para as seguintes áreas de atuação: Unidade de Internação, Unidade de Dor Toracica, Unidade de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico e Ambulatório.

No Bovavi as aplicações financeiras são destinadas a vidas humanas. O interessado pode escolher a forma de investimento: na ação, contribuindo para o atendimento de uma vida, ou no lote, com a contribuição para várias vidas atendidas. Os valores são creditados na conta corrente do hospital por meio do pagamento de cartão de crédito, de débito ou boleto bancário, podendo ser parcelado.

No site www.doesantacasa.org.br também é possível acompanhar o número médio de atendimentos realizados pelo hospital e os custos com os pacientes. Além de informações detalhadas dos serviços ofertados pela instituição.

Com o slogan “Marta não está preocupada com a queda da Bolsa de Nova Iorque. Ela está preocupada com a alta da Maria”, criado pela agência Bronx, o projeto aposta na colaboração dos investidores sociais para a continuidade do trabalho feito pela Santa de Curitiba.

Santa Casa de Curitiba

Inaugurada em 22 de maio de 1880, a Santa Casa de Curitiba atualmente é referência em cardiologia de alta complexidade, pesquisas com células-tronco, transplantes e cirurgia bariátrica. É o único do País que oferece uma ala de internamento exclusiva para pacientes com obesidade mórbida e também o único da América Latina que possui um Banco de Valvas Cardíacas para transplante.

Oferece total estrutura e uma excelente equipe médica de diversas especialidades, muitos com título de Mestre e Doutor, que realizam um trabalho permanente de aperfeiçoamento. Os serviços de apoio técnico e estrutural complementam o atendimento com dedicação continuada.

Números em 2011
  • Leitos: 259
  • Corpo Médico: 649 (Contratados e Autônomos)
  • Especialidades: 25
  • Atendimentos Prestados (internamentos, ambulatório e emergência): 182.854 *
  • Exames: 920.570
  • Transplantes: 151

* 81% dos atendimentos foram prestados pelo Sistema Único de Saúde - SUS

Fonte: Divulgação Santa Casa

Consumidor deve ficar atento a reajuste de plano de saúde coletivo, alerta Idec

Da Agência Brasil

O consumidor deve tomar certos cuidados ao contratar um plano de saúde coletivo. No primeiro momento, os planos coletivos aparentam ser mais vantajosos que um plano individual, por não exigir carência, mas podem acabar saindo mais caro. O alerta é do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

O instituto chama a atenção para o fato de que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não regula os reajustes dos planos coletivos, somente dos individuais. Para a advogada do Idec, Joana Cruz, o governo também deveria intervir no mercado coletivo, que responde por cerca de 80% dos usuários de planos de saúde no país.

“Enquanto o índice de reajuste dos planos individuais,determinado pela ANS, será de até 7,93%, os planos coletivos têm reajustes livres, deixando os consumidores desamparados”, destacou a advogada, especializada em saúde suplementar.

Segundo Joana Cruz, ao buscar um plano coletivo, o consumidor deve buscar saber os percentuais de reajustes nos últimos anos e de quanto deverá ser o próximo aumento, para não ser pego de surpresa com valores bem acima da inflação.

De acordo com a ANS, os reajustes dos planos coletivos não são regulados pela agência por tratarem-se de relações entre pessoas jurídicas (operadora e empresas, por exemplo), que têm grande poder de barganha e negociação, ao contrário do usuário individual. Além disso, segundo a agência, a modalidade coletiva não exige prazo de carência, possibilitando ao usuário migrar para outra operadora que apresentar mensalidade menor.

Outro alerta do Idec é sobre os reajustes dos planos individuais acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que acarretaria, a longo prazo, um comprometimento cada vez maior da renda dos clientes. “Temos estudos mostrando que, em 30 anos, o plano de saúde vai absorver 50% da renda do usuário”, frisou a advogada do instituto.

A ANS reconhece que os reajustes dos planos individuais são mais altos que o IPCA, porém argumenta serem abaixo do rendimento nominal médio do trabalhador e dos índices de variação de preços de produtos e serviços médicos, odontológicos e laboratoriais.

