segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Oportunidade para médicos em Colombo

Teste Seletivo Simplificado para contratação de Médicos para o Município de Colombo.

As inscrições irão até o dia 18 de dezembro.

O edital está na página da Prefeitura de Colombo: www.colombo.pr.gov.br

Mensagem de fim de ano!


CPI dos Planos de Saúde inicia análise de documentos

Os deputados que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa para investigar a atuação das operadoras de planos de saúde no estado realizaram nesta terça-feira (11) a primeira reunião de trabalho para definir o cronograma de ações.

O presidente da CPI, deputado Adelino Ribeiro (PSL), e o relator, deputado Anibelli Neto (PMDB), discutiram com os demais membros, deputados Stephanes Júnior (PMDB) – vice-presidente da CPI – Péricles de Melo (PT), Douglas Fabrício (PPS), Mauro Moraes (PSDB) e Leonaldo Paranhos (PSC), sobre as convocações e audiências que serão realizadas no interior do Estado a partir de fevereiro no retorno dos trabalhos parlamentares.

“O recesso parlamentar inicia na próxima semana, então restará pouco tempo para ações. Por isso, neste ano, vamos nos concentrar em analisar os documentos coletados pela Comissão de Defesa do Consumidor, que iniciou esse trabalho de ouvir os médicos e as operadoras dos planos de saúde. Todos os deputados membros da CPI irão analisar esse relatório e tomar ciência do que foi discutido até o momento para darmos prosseguimento aos trabalhos”, enfatizou o presidente da Comissão, deputado Adelino Ribeiro. Os deputados também definiram que o primeiro a ser ouvido na comissão será o presidente da AMP (Associação Médica do Paraná), João Carlos Baracho. Na sequência serão convidados os representantes das operadoras dos planos de saúde.

O foco central da CPI será a relação entre médico e planos de saúde para evitar novas paralisações no atendimento aos usuários, como ocorreu no mês de novembro, quando médicos deixaram de realizar consultas de 41 planos de saúde, por não estarem satisfeitos com o valor repassado. “Esse será um dos temas tratados na CPI, mas não será o único. O que temos como prioridade é preservar os direitos do cidadão paranaense. Por isso que também será importante a realização das audiências nas principais regiões do Estado”, explicou o deputado Adelino Ribeiro.

Fonte: Alep / CRM

Ato Médico é aprovado pela Comissão de Educação do Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta quarta-feira (12), por unanimidade, o Substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (SCD) 268/02, o qual regulamenta o exercício da medicina e estabelece as atividades privativas dos médicos. O texto ainda passará pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para depois ir à decisão final no Plenário.

O relator da matéria na CE, senador Cássio Cunha (PSDB-PB), optou por manter o texto já aprovado anteriormente pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), atendendo à categoria médica.

Parte do texto aprovado

Os 14 itens do artigo quarto do texto aprovado definem quais são as atividades privativas dos médicos. Entre elas:
- A formulação de diagnóstico nosológico e a respectiva prescrição terapêutica;
- A indicação e execução de intervenção cirúrgica e prescrição de cuidados médicos pré e pós-operatórios;
- A indicação da execução e execução de procedimentos invasivos;
- A execução de sedução profunda, bloqueios anestésicos e anestesia geral.

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Geraldo Ferreira, presente na ocasião, comentou que as expectativas para continuar a votação na CAS são as mais favoráveis possíveis.

"O atual projeto, acima de tudo, traz benefícios e segurança para toda a sociedade e não altera em absolutamente nada o exercício dos outros profissionais ligado à saúde".

O secretário de direitos humanos, discriminação e gênero da FENAM e também representante na Comissão do Ato Médico, José Roberto Murisset, completou que os médicos estão indo no caminho certo.
"Vamos fazer de tudo para que a Comissão de Assuntos Sociais vote o seu parecer ainda este ano".

Antes da votação, houve uma audiência pública para debater mais afundo o texto. Foram convidados membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde, respectivamente, Luis Roberto Liza Curi, Amaro Henrique Lins e Miraci Mendes Astun.

A apreciação do SCD continua na próxima terça-feira (18) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal.

Fonte: FENAM

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Brasil não precisa de novas escolas de medicina, mas de mais vagas de residência médica, diz CFM

Da Agência Brasil

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, defendeu hoje (11) que o governo passe a investir na abertura de mais vagas em residência médica e não na ampliação de escolas e cursos de medicina. “Há uma falsa polêmica entre quantidade e qualidade. A preocupação, mais que o número, é a qualidade do ensino”, avaliou.

Em junho deste ano, o Ministério da Educação anunciou o Plano de Expansão da Educação em Saúde, voltado para regiões consideradas prioritárias, que prevê o aumento em 10% do número de vagas existentes em cursos de medicina.

Atualmente, o país conta com uma média de 1,9 médico para cada mil habitantes. O governo defende que o índice ideal seria 2,5. Durante coletiva de imprensa, o presidente do CFM lembrou que algumas localidades como o Distrito Federal chegam a registrar médias superiores a 6 médicos para cada mil habitantes, mas não oferecem boa assistência à população.

“Há uma percepção popular de que falta médico no país. Não é verdade. Faltam médicos no serviço público, onde não há carreira, estímulos, progressão. Os médicos trabalham em condições adversas, sem material”, disse. “Ninguém quer trabalhar nessas condições em lugar nenhum no mundo”, completou.

Sobre a abertura de instituições para o ensino da medicina, d'Ávila destacou que a maioria das novas escolas não tem corpo docente ou estrutura para aulas práticas, como cadáveres e hospitais. “É uma falácia e uma irresponsabilidade. O que precisamos é de médicos bons e bem formados”, avaliou.

Dados do CFM indicam que o Brasil conta com 197 escolas médicas, algumas com dois ou três cursos distintos. Em todo o país há 208 cursos de medicina. Ainda segundo o conselho, nos Estados Unidos, há 137 escolas de medicina, mesmo com uma população superior à brasileira.

“Temos médicos suficientes. Eles estão mal distribuídos, concentrados no Sul e no Sudeste. A ideia de abrir escolas no interior não é de todo ruim, mas tem que ter qualidade. Precisamos da abertura de vagas de residência médica, que é o que prepara os especialistas. O que fixa o médico é a residência. A escola não fixa”, destacou.

Atualmente, cerca de 14 mil médicos se formam todos os anos no Brasil, mas o país registra apenas 7 mil vagas de residência médica.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Oportunidade para médico especialista em tráfego

Médico especialista em tráfego para inicio imediato na clínica MPC - Medicina e Psicologia para Condutores.

Local: Edifício Asa - Centro, Curitiba.
Rua Voluntários da Pátria 475 14 andar

Contato: Telefone 41 3233-2702

Combate à dengue será reforçado no PR

 Matéria do Jornal Gazeta do Povo.

Quase 20% dos municípios do estado correm o risco de epidemia da doença. Circulação do sorotipo DEN 4 também preocupa 


O governo do estado aguarda o resultado das reuniões entre representantes das regionais de saúde e as prefeituras dos municípios com maior risco de epidemia de dengue para até o fim de semana definir as ações de intensificação do combate à doença em todo o Paraná. Os altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, em especial nas regiões Oeste e Noroeste, e a presença do sorotipo DEN 4 no Brasil e em países vizinhos colocaram o estado em alerta. A circulação do vírus tipo 4 aumenta a possibilidade de uma pessoa que já teve dengue ser infectada novamente.

Em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, neste fim de semana foram definidas ações para a redução do Índice de Infestação Predial (IIP). Uma delas é tratar a dengue como prioridade. “Atualmente a doença está sob controle, o último caso foi confirmado em outubro. O que preocupa é o índice de infestação de 4,7, que praticamente dobrou em relação a setembro”, comentou o coordenador do programa de controle de vetores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), de Foz do Iguaçu, Jean Rios.

Outra preocupação, destaca Rios, é a proximidade com o Paraguai, país em que se detectou a circulação do sorotipo 4 da doença. “O DEN 4 também já está circulando pelo Brasil. E, por se tratar de uma região com grande movimentação de pessoas, inclusive vindas do Paraguai, onde a dengue já matou centenas de pessoas, os cuidados têm de ser ainda maiores”, alerta.

Monitoramento

A dengue no Paraguai e as barreiras para evitar que avance pela fronteira com o Paraná serão tratadas em Foz do Iguaçu amanhã por representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), das prefeituras da região e do Programa Nacional de Controle da Dengue. “Um dos papéis do governo do estado neste caso é o de monitorar a situação e ajudar os municípios em ações preventivas”, comentou o supervisor de Vigilância em Saúde da Sesa, Sezifredo Paz.

No encontro, será reforçada a necessidade de manutenção dos agentes de endemias e dos agentes comunitários de saúde, responsáveis pela vistoria dos quintais e por orientar a população na eliminação dos criadouros do transmissor. O prefeito eleito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, se comprometeu a dar continuidade ao trabalho de combate à dengue. De acordo com panorama divulgado no fim de novembro, 94 municípios do Paraná correm risco de epidemia de dengue.

Leia mais no Portal da Gazeta do Povo

ATENÇÃO: Aviso de recesso

O Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná – SIMEPAR, comunica os médicos, fornecedores, parceiros e entidades coirmãs que estaremos em recesso de férias coletivas no período de 17 de dezembro de 2012 até o dia 04 de janeiro de 2013.

Aproveitamos para desejar a todos Feliz Natal e m 2012 repleto de alegrias e conquistas.





46° Congresso Nacional de Médicos Residentes

A Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), nos termos do Estatuto Social, convoca o 46º Congresso Nacional da ANMR a realizar-se nos dias 13 e 14, no Rio de Janeiro. A ANMR convoca também seus membros filiados para a eleição de seu Núcleo Executivo, no dia 14 de dezembro de 2012, durante a realização do 46º Congresso Nacional de Médicos Residentes (CNMR), conforme previsão estatutária, nos termos dos artigos 12, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41 e 42. A data para inscrição no processo eleitoral segue até esta quarta-feira, às 18h.

Confira a programação:

Dia 13 de dezembro de 2012 – quinta – feira

14h00 - 18h00 Recebimento de documentos por parte da Comissão de Credenciamento

Auditório do CREMERJ Julio Sanderson

19h00 Abertura Oficial
Mesa: ANMR, CFM, FENAM, AMB, ABEM, CREMERJ, AMERERJ

19h30 Panorama Médico Jovem: Desafios e Conquistas
Dr. Nivio Lemos – Rep. do Médico Jovem da Associação Médica Mundial, AMB, CFM

20h10 Mesa de Discussões: O Futuro da Residência Médica no Brasil –
ANMR, CFM, FENAM, AMB, ABEM, CREMERJ, AMERERJ

14 de dezembro de 2012 – sexta – feira

09h00 – 09h40 A Luta Pela Residência Médica
Dr. Pablo Vazquez Queimadelos – CREMERJ

10h00 – 10h15 Intervalo

10h20 - 11h00 PROVAB – Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica
Dr. José Luiz Bonamigo Filho – AMB