Na página da ANS, há informações sobre contratação de planos de saúde.

Pesquisadores da USP desenvolvem chip para que pessoas com deficiência possam voltar a andar

Da Agência Brasil

Em Avatar, filme dirigido por James Cameron, o ex-fuzileiro Jake Sully (interpretado por Sam Worthington) é paraplégico. Mas, quando decide participar do Programa Avatar, suas conexões neurais o conectam a um avatar e então o ex-fuzileiro consegue andar. No filme, isso só ocorre quando o cérebro de Sully consegue controlar, de forma virtual, o seu avatar no belo mundo de Pandora.

No mundo real, apesar de muitos estudos científicos sobre o tema, ainda não é possível fazer uma pessoa com as limitações de Jake Sully voltar a andar. Mas cientistas brasileiros estimam que isso pode começar a ocorrer em 2030. A ideia de pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, é que um chip seja implantado na parte mais externa do córtex cerebral. Quando for ativado, esse dispositivo poderá comandar os movimentos de uma pessoa com deficiência física por meio de um exoesqueleto (espécie de esqueleto artificial feito de metais resistentes).

“À medida que um campo magnético mantido fora da cabeça se aproximasse desse chip, ele iria se energizar e passaria a ler e enviar os comandos do cérebro para fora, utilizando essa mesma energia”, explicou em entrevista à Agência Brasil Mario Alexandre Gazziro, professor do Departamento de Ciência da Computação da USP.

O mecanismo está em estudo por um grupo de pesquisadores de São Carlos, do qual participa Gazziro. A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, com a participação do professor Stephen Saddow. “Certamente essa é a solução mais promissora para fazer com que, por meio de esqueletos mecânicos ou robotizados, paraplégicos e pessoas com outras deficiências voltem a andar de novo”, disse o professor da USP.

Atualmente, segundo ele, o que existe em termos de experimento nesse sentido é a instalação de eletrodos no cérebro. “O que se faz é colocar o eletrodo dentro do cérebro, diretamente, nos experimentos. Não está disponível comercialmente nem [foi] aprovado pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, lembrou Gazziro.

O novo chip, no entanto, funcionaria de forma semelhante ao sistema implantado no personagem Neo, do filme Matrix, mas sem o uso de um fio. “Imagine que aquela conexão na cabeça que é feita neles [personagens do filme] seria feita só de se chegar próximo [à cabeça]. Esta é a nossa proposta: uma interface em que colocamos um chip dentro do cérebro e 'conversamos' com o chip só de chegarmos próximo [a ele]”, disse.

Além do chip sem fio, uma condição para que um paraplégico volte a andar, nessa situação, será o desenvolvimento de exoesqueletos. “Precisará ter um exoesqueleto, um esqueleto [robótico] para movimentar perna e braço. Esse exoesqueleto teria uma antena, escondida embaixo do cabelo. O chip seria colocado em uma região específica do córtex. E a pessoa aprenderia a usar aquele membro eletrônico. Seria como aprender a andar de novo”, explicou o professor. Segundo Gazziro, a tecnologia de criação do exoesqueleto está bem encaminhada.

A pesquisa, que será desenvolvida no instituto durante três anos, pretende focar no desenvolvimento de chips sem fio e de baixo consumo. Eles serão feitos com material biocompatível, como o carbeto de silício, que, segundo a equipe de pesquisa coordenada por Saddow, tem a propriedade necessária para desenvolver uma interface cerebral.

“É um chip especificamente desenhado para ser interligado ao córtex motor. O que fazemos aqui é uma complementação do estudo do professor Miguel Nicolelis [que pretende construir um exoesqueleto robótico, comandado diretamente pelo cérebro, para que pessoas com paralisia voltem a andar], que tem conhecimento das pesquisas feitas em São Carlos. O que fazemos é propor uma solução para tirar o fio que atualmente seria usado em uma interface cerebral”, disse o professor.