11h00 – 11h45 Discussão: Novos Desafios à Residência Médica
Entidades Médicas: CFM, ABEM, AMB, ANMR, AMERERJ

11h45 - 13h30 Almoço

14h00 – 16h00 Plenária Final ANMR - Eleição

Fonte: FENAM

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FENAM e sindicatos farão ato nacional em defesa de suas bandeiras


Presidentes de sindicatos médicos do Brasil decidiram realizar um ato nacional no próximo dia 20 em defesa das bandeiras da Federação Nacional dos Médicos (FENAM). A princípio, a manifestação será uma caminhada que partirá da Câmara Municipal e seguirá até o Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada em última reunião realizada na sede do Simesp e a pauta integra os itens abaixo:

- a luta contra a precarização do trabalho médico
- a favor dos médicos federais
- a favor da regulamentação da medicina
- a favor do Piso FENAM
- a luta contra as terceirizações do serviço público de saúde
- a luta contra a EBSERH
- a luta contra a abertura de escolas de medicina
- a favor do Revalida
- luta contra os abusos dos planos de saúde
- a favor de um ensino de qualidade na medicina
- a favor de uma assistência de qualidade na saúde pública brasileira

"Precisamos dar uma resposta aos médicos e mostrar ao Governo uma posição forte sobre as mazelas do cenário que envolvem a saúde brasileira. Tem que haver uma mobilização forte da categoria. Nós vamos fazer a FENAM assumir o seu papel de representação dos médicos", destacou o presidente da entidade, Geraldo Ferreira.

Fonte : Imprensa FENAM

Vaga para Médico Examinador e Clínico Geral

A ERGON MED está cadastrando médicos para 2013, irão desempenhar a função de Medico Examinador (Medicina do Trabalho) e Clinico Geral, no horário das 08h00 as 12h00 de Segunda a Sexta, nas unidades de Curitiba / Colombo / Pinhais. Remuneração R$: 50,00 por hora trabalhada nos primeiros 45 dias (corrido), após R$: 60,00 por hora.

Interessados enviar curriculum para: contato@ergonmed.com.br / ergonmed@hotmail.com

0xx41 – 3059 0033 / 0xx41 – 9685 0273

A/C Luiz ou Lore.

Votação do Ato Médico é adiada para esta quarta-feira, dia 12

A apreciação do Projeto de Lei que regulamenta o exercício da medicina foi adiada para a próxima quarta-feira (12), às 10:30h. Os senadores João Capiberibe (PSB/AP) e Vanessa Grazziotin (PCdoB) formalizaram uma proposta para realização de audiência pública antes que a matéria seja votada. A justificativa é que entidades ligadas à educação também sejam convidadas a participar do processo. A maioria do quórum presente na última terça-feira (04), na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal, concordou com o pedido.

O relator do SCD (Substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado) 268/2002, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) já apresentou parecer pela aprovação do texto da maneira como foi elaborado pelo parlamentar Antonio Carlos Valadares (PSB-PB) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo ele, a medicina precisa ser urgentemente regulamentada.

"A medicina possui atividades exclusivas e a regulamentação da profissão garante a qualidade do trabalho e a segurança das pessoas. É uma das profissões mais antigas e deve ter também suas funções privativas para a defesa da saúde brasileira, é um privilégio concedido pelo poder público".

Ainda segundo ele, todas as profissões da saúde que são regulamentadas estão resguardadas e o texto atende de forma clara a todas as categorias sem desfavorecer nenhuma delas.

Após análise na Comissão, o Ato Médico segue para a Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) e depois vai a Plenário.

Fonte: FENAM

Número de doentes renais no Brasil dobra em uma década, alertam médicos

Da Agência Brasil

O avanço de doenças crônicas, sobretudo do diabetes e da hipertensão, tem provocado um aumento no número de pacientes com problemas nos rins. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.

Outro alerta é que mais de 70% dos pacientes que iniciam a diálise descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. O presidente da entidade, Daniel Rinaldi, lembrou que os profissionais de saúde da atenção básica devem estar atentos aos chamados pacientes de risco – diabéticos, hipertensos, idosos e pessoas com casos de doença renal na família.

Segundo ele, para esses grupos, devem ser prescritos exames simples e de baixo custo, como a creatinina (sangue) e a perda de albumina (urina). Caso o resultado indique possível doença renal, o paciente deve ser encaminhado para um nefrologista.

O vice-presidente da sociedade médica, Roberto Tecoits, acredita que falta comunicação entre os próprios profissionais de saúde. Um dos principais problemas, continuou Tecoits, é a ausência de um protocolo de atendimento específico para doenças renais a ser adotado pelos médicos, desde a atenção primária.

“Falta uma estruturação da rede. Esse paciente, se acompanhado pelo especialista desde o início, pode não precisar de diálise ou de um transplante”, disse. “A doença renal crônica não apresenta sinais e sintomas em fase precoce. Os médicos precisam estar atentos aos grupos de risco”, completou.

A expectativa da Sociedade Brasileira de Nefrologia é que uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, agendada para janeiro de 2013, possa ser o pontapé inicial para a criação de uma rede de atendimento a doentes renais.

A doença renal crônica significa uma perda lenta, progressiva e irreversível da função dos rins. Até o paciente perder quase metade da capacidade de funcionamento dos órgãos, a doença, praticamente, não é percebida. A partir daí, começam a surgir os primeiros sintomas, como inchaço, pressão alta e anemia. Os principais fatores de risco para uma doença renal são o sobrepeso, o tabagismo e idade acima de 50 anos, além da hipertensão arterial, do diabetes e do histórico familiar.