O estudo está dividido em duas partes. A primeira aborda a questão da biocompatibilidade, que já foi resolvida pela universidade norte-americana. A outra, considerada um gargalo no mundo científico, trata da redução do consumo de energia pelo chip, o que ficará a cargo dos pesquisadores da USP. “Em parceria com o pessoal do sul da Flórida, estamos desenvolvendo novas técnicas para baixar o consumo do chip de forma que, nos próximos quatro ou cinco anos, consigamos ter um com pouca energia conseguindo funcionar dentro do cérebro”, disse o professor.

Depois de desenvolvido, o chip de baixo consumo será testado em ratos. “Nossa estimativa é que isso [implantar o chip em ser humano com sucesso] possa vir a se tornar corriqueiro no dia a dia em torno de 2030. O processo de validação para humanos leva mais de dez anos. Estamos com o plano de terminar nossos chips entre 2018 e 2020. A partir daí, serão mais dez anos de estudos clínicos para poder validar para uso comercial”, explicou.

O estudo, denominado Interface Neural Implantável, foi aprovado pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Atualmente temos R$ 250 mil, que acabaram de ser aprovados. E estamos pleiteando mais R$ 2 milhões nos próximos anos. Mas, como vamos usar a fábrica de chip experimental da Flórida, esses R$ 250 mil já vão ser suficientes para fazer os primeiros. Não estamos com carência de recursos. Para cumprir essa meta para os primeiros chips, esse orçamento já cobre. Mas estamos pedindo mais orçamento para aprimorar e construir processos de fabricação industrial aqui”, disse Gazziro.

Além de possibilitar que, no futuro, pessoas com deficiência possam voltar a andar, o projeto pretende impulsionar a pesquisa e a indústria nacional. “Se esse projeto for bem administrado, mantendo a propriedade intelectual e fazendo a transferência para a indústria, ajudará não só as pessoas, mas a indústria médica no país. O interessante seria dar incentivo para que empresas nacionais, via incubadoras, fabricassem esses sistemas, podendo gerar renda [para o país]”, destacou o professor.

Conferência adverte sobre uso indiscriminado de estimulantes por crianças e adolescentes

Da Agência Brasil

O uso excessivo de medicamentos por crianças e adolescentes foi tema de moção de recomendação e repúdio divulgada hoje (14) no encerramento da 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. A nota proposta pelos conselhos federais de Psicologia e Serviço Social questiona o consumo indiscriminado de estimulantes do sistema nervoso central, como a Ritalina, e ansiolíticos.

Entre as principais propostas que serão usadas como referência para a construção do Plano Decenal de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente está a criação do Plano sobre Enfrentamento ao Uso de Substâncias Psicoativas, que vai ampliar as políticas sociais para prevenção e tratamento de crianças e adolescentes dependentes de álcool e outras drogas.

Outra proposta trata da ampliação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). “Vamos buscar a melhoria das instalações das unidades que abrigam os jovem que cumprem medidas socioeducativas, várias devem ser desativadas. Vamos melhorar o atendimento a esses adolescentes e também o processo de apuração das infrações cometidas”, destacou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.

A qualificação dos conselhos tutelares foi um dos temas centrais da conferência. Segundo a ministra, em apenas 12 municípios brasileiros não há conselhos. “Nosso foco agora é na qualidade. Vamos projetar ações que qualifiquem os conselhos e os conselheiros. Queremos fortalecer os conselhos para que eles cumpram sua função de proteção dos direitos das crianças e adolescentes”, explicou a ministra.

Maria do Rosário ressaltou a mobilização dos adolescentes durante a conferência. “Esses jovens reivindicam ser ouvidos e que a escola, os programas de saúde e as políticas públicas em geral considerem as suas necessidades de desenvolvimento integral dentro da comunidade que vivem”, disse.

De acordo com a organização do evento, 780 adolescentes participaram da conferência. Para Guilherme Augusto Santos, 16 anos, de Salgueiro, em Pernambuco, foi uma oportunidade em que crianças e adolescentes tiveram direito à voz. “Foi um momento de trocar informações para conhecermos a realidade de nosso país e sermos reconhecidos não somente nos nossos municípios e estados, mas também no Brasil inteiro.”

Maurício Silveira, de Juquiá, no Vale do Ribeira (SP), ressaltou a importância da discussão em torno do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) durante a conferência. “O ECA é da criança e do adolescente, então o jovem tem que participar e realmente fazer parte dele. Algumas coisas estão apenas no papel, ainda há muita criança que trabalha e em péssimas condições. Vemos diariamente exemplos de abusos sexuais na mídia. Quando conversamos com gente da nossa idade, dá muita vontade de fazer algo”, disse.

Pesquisadores testam novo tratamento contra fobia social em hospital da USP

Da Agência Brasil

Um novo tratamento contra fobia social está sendo testado há um mês por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). A terapia usa um programa de computador que mostra imagens em três dimensões que reproduzem situações sociais iguais às que causam desconforto ao paciente. A fobia social é um distúrbio que leva a pessoa a sofrer cada vez que precisa se submeter a situações de interação social ou que tenha que mostrar desempenho em alguma atividade e afeta 8% da população.

De acordo com psicóloga e pesquisadora do Hospital das Clínicas Cristiane Maluhy Gebara, responsável pelo projeto, na terapia, o paciente usa fones de ouvido e óculos especiais que o colocam “dentro” das situações exibidas como se ele realmente fizesse parte daquilo. São exibidas imagens de interação com desconhecidos, de participação em reuniões e até de situações em que é preciso falar a plateias. Com isso, é possível testar se o programa contribui para diminuir a reação de ansiedade dos que sofrem de fobia social.

“[A fobia social] é um transtorno de ansiedade em que as pessoas têm muito medo da avaliação negativa do outro, o que gera dificuldade de interação. Elas evitam situações em que tem que se expor e, quando as enfrentam, fazem isso com muito desconforto, com sofrimento", explica Cristiane. Segundo a psicóloga, entre os sintomas estão a taquicardia, a sudorese, o rubor nas faces. "É uma situação que incomoda muito, porque a pessoa imagina que quem está observando percebe e acaba se sentindo embaraçada e humilhada.”

Uma das técnicas de tratamento é a exposição do paciente à situação, o que pode ser feito ao vivo ou simplesmente imaginado. Com a técnica da exposição ao vivo, a melhora ocorre em 70% dos casos. “Com tal técnica, de forma gradual e repetida, colocamos a pessoa nas cenas que causam desconforto da que menos incomoda para a que mais causa incômodo”, informa a pesquisadora.

Ela ressalta que, com a tecnologia e a possibilidade do uso da realidade virtual, a técnica que está sendo testada no Hospital das Clínicas permite a exposição do paciente a situações difíceis, mas de forma menos agressiva. “Alguns estudos feitos fora do país mostram que o tempo de exposição fica menor e, como isso é feito no consultório, o tempo de tratamento pode ser encurtado e é mais seguro, porque a pessoa sente a ansiedade praticamente da mesma forma, mesmo estando em um ambiente mais privado.”

Nos testes estão previstas 12 sessões, mas o tempo de tratamento varia de um paciente para outro, podendo chegar a até seis meses. “Algumas pessoas não terão tanta dificuldade ao olhar uma cena, então podem terminar o tratamento antes”, diz Cristiane. As causas da fobia social podem ser genéticas ou adquiridas por aprendizagem ou educação. “A pessoa aprende ou copia comportamentos dos pais e aí pode desenvolver fobia social mais para a frente. O transtorno se inicia quando criança e passa para a adolescência”, completa a psicóloga.

Se não for tratada devidamente, a fobia social pode acarretar prejuízos de todos os tipos na vida do indivíduo. Segundo Cristiane, há casos de pessoas que deixam de aceitar cargos que exijam mais exposição, com muita participação em reuniões, por exemplo. Na vida pessoal, também podem ocorrer prejuízos, pois, muitas vezes, o paciente deixa de ter uma vida normal por causa da dificuldade para se relacionar e até para paquerar, afirma a pesquisadora.