Cuidados com alimentação podem ajudar a evitar câncer no sistema gastrointestinal

Da Agência Brasil

A dieta dos prazeres à mesa pode ser uma ameaça à saúde se a escolha do cardápio não for bem diversificada no dia a dia. O alerta é do cirurgião oncologista Samuel Aguiar Júnior, diretor do Núcleo de Tumores Colorretais do Hospital A.C. Camargo, hospital referência no tratamento de câncer.

De acordo com o médico, embora não se possa fazer uma associação direta de casos de câncer de intestino com o hábito alimentar, existem evidências de que os riscos de se contrair a doença aumentam nos grupos populacionais onde é exagerado o consumo de carnes, principalmente das processadas, enquanto se deixam de lado as fibras vegetais, as frutas e as verduras.

O oncologista esclareceu que os experimentos com animais ainda não puderam esclarecer de maneira convincente qual o real impacto sobre a saúde a que estão sujeitas as pessoas que não abrem mão da carne em suas refeições. “[No entanto], existe evidência científica de que padrões em que há excesso de consumo de carne vermelha e excesso contrário de não consumir frutas e verduras aumentam o risco”.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que os casos de câncer colorretal (tumores encontrados no intestino grosso e no reto) têm, na maioria das vezes, tratamento e cura quando detectados no início. A doença aparece quase sempre em pólipos - lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. A retirada desses pólipos é o procedimento correto para evitar que se transformem em tumores malignos.

A taxa estimada de incidência da doença divulgada pelo Inca em relação a este ano e também para 2013 oscila entre 14,23 e 26,19 novos casos a cada grupo de 100 mil homens e de 15,66 a 28,38 novos casos para as mulheres,. As maiores incidências previstas concentram-se em duas localidades: São Paulo, com 26,19 casos a cada grupo de 100 mil homens e de 25,63 referente às mulheres, e no Rio Grande do Sul, onde foi estimado 25,38 em relação às mulheres e 23,04 novos casos para os homens.

Perguntado se a população japonesa, que segue à risca a culinária baseada em vegetais e peixes, estaria em vantagem no quesito saúde, o médico respondeu que, entre os japoneses, há alta incidência de câncer de estômago causada pelo consumo de alimentos armazenados em conservas e muito salgados. O ideal é a combinação de uma dieta balanceada com frutas, verduras, legumes de forma mais natural possível e até carne, aliado a exercícios físicos.

“A gente fala muito hoje de balanço energético. Mas há uma diferença entre o que você ingere e o que você gasta. Então você pode até ter uma dieta calórica, mas se você gastar muito, você, teoricamente, está compensado. Você pode ter uma dieta pouco calórica, mas se for sedentário, então, você não está protegido. São muitos fatores associados. Quando você associa a fumo, aí você tem uma bomba relógio maior. É muito difícil você identificar um fator único e isolado para câncer de intestino”

O médico salienta que alimentos inadequados, sedentarismo, excesso de álcool e tabagismo por um período prolongado contribuem para a pessoa vir a desenvolver a doença. A grande maioria dos casos surge em pessoas acima dos 50 anos. Apesar de mais raros, observa Samuel, há registro também entre os jovens e, sempre que isto ocorre, desconfia-se da possibilidade de ser um problema hereditário. A incidência , contudo, de fatores genéticos, herdados de pai para filho, por exemplo, responde por apenas 10% dos casos.

Até “o velho e bom chimarrão”, muito apreciado pelos habitantes do Sul do país, principalmente, entre os gaúchos, moradores de algumas regiões do Paraná e pelas populações da Argentina e do Uruguai, aparece como um fator de risco, mas para câncer de esôfago. No entanto, são só evidências que não estão relacionadas à erva e sim ao costume de se tomar a bebida muito quente. “Essa evidência, porém, não é tão forte assim”, diz o médico.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Médicos e dentistas usam internet para incentivar hábitos saudáveis

Da Agência Brasil

Médicos e dentistas lançaram dia 4 de dezembro a campanha Salve Saúde. O futuro promete. Chegue bem lá. A ideia é promover, por meio do site www.salvesaude.com.br, uma ação educativa permanente e incentivar a mudança de hábitos entre os brasileiros.

A coordenadora da campanha, Nise Yamagushi, acredita que as pessoas sabem o que é preciso fazer para mudar hábitos, mas não o fazem. Ela disse buscar "um momento novo, onde todos modifiquem seus hábitos e, realmente, tenham uma vida mais saudável".

Para o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, o projeto é ousado porque envolve diversas instituições da saúde. "Queremos criar um conceito, por meio de uma linguagem científica de credibilidade, mas que as pessoas entendam perfeitamente bem o que estão lendo", explicou.

O presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas, Sílvio Cecchetto, avaliou como importante que os profissionais de saúde se unam pela promoção de hábitos saudáveis. Ele diz que "a odontologia faz parte desse contexto. Há muito tempo sabemos que a saúde começa pela boca".

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Direção do HC sinaliza atender reivindicações e residentes suspendem paralisação

Através da mediação do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, a Diretora Geral do Hospital de Clínicas, Dra. Heda Amarante, acenou com o atendimento das reivindicações dos residentes e especializandos de oftalmologia do Hospital. As propostas serão discutidas e detalhadas em reunião com a Diretora do HC na tarde de hoje, como a participação dos residentes e do SIMEPAR.