O diagnóstico é feito com base na análise de alguns critérios específicos. Com o tratamento, o nível de ansiedade chega a cair muito e a pessoa passa a viver normalmente. O tratamento ainda está em fase de pesquisa e não há previsão de quando a técnica será implantada nas terapias cotidianas.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Presidente da FENAM apoia decisão da ANS em suspender venda de planos e cobra mais autonomia dos médicos

Foto: Márcio Arruda


Presidente da FENAM alerta que ainda há muito o quê ser feito nas relações reguladas pela ANS.

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Geraldo Ferreira, considerou positiva a suspensão da venda de 268 planos de saúde, que descumpriram prazos de agendamento de consultas. A medida foi anunciada na tarde da última terça-feira (10), pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e envolve 37 operadoras que desrespeitaram os limites máximos de atendimento aos usuários, conforme a Resolução Normativa 259 , da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Apesar de apoiar a decisão do Governo, o dirigente da FENAM alerta que ainda há muito o quê ser feito nas relações reguladas pela ANS, como por exemplo, a posição contrária e ações enérgicas da Agência contra a interferência dos planos na conduta médica no que se refere às solicitações de procedimentos e exames.

"A medida veio em boa hora, mas as entidades médicas vão pressionar ainda mais a ANS no sentido de que também se posicione em relação ao que é negado pelas operadoras aos usuários. Hoje, existem grandes dificuldades para a concessão de autorizações de procedimentos que são solicitados pelos médicos, prejudicando a autonomia profissional e o paciente."

Outra questão defendida pela entidade é uma remuneração adequada aos profissionais que atendem planos de saúde. A média nacional dos honorários médicos pagos pelas operadoras é de R$ 45.

Fonte: FENAM

quarta-feira, 11 de julho de 2012

H1N1 – CRM-PR reforça importância do diagnóstico e tratamento

O Conselho Regional de Medicina do Paraná, sob respaldo da Câmara Técnica de Infectologia e do Centro de Infectologia da Secretaria de Saúde de Curitiba, orienta a classe médica da necessidade de atenção para os sintomas, diagnóstico e tratamento da Influenza A (H1N1).

Até o início de julho, o Estado já havia registrado 588 casos de H1N1, 207 somente na primeira semana deste mês, com um total de 14 mortes em decorrência da doença. Pessoas com idade entre 20 e 49 anos são a faixa etária mais afetada, somando 240 casos. Em Curitiba foram 112 pessoas infectadas, embora 95% do público-alvo tenha sido vacinado, totalizando 264.846 doses aplicadas no município.

A orientação do CRM-PR é para que todo caso suspeito de gripe seja tratado com Tamiflu. “Não se deve aguardar resultados de exames para iniciar o tratamento, o diagnóstico deve ser feito por meio da avaliação clínica do paciente”, reforça o médico Alceu Fontana Pacheco Junior, coordenador da Câmara Técnica de Infectologia do Conselho.

A gripe H1N1 destaca-se por febre alta (acima de 38 graus) de início súbito, podendo ser acompanhada de tosse, dor de garganta, dores musculares e mal-estar generalizado. “Ao contrário do resfriado comum, que deixa a pessoa indisposta, mas sem comprometer suas atividades diárias, a gripe A exige repouso total do paciente”, explica Alceu Fontana Pacheco Junior.

Confira o quadro de sintomas.

Fonte: CRM, com informações da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.

Decisão da ANS de suspender planos de saúde é bem recebida por órgãos de defesa do consumidor

Da Agência Brasil

A decisão da Agência Nacional de Saúde (ANS) de suspender a venda de 268 planos de saúde que descumpriram prazos para realização de consultas e exames é um avanço na regulação do setor de saúde suplementar no país. A avaliação é de associações de defesa do consumidor e de usuários de planos, que há anos reivindicavam a medida.

Segundo a Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde, entidade que funciona há 15 anos em Recife (PE), tanto pequenas como grande seguradoras vendem planos de saúde sem ter uma estrutura de hospitais credenciados e de médicos para um atendimento adequado.