Por conta desse compromisso, os residentes e especializandos resolveram suspender a paralisação que começaria hoje de manhã, e aguardar a reunião. Mas caso as reivindicações não sejam atendidas, os residentes e especializandos retomarão a paralisação. Eles reivindicam a realização de um número maior de cirurgia por estudante para garantir a qualidade na própria formação como especialista.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Atenção médicos prestadores dos planos de saúde

Retomada da Assembleia Geral Extraordinária nesta quarta-feira no CRM

A Associação Médica do Paraná, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) e o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR), através dos respectivos presidentes, no uso de suas atribuições, reconvocam os médicos do Estado do Paraná para Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 05 de dezembro, às dezoito horas em primeira convocação, às dezenove horas em segunda convocação e às vinte horas em terceira e última convocação, na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná - Rua Victório Viezzer, 84 - Vista Alegre, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

1. Avaliação dos dias de paralisação do Movimento Médico

2. Propostas de acordo apresentadas pelas operadoras de saúde suplementar;

A assembleia sera transmitida pela internet para os médicos que não puderem comparecer. Basta acessar o site do CRM-PR no link: http://www.crmpr.org.br/eventos/ e seguir as orientações.

SUS inclui remédio que previne doenças respiratórias em lista de distribuição gratuita

Da Agência Brasil

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde incluiu na lista de remédios fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o medicamento Palivizumabe, usado na prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR) em bebês prematuros e crianças de até 2 anos com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (3) e o ministério terá prazo de 180 dias para disponibilizar o remédio no SUS. O vírus sincicial respiratório é um dos principais responsáveis por casos de bronquiolite e pneumonia em crianças de até 2 anos.

Venda da Amil pode significar a 'americanização' da saúde no Brasil

Por: Cida de Oliveira, em Rede Brasil Atual

Especialista adverte que, além de controlar a saúde privada no Brasil, a UnitedHealth vai vender planos baratos mas com cobertura restrita, empurrando para o SUS os tratamentos mais caros

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a venda da Amil, maior operadora de planos de saúde no Brasil, para a UnitedHealth Group, gigante do setor nos Estados Unidos. A transação, que já vinha sendo estudada há alguns meses, foi anunciada no dia 09 de outubro e aprovada no dia 23. O negócio envolve a venda de 90% da Amil para a United pela quantia de US$ 4,3 bilhões. A legislação brasileira proíbe a participação de capital estrangeiro em hospitais brasileiros, mas não impede em operadoras de planos de saúde. Representantes de usuários de planos de saúde já manifestaram temores. Toda vez que há fusões ou vendas eles são afetados principalmente com mudanças na rede credenciada.

A preocupação é maior agora, quando se trata do controle do sistema de saúde brasileiro por uma empresa estrangeira. Se o negócio for aprovado, os 22 hospitais próprios da Amil também serão administrados pela empresa estrangeira. Conforme o grupo americano já anunciou, seu interesse está no crescente mercado brasileiro. A transação é interessante também para os controladores brasileiros da Amil, que ficam com os US$ 4,3 bilhões, com os 10% das ações e o comando as operações. Já o sistema de saúde brasileiro não tem o que comemorar. “A venda sinaliza um caminho que pode ser sem volta. Não é só a possibilidade de outras empresas estrangeiras da saúde virem para cá. É a lógica do crescimento do setor privado que preocupa”, analisa o presidente do Grupo Pela Vidda-SP, Mario Scheffer, também conselheiro do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e membro do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Na entrevista a seguir, ele analisa as implicações da venda da Amil para o sistema de saúde do país.

Como você analisa a venda da Amil?

A entrada agressiva no mercado brasileiro da empresa norte-americana, que é uma das maiores operadores de planos de saúde do mundo, tem o objetivo explícito de obter aqui os lucros que não obtém mais no mercado americano. Isso mostra que a gente pode caminhar para a ‘americanização’ da saúde no Brasil, uma amostra do que virou esse mercado nos Estados Unidos. É o que esse perfil de capital estrangeiro quer implementar no Brasil ao comprar 90% da Amil. Ou seja, amostra do principal fracasso dos Estados Unidos ao não conseguir universalizar o atendimento público com equidade. Tanto a Amil como a United tem destacado a grande oportunidade de negócio para esse capital estrangeiro. É nesse momento de franco crescimento do mercado brasileiro que o negócio é feto. O mesmo crescimento econômico que possibilitou novos empregos, renda e consumo também alimentou a demanda por planos de saúde privados.

O interesse dos americanos está nessa classe média emergente?

Pelas declarações que estão sendo feitas, esse capital estrangeiro está interessado justamente no mercado de planos populares, baratos. O problema é que a franca expansão desse mercado ocorre de maneira totalmente desordenada, até artificial eu diria. Hoje, 80% dos planos de saúde privados no Brasil são ofertados pelos empregadores. São os planos coletivos, que se tornaram prioridade de sindicatos em sua pauta de reivindicações e o desejo de grande parte das famílias, dos indivíduos que estão ascendendo no mercado de consumo. Isso acontece por desilusão, pelo descrédito no sistema público, no Sistema Único de Saúde (SUS), que em parte há uma certa razão. Com o subfinanciamento público do sistema não é possível oferecer um atendimento de melhor qualidade. Mas por outro lado as pessoas desconhecem a importância e o papel imenso que o SUS tem hoje. Com isso há o desejo de consumir planos privados. E o mercado que está crescendo mais é o dos planos populares, mais baratos, que oferecem uma cobertura medíocre. O problema é que tudo isso acontece com a conivência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão constituído para regular o setor e que não regula.

Também há filas na saúde privada...