"Os planos angariam muitos clientes com mensalidade baixíssimas, de R$ 80 a R$90, sem ter uma estrutura suficiente", disse a coordenadora jurídica da entidade, Karla Guerra. Em Pernambuco, segundo ela, os usuários chegam a esperar dois meses por uma consulta. "Tem de tudo, de [queixas de] obstetrícia, até gente dependendo de oncologistas que só atendem cotas de planos".

O advogado do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) do Rio de Janeiro, Flávio José Ferreira destacou que a suspensão está entre as atribuições da agência reguladora , que conseguiu vencer a resistências das operadoras, com base em reclamações de todo o país.

"A [a suspensão] é uma demanda antiga porque os órgãos de defesas do consumidor, associações e o Ministério Público vinham pressionando a ANS pelo falta de cumprimento de prazo, por parte dos planos", destacou. Em função disso, segundo Ferreira, a ANS editou no ano passado a Resolução 259 na qual está baseada a suspensão anunciada hoje.

A ANS suspendeu a venda de 268 planos de 37 operadoras com base em reclamações de clientes recebidas este ano. Das 1.016 operadoras no país, 105 receberam mais de uma queixa.

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), por meio de nota, considerou importante que sejam aplicadas sanções administrativas para as operadoras que não cumprirem os prazos estipulados pela ANS. O instituto alertou, ainda, que o consumidor interessado em contratar um plano de saúde deverá verificar se o registro corresponde a um dos planos suspensos pela agência, que poderá ser acessado pelo endereço www.ans.gov.br. Caso deseje reclamar sobre atraso no atendimento, pode ligar para o Disque ANS, no número 0800 701 9656.

terça-feira, 10 de julho de 2012

ANS suspende 268 planos que não cumpriram prazos de atendimento

Matéria do Portal Terra.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu nesta terça-feira 268 planos de saúde que não cumpriram prazos de atendimento estipulados na resolução normativa número 259, que entrou em vigor no final de dezembro. São produtos de 37 operadoras que não passaram em dois monitoramentos reiterados nos últimos seis meses.

A lista de planos suspensos está no site da ANS. Eles terão três meses para adequar suas redes e melhorarem a qualidade do serviço - a agência distribuiu notas de um a quatro para os produtos conforme avaliação dos próprios beneficiários, sendo quatro a pior avaliação. Neste período, não poderão vender o plano para novos clientes.

"Os beneficiários atuais destes planos não serão atingidos. Não deve haver maior incômodo para eles, muito pelo contrário: o serviço vai melhorar enquanto o plano estiver se readequando para atender às exigências", afirmou o diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin.

Confira os prazos máximos para marcação de consulta de cada especialidade:
1. Consulta básica (pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia): em até sete dias úteis;
2. Consulta nas demais especialidades médicas: em até 14 dias úteis;
3. Consulta/sessão com fonoaudiólogo: em até dez dias úteis;
4. Consulta/sessão com nutricionista: em até dez dias úteis;
5. Consulta/sessão com psicólogo: em até dez dias úteis;
6. Consulta/sessão com terapeuta ocupacional: em até dez dias úteis;
7. Consulta/sessão com fisioterapeuta: em até dez dias úteis;
8. Consulta e procedimentos realizados em consultório/clínica com cirurgião-dentista: em até sete dias úteis;
9. Serviços de diagnóstico por laboratório de análises clínicas em regime ambulatorial: em até três dias úteis;
10. Demais serviços de diagnóstico e terapia em regime ambulatorial: em até dez dias úteis;
11. Procedimentos de alta complexidade - PAC: em até 21 dias úteis;
12. Atendimento em regime de hospital-dia: em até dez dias úteis;
13. Atendimento em regime de internação eletiva: em até 21 dias úteis.

Paraná tem mais 207 casos de gripe A, mas nenhuma morte na última semana

O número de casos de gripe pelo vírus Influenza A H1N1 aumentou 53% em relação a semana passada, contudo nenhuma morte foi registrada no Paraná. O novo boletim informativo da Secretaria da Saúde foi divulgado nesta segunda-feira (9) e mostra que 588 pessoas contraíram o H1N1 desde o início do ano, 207 somente na última semana. Ao todo foram 14 mortes em decorrência da doença.