Parte desse apagão na saúde suplementar, com a rede lotada, filas de espera semelhantes às do serviço público, dificuldade para marcar consulta, demora na internação eletiva. Isso ocorre em grande parte por esse crescimento desordenado. A agência reguladora foi capturada pelo mercado que ela deveria regular. No momento a agência estaria renovando seus quadros, que durante muito tempo tiveram em sua maioria representantes do setor. O atual presidente [Maurício Ceschin], que foi presidente do Grupo Qualicorp, uma grande corretora brasileira que vende planos de todas as operadoras. Com uma regulação frouxa, incompetente, tem-se um crescimento desordenado.

A situação tende a piorar?

A coisa tende a piorar com a ampliação que pode vir com essa aquisição. E isso tem de ser debatido. Que sistema de saúde nós queremos? Essa cobertura privada centrada em poucas mãos, que nunca vai ser uniforme e continuada. Muitos se esquecem de que há diferenças muito grandes entre os vários produtos comercializados. Muitos acham os planos de saúde são produtos homogêneos. E não é. Cobrem e dão atendimento conforme a capacidade de pagamento das pessoas. Quanto mais barato, mais popular, pior. Depois, se a pessoa sai do emprego, fica descoberta porque a maioria dos planos são coletivos. E tem ainda a chamada exclusão pecuniária, que é a expulsão dos idosos dos planos individuais. Entre os coletivos há também uma epidemia que chamo de falsos coletivos. São planos para duas, três, quatro pessoas que podem ser feitos por microempresários. Basta o CNPJ [Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica]. Em geral o índice de reajuste desse plano foge da regulação. A operadora tem a prerrogativa de aumentar por sinistralidade, ou seja, quando os beneficiários passam a usar muito a rede credenciada. Fica tão caro que a pessoa tem de romper o contrato porque não vai mais conseguir pagar. No começo, chegam a custar 40% menos e depois chegam a ter mais de 100% de aumento. Trata-se de um setor em expansão que não garante o que se espera de um plano de saúde. Eles florescem justamente num momento em que as despesas com saúde estão subfinanciadas. Na saúde privada, que atende ¼ da população brasileira, circulam 53% de todos os recursos. E apenas 47% circulam no SUS para dar todo o atendimento, promoção da saúde, prevenção de doenças, vigilância sanitária, atendimento a doenças complexas, como cirurgias de grande porte, transplantes, tudo o que o SUS faz. Enquanto houver essa equação vamos acirrar o problema. Vão mais recursos para atender a menor parte da população. A dificuldade de acesso e a baixa qualidade estão ligadas diretamente a isso.

E o subsídio público para a saúde privada?

A saúde privada recebe subsídios públicos diretos e indiretos. Essa é uma questão que precisa ser discutida em praça pública por toda a sociedade. A população não tem noção de que os planos de saúde são financiados por empregadores públicos e privados, que embutem esse custo no preço dos produtos e serviços que toda a sociedade consome. É a sociedade que paga esse benefício que os empregadores dão aos seus trabalhadores. E tem o subsídio fiscal, em que pessoa física e jurídica abatem seus gastos com saúde no imposto de renda. São recursos que o estado poderia arrecadar e não arrecada. O plano de saúde ganha com isso porque se tornam mais atrativos. E o governo gasta também com planos particulares para os servidores. No ano passado foram gastos R$ 3 bilhões. Além disso, algumas operadoras, cooperativas e outras têm isenções de impostos. Há também uma forma de subsídio que é a cobertura de tudo que os planos não cobrem mas que o SUS atende.

O beneficiário dos planos pode ser prejudicado?

O Idec [Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor], no qual integro o conselho diretor, e outras instituições têm se manifestado para que o governo, antes de aprovar a venda, avalie o real impacto da transação, a maior concentração do mercado. É a maior operadora do país que está sendo vendida. Essa concentração é ruim ao monopolizar mais redes credenciadas. Pode, por exemplo, impor pagamentos irrisórios para os prestadores. Isso pode significar a piora na qualidade. Fora o impacto na política de saúde. Trata-se de um sinal de que pode haver um crescimento desse mercado. O que estou dizendo aqui é que o Brasil pode estar trilhando um caminho sem volta. Não é só a possibilidade de outras empresas virem para cá. É a lógica do crescimento do setor privado com a injeção adicional de recursos nesse mercado. O Brasil está numa encruzilhada. Precisa discutir se quer o predomínio dos planos privados incompatíveis com o sistema de saúde universal, comprometido com a promoção da saúde, se quer favorecer e permitir a ascensão desse mercado fragmentado em que as pessoas têm acesso não pelas necessidades de saúde mas conforme a sua capacidade de pagamento. Ou se quer investir nossa riqueza coletiva no financiamento de um sistema público que hoje é subfinanciado, universal, e ser capaz de atender adequadamente a população. É uma discussão que tem que ser feita.

O setor privado argumenta que desafoga o SUS...

O crescimento do privado, com a injeção de recursos estrangeiros, não desafoga o sistema público. Pelo contrário, reduz a disponibilidade de recursos humanos no sistema público, transfere a capacidade de produção para o privado, não reduz as filas. E as restrições, as negativas de atendimento, empurram para o SUS os idosos, os enfermos com problemas de alta complexidade. Mais gasto com a saúde privada significa fragmentar o sistema de saúde e reduzir aquela característica distributiva, dos sistemas universais. Quanto mais recursos da saúde concentrados em grupos particulares como Amil, menor é a capacidade do poder público de regular. Corremos o sério risco de ver, em curto prazo, a hegemonia do setor privado, na contramão do sistema universalizado preconizado na Constituição e na contramão de vários países, inclusive Estados Unidos. Afinal, a reforma do Obama é fruto do fracasso americano na saúde. Precisamos ver também que esse crescimento desordenado, artificial, casa com o discurso de que o SUS é inviável. A lógica é velha. Transfere as obrigações para o cidadão que pode pagar e empobrece a oferta àqueles que só podem contar com o público. Essa negociação é realmente preocupante.