“O vírus da gripe está circulante em todo o país, por isso é necessário estar atento a seus sintomas e buscar atendimento médico caso haja suspeita da doença. Nosso principal objetivo é evitar mortes. Quanto mais rápido for o diagnóstico, menor as chances de agravamento da doença”, explicou o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto.

O tratamento contra a gripe está disponível gratuitamente pelo SUS e é eficaz principalmente nas primeiras 48 horas após os primeiros sintomas. Em caso de suspeita de gripe, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente a um serviço de saúde. O médico pode receitar o medicamento Oseltamivir mesmo sem a confirmação laboratorial da doença. O medicamento é indicado para tratar os tipos de Influenza mais circulantes no país.

“Já distribuímos 112 mil tratamentos para todos os municípios do Estado. Nosso estoque ainda mantém 130 mil tratamentos para outras remessas caso haja necessidade”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

O Ministério da Saúde repassou o Oseltamivir em apresentações que só podiam ser utilizadas em adultos. O Paraná é o único estado que fraciona o medicamento e mantém produção diária de 10 mil cápsulas do Oseltamivir para uso infantil, o que equivale a mil tratamentos. O fracionamento é realizado por uma farmácia de manipulação de Curitiba.

Comissão – Nesta segunda-feira (9) também foi realizada a segunda reunião da Comissão Estadual de Infectologia. Entidades médicas do Paraná apresentaram um documento que será enviado ao Ministério da Saúde reforçando a necessidade da região Sul ser priorizada nas ações de enfrentamento à gripe no país. Em junho de 2011, o Paraná, em conjunto com Rio Grande do Sul e Santa Catarina, solicitou, entre outras medidas, uma estratégia de vacinação diferenciada para a região, visto que os três estados têm condições climáticas que favorecem a circulação do vírus Influenza.

Números – De acordo com o boletim informativo da Gripe, 110 municípios registraram casos de gripe H1N1 neste ano. A maior parte dos casos foi identificada nos municípios Curitiba (112), Ponta Grossa (48), Pato Branco (46), Foz do Iguaçu (44) e Campo Mourão (20). A faixa etária com o maior número de casos foi de pessoas entre 20 e 49 anos, com 240 casos. A mesma faixa etária registrou 9 mortes.

Acesse o boletim completo

Fonte: SESA

Governo quer fim de perícia para afastamentos de até 60 dias pelo INSS

Atestados médicos para afastamento do trabalho até 60 dias de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão ser emitidos por médicos de fora do instituto, por meio de atestado eletrônico e certificado digital. A expectativa do Ministério da Previdência Social e do INSS é de que o sistema esteja implantado em todo o país até maio de 2013.

"É um mecanismo para facilitar a vida do segurado, reduzir a pressão que vem sido feita pelo volume de perícias. É uma alternativa, não um modelo compulsório. Caso o atestado não siga os critérios do INSS, o segurado terá de se submeter à perícia. Queremos atenuar o desgaste do afastamento de curto prazo, coisas do dia-a-dia", disse nesta quinta-feira (5) o presidente do INSS, Mauro Hauschild, em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

Porém, enquanto a medida não é implantada, tanto para afastamentos dentro desse prazo quanto para aqueles superiores a esse período continua sendo necessário perícia.

Projetos-pilotos começarão a ser testados a partir de agosto ou setembro em cidades do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, depois de terminado o prazo, até 27 de julho, para que sejam concluídas as consultas púbicas entre entidades do setor e sociedade civil.

"Os [projetos] pilotos ainda não estão funcionando porque dependem de um sistema [Sistema Integrado de Benefícios – Sibe], que ainda está sendo homologado", informou Hauschild.

Sistema atual não dá conta da demanda
O atual processo de perícia do INSS, o Sistema de Administração de Benefício por Incapacidade (Sabi), foi criado há 12 anos e não suporta a atual demanda, segundo a diretora de Saúde do Trabalhador do INSS, Verusa Guedes.

O objetivo do ministério e do INSS com esse sistema digital é desafogar a estrutura das perícias médicas para a concessão de benefícios, por meio da transmissão automática de dados entre médicos certificados e o banco de dados do instituto.

Atualmente, os atestados para a concessão de benefício devido a afastamento até 60 dias correspondem a 20% da demanda aos peritos do instituto.

Em seguida, o mesmo sistema deverá ser implantado também para a concessão de outros benefícios, como incapacidade, auxílio doença e invalidez, salário maternidade e aposentadoria por idade.

Os certificados digitais que deverão ser usados pelos médicos estão disponíveis na Caixa Econômica Federal, por R$ 80, para uso por seis anos.

Fonte : Agência Brasil via FENAM

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Câmara aprova MP 568 e mantém carga horária de 20h para médicos

O Plenário aprovou na última quarta-feira (4) a Medida Provisória 568/12, que concede reajustes salariais a diversas categorias do Poder Executivo. De acordo com o parecer aprovado , do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), a carga horária dos médicos continuará sendo de 20 horas semanais. A MP será encaminhada para votação no Senado.

O texto tem provocado protestos desde sua edição, em maio deste ano. Além dos médicos, outras categorias também protestaram contra mudanças feitas pela MP, que reproduz o Projeto de Lei 2203/11. Mais de 50 universidades federais estão em greve pedindo aumento maior que os 4% concedidos.

As maiores mudanças feitas pelo relator no texto beneficiam os médicos, para os quais cria tabelas específicas, que passam a ficar desvinculadas das demais carreiras da Previdência, da Saúde e do Trabalho.

Carga horária
Em seu parecer, o senador Eduardo Braga dobrou o valor das tabelas para a carga horária de 40 horas semanais, mas a opção do servidor por ela dependerá do interesse da administração e da disponibilidade orçamentária e financeira.

O texto reúne, em um único artigo, todas as gratificações de desempenho criadas para os profissionais médicos de 20 setores diferentes.

As novas tabelas de vencimentos valem para as categorias de médico, médico de saúde pública, médico do trabalho, médico veterinário, médico-profissional técnico superior, médico-área, médico marítimo e médico cirurgião de qualquer órgão da administração pública federal direta, assim como de autarquias e de fundações públicas federais.

Antes da votação do texto, o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), garantiu que os valores serão retroativos a fevereiro.

Mudanças nos adicionais
O relator da MP também retirou do texto as mudanças propostas pelo governo para os adicionais de insalubridade e de periculosidade.

Na redação original, esses adicionais eram transformados em valores fixos em reais (de R$ 100 a R$ 260), de acordo com o grau de exposição. Na prática, os profissionais que ganhassem mais perderiam mais. Com a exclusão da mudança, permanece o cálculo com base no vencimento do cargo.

Para o relator, não seria "razoável impor reduções a segmentos significativos do funcionalismo em uma MP que pretende corrigir, ainda que pontualmente, anomalias remuneratórias".

Fiocruz e Forças Armadas
Outra mudança beneficiou os servidores da Fiocruz e da área de ciência e tecnologia das Forças Armadas, estabelecendo novas cargas horárias mínimas para os cursos de qualificação profissional que são pré-requisito para receber a gratificação de qualificação (GQ) nos níveis de 1 a 3.

Gratificações
Cerca de 30 carreiras são tratadas de alguma forma pela MP, por meio da criação de gratificações, aumento dos valores de outras, aumento de vencimentos básicos ou por mudanças nas regras para recebimento de gratificações na aposentadoria.

Dnocs
Quanto aos servidores do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), o líder do governo informou que a correção que não pôde ser feita nessa MP já foi incluída no relatório da Medida Provisória 565/12.

A MP 565 autoriza o Executivo a criar linhas de crédito especiais com recursos dos fundos constitucionais de financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste para atender municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública.

Íntegra da proposta: MPV-568/2012