(Os dados sobre a aprovação da venda pela ANS foram atualizados)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Diretores da FENAM visitam SIMEPAR

Dirigentes da Federação Nacional dos Médicos estiveram em Curitiba participando do IV Encontro de Comunicação das Entidades Médicas, que foi realizado nos dias 29 e 30 de novembro na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).

Ainda na quinta-feira, na hora do almoço, o Dr. Geraldo Ferreira Filho, presidente da FENAM, participou da assembleia dos médicos residentes e especializandos em oftalmologia do Hospital de Clinicas da UFPR que foi realizada na Sede do SIMEPAR. A assembleia foi presidida pela Dra. Claudia Paola Carrrasco Agilar, diretora do SIMEPAR, e os médicos decidiram iniciar uma greve no serviço ambulatorial eletivo de oftalmologia do HC.
Dr. Geraldo Ferreira Filho ao centro com a Dra. Claudia e os Médicos Residentes de Oftalmologia no HC.
Na sexta-feira, ao fim do Encontro de Comunicação, estiveram na sede do SIMEPAR o Dr. Geraldo, acompanhado pelos Drs. Waldir Cardoso e Rodrigo Almeida de Souza, Diretor e Secretário de Comunicação Respectivamente. Na visita, eles foram acompanhados pela Claudia Paola Carrrasco Agilar, que participou do Encontro de Comunicação coordenando duas mesas de debate.
Drs. Geraldo, Waldir Cardoso, Rodrigo Almeida de Souza e Dra Claudia.

Campanha nacional promove a inclusão de aprendizes com deficiência em estabelecimentos hospitalares

Motivar e orientar jovens com deficiência a ingressarem no mercado de trabalho. Esse é o foco da campanha "Aprendiz com Deficiência" do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Federação Brasileira de Hospitais (FBH). A ação tem como objetivo garantir abertura de novas vagas para treinamento e qualificação aos interessados e conta com o apoio do ex-jogador Romário.

A solenidade de lançamento será realizada no próximo dia 5, na Câmara dos Deputados, às 17h, no Hall da Taquigrafia, próximo a entrada do anexo II. Na oportunidade, será apresentado folder e cartaz, em que o tetra campeão mundial de futebol (1994) é o protagonista de uma história em quadrinhos. No texto, ele ressalta a importância de se enfrentar o preconceito: "é mais do que ganhar uma Copa do Mundo; é ganhar o respeito pelas diferenças", afirma.

Dados do CFM e da FBH apontam a existência de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, o equivalente a 24% da população. Pela Lei de Cotas (8.213/91), toda empresa com mais de 100 funcionários precisa reservar vagas para esse público. Entretanto não há uma especificação no caso dos aprendizes.

A publicação foi encaminhada aos diretores e donos de hospitais de todo o país, na expectativa de angariar adesão à proposta. O conteúdo do folder estará disponível no seguinte endereço: www.portalmedico.org.br

Exemplos - A chance de trabalho é fundamental, mas é preciso que a pessoa com deficiência também compreenda o seu potencial. O coordenador do Programa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência da empresa Serasa S/A, João Ribas, explica que no passado as empresas não acreditavam no profissional com deficiência, mas hoje ele é exigido sem diferenciação. "A inclusão é um caminho de mão dupla", aponta o profissional que é cadeirante.

Para a médica Izabel Maior, a pessoa com deficiência tem capacidade de estar em todos os ramos do mercado de trabalho. "O importante é ser um aprendiz, ter deficiência é um detalhe", defende a ativista que, após ser vítima de erro médico passou a usar cadeira de rodas.

Parceria - O deputado federal Romário (PSB-RJ) tem se mostrado entusiasmado com o trabalho de inclusão do Conselho."Apesar do preconceito que ainda existe, nós estamos conseguindo mudar a mentalidade dessas pessoas e reverter esse quadro a favor das pessoas com deficiência", disse.

Segundo o coordenador da Comissão de Ações Sociais do CFM, Henrique Batista e Silva, a parceria com Romário se justifica pelo trabalho do parlamentar na luta pela desigualdade e contra as diferenças.

O Comitê Paraolímpico Brasileiro também aceitou prontamente convite do deputado Romário para participar do evento. De acordo com o presidente da entidade, Andrew Parsons, alguns medalhistas paraolímpicos comparecerão ao evento para apoiar a iniciativa.

Fonte: CFM

Brasil precisa mensurar impactos da discriminação na saúde da população, defende especialista

Da Agência Brasil

Casos de discriminação são facilmente identificados por quem é alvo de piadas, chacotas, olhares atravessados ou tratamentos diferenciados. Mensurar os impactos que esses episódios trazem à saúde das pessoas, entretanto, ainda não é comum no Brasil. Para o professor João Luiz Bastos, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estratégias difundidas internacionalmente podem ajudar o país a entender como a discriminação pode estar associada, por exemplo, ao aumento da ocorrência de casos de depressão, ansiedade e hipertensão.

“A literatura internacional aponta uma forte relação entre quadros de alteração na saúde com o fenômeno da discriminação. É importante que, no Brasil, também sejam desenvolvidos estudos que identifiquem esse impacto, levando-se em conta nossas formas de sociabilidade e de tratar as pessoas em diferentes instâncias, para ver se aqui também essas relações se confirmam e de que forma elas se confirmam”, defendeu Bastos, que é autor do livro Discriminação e Saúde: Perspectivas e Métodos, lançado em novembro pela Editora Fiocruz.

Entre as metodologias que podem ser utilizadas por pesquisadores brasileiros, citadas na obra produzida em parceria com o professor Eduardo Faerstein, do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), está a conhecida como auditagem.

Por meio dela, são selecionados pares de pacientes com características semelhantes, exceto o aspecto que caracteriza a discriminação que se pretende investigar. Eles se apresentam em um serviço de saúde com os mesmos tipos de roupa e formas de comunicação e solicitam o mesmo tratamento.

“Se houver tratamento diferenciado, com encaminhamentos diferentes, poderá ser detectada a discriminação e o prejuízo para o tratamento de determinada patologia”, disse.

Segundo João Luiz Bastos, estudos que identifiquem e quantifiquem essas circunstâncias são fundamentais para reduzir a falta de equidade na saúde, “que podem estar nas relações entre profissionais de saúde e pacientes, na prescrição de tratamentos medicamentosos ou de outros procedimentos cirúrgicos e terapêuticos, assim como na própria satisfação dos usuários com o atendimento prestado”.

O professor da UFSC também citou a aplicação de “grandes inquéritos” que incluam perguntas sobre experiências discriminatórias e sobre o desenvolvimento de problemas de saúde. “Dessa forma, pode-se avaliar os dados e examinar a relação entre as experiências vividas e a ocorrência de agravos à saúde”, explicou.

O professor destacou o caráter inovador do tema, ressaltando que somente durante a década de 1990 a discriminação passou a ser encarada como um fenômeno complexo, nem sempre identificado. Ele lembrou que, antes de 1920, a discriminação racial, por exemplo, sequer era entendida como um problema importante de pesquisa. Segundo ele, a discriminação em qualquer área do cotidiano das pessoas pode trazer prejuízos à saúde.

A aposentada Noádia Almeida diz que já perdeu a conta das vezes que foi alvo de discriminação por causa da cor de sua pele. Em um dos episódios, ela foi impedida de deixar uma loja de departamentos na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, após ter trocado uma peça que tinha comprado para a filha.

“Eu estava saindo da loja quando dois seguranças me mandaram segui-los até um outro setor e disseram a outro funcionário: ´pegamos a crioula com a muamba no saco’. Como eu tinha a nota fiscal, consegui provar que a peça era minha, mas foram minutos de muita angústia, de muito nervosismo. Todo mundo me olhando, foi um horror”, contou ela, que chegou a faltar um dia ao trabalho por causa do “violento estresse emocional”.

O Ministério da Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que não tem dados sobre os impactos da discriminação na saúde da população, mas destacou que desenvolve várias ações para ligadas ao tema, como as associadas à Política Nacional de Humanização, lançada em 2003. Por meio da iniciativa, os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) são treinados e capacitados no atendimento que garanta a defesa dos direitos dos usuários, qualquer que seja sua classe social, cor da pele ou condição física ou psicológica.

Produção nacional de antirretroviral para tratamento do HIV/aids começará em 2015

Da Agência Brasil

Começa em 2013 a troca de tecnologia entre o laboratório norte-americano Bristol-Myers Squibb e o Ministério da Saúde para produzir o antirretroviral Atazanavir. O medicamento é utilizado na fase intermediária do tratamento do HIV/aids por 45 mil pessoas, cerca de 20% dos pacientes com a doença atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O acordo prevê a capacitação profissional, compra de equipamento, fabricação e distribuição, mas não incluiu o insumo ativo. O componente será transferido para um laboratório privado brasileiro, de onde será comprado pelo governo, representando uma economia de R$ 385 milhões em cinco anos. Hoje, o gasto anual com o remédio importado é de cerca de R$ 86,46 milhões.

A previsão é que a produção nacional comece em 2015 e se complete em 2017, quando termina a patente do Atazanavir. Até o fim deste prazo, o Brasil continua comprando da Bristol.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mesmo tendo que pagar pela transferência de conhecimento, embutida no preço dos comprimidos até 2017, a troca de tecnologia é mais vantajosa que a quebra da patente. Segundo ele, o país ganha autonomia em relação à política de preços do laboratório e à variação cambial, incentivando o desenvolvimento produtivo local.

“Isso permite com que o setor internacional continue investindo no Brasil e traga para nossos laboratório públicos o que tem de mais moderno”, afirmou Padilha, no evento, hoje (30), que marca a parceria às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a Aids, amanhã (1º). “Usaremos todas as estratégias para oferecer o que tem de mais moderno e mais barato”.

Outra vantagem competitiva para o Brasil é adiantar a produção nacional do Atazanavir antes do fim da patente do Bristol-Myers, disse o presidente do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Hayne Felipe da Silva.

“O Brasil antecipa o conhecimento, a tecnologia e fica com o domínio, além de reduzir os custos. Se não tivesse a parceria, a Bristol podia fazer o preço que quisesse porque é dona da patente. Só depois o Brasil poderia lançar mão de outros fornecedores”, disse Hayne.

Para a empresa, a parceria pode se refletir em oportunidades de negócios com o Ministério da Saúde no futuro. “Com a economia gerada ficam recursos possíveis de serem utilizados quando novos remédios chegarem ao mercado. Não é um ganho de curto prazo, é de longo prazo, pensando em absorver a inovação que vai chegar”, disse o presidente da Bristol, Gaetano Crupi.

O próximo passo no âmbito da produção de remédios para HIV/aids, de acordo com o presidente da Farmanguinhos, será a produção de remédios três em um. Segundo antecipou, a meta é produzir coquetéis com os antiretrovirais: Efavirenz, Lamivudina e Tenofovir.

Atualmente, 20 remédios para doença são fornecidos para o tratamento do HIV/aids no país.