domingo, 30 de novembro de 2014

Paraná comemora avanços em 30 anos de luta contra a Aids

Abertura das comemorações ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado 
em 1 de dezembro, organizado pela Secretaria Estadual da Saúde
O primeiro caso confirmado de Aids no Paraná foi registrado em 1984, em Curitiba. Ao longo desses 30 anos de luta contra a doença, muita coisa mudou. Com o Programa de Controle da Aids, do Governo do Estado, a população tem agora acesso a diversas formas de prevenção, diagnóstico facilitado e garantia do tratamento gratuito da Aids na rede pública de saúde.

Para marcar a data e comemorar os avanços no enfrentamento da Aids, uma série de atividades estão sendo realizadas em todo o Estado para informar à população que a doença é um problema real. Anualmente, 2 mil casos novos de HIV ou Aids são registrados em média no Paraná, o que reflete em mais de 500 mortes por ano.

Em Curitiba, o Hospital de Campanha do Governo do Estado ficará montado na praça Rui Barbosa nesta segunda-feira (1) para ofertar gratuitamente testes rápidos de diagnóstico do HIV. A ação acontece das 9h às 17h e conta ainda com distribuição de preservativos, materiais educativos, exposição de fotos e outras atividades culturais.

O estudante Lucas Morais, 24 anos, foi até o local na manhã deste sábado (29), primeiro dia da ação, e fez o teste em 30 minutos. “É sempre bom saber como está a nossa saúde. A facilidade de fazer o exame aqui na praça e ter o resultado na hora ajuda a gente que não tem muito tempo para ir a um posto de saúde”, contou.

Durante a solenidade de abertura das comemorações ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1 de dezembro, a Secretaria Estadual da Saúde também homenageou profissionais de saúde e entidades que tiveram destaque no enfrentamento da Aids nos últimos 30 anos.

Entre as homenageadas estava a médica Rosana Camargo, que dedicou grande parte de sua carreira ao cuidado e tratamento dos pacientes com HIV. Rosana faz parte da Associação dos Amigos do Hospital Oswaldo Cruz, entidade que apoia as pessoas em tratamento no hospital, que é referência estadual na área.

“Frente à realidade que tínhamos há 30 anos, hoje estamos bem melhores quanto às tecnologias de diagnóstico e tratamento. Apesar disso, ainda há o preconceito e o estigma da doença que precisa ser combatido”, disse Rosana.

TRATAMENTO - Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam que até 2013, 37.386 pessoas foram infectadas pelo vírus HIV no Paraná. A estimativa é que cerca de 20 mil ainda convivam com o vírus, embora apenas de 16.744 paranaenses estejam realizando o tratamento.

Desde o ano passado, todas as pessoas com diagnóstico de HIV devem ter acesso imediato ao tratamento, independente de apresentar sintomas da Aids ou não. Isso revela que quase 4 mil pessoas estão aptas, mas ainda não iniciaram o tratamento.

De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, é importante que essas pessoas busquem uma unidade de saúde o mais rápido possível. “O tratamento é essencial para garantir mais sobrevida e qualidade de vida ao paciente. Apesar de a Aids não ter cura, é possível que a pessoa tenha uma vida normal”, ressaltou Paz.

NOVA FASE - Segundo ele, o enfrentamento da Aids vive hoje um novo momento. “Com a implantação da notificação obrigatória e do teste rápido de diagnóstico do HIV em todos os 399 municípios do Paraná, não teremos mais uma epidemia silenciosa. Isso permitirá que saibamos a real situação da doença no Estado, além de desenvolver estratégias focadas para conter o seu avanço e evitar novos casos”, disse.

Do total de casos confirmados de Aids e HIV no Paraná, metade foi identificada nos últimos nove anos. Somente no ano passado, 1.470 foram diagnosticados com a doença e 1.161 com o vírus. Levando em conta apenas a Aids, houve uma redução de 5% no número de casos se comparado com os dados de 2012. Contudo, em relação aos portadores de HIV registrou-se um aumento de 72%, visto que em 2012 foram confirmados apenas 672 novos casos.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle das DSTs, Aids e Hepatites Virais, Elisete Ribeiro, explica que a tendência é que o número de casos de HIV realmente cresça na medida em que as pessoas procurem realizar os exames de diagnóstico. “Muitas pessoas podem ter o vírus e ainda não sabem. Por isso, é importante que a população lembre sempre que o sexo seguro é a melhor forma de prevenir esse tipo de doença”, destacou Elisete.

PERFIL - Atualmente, o principal alvo das campanhas de conscientização sobre doenças sexualmente transmissíveis é o jovem, sobretudo na faixa etária entre 20 e 39 anos. “É nesta idade que se concentra a maior parte dos casos. Entretanto, é preciso deixar claro que a Aids atinge pessoas de todas as faixas etárias, sexos, raças, classes sociais e orientações sexuais”, alertou Elisete.

Após análise do perfil dos casos de Aids no Paraná, o Governo do Estado criou a Rede de Protagonismo Juvenil na Prevenção das DSTs e Aids. Há três anos, a rede vêm mobilizando estudantes de 2,2 mil colégios estaduais e 64 universidades públicas e privadas no sentido de levar a discussão da prevenção para dentro das salas de aula.

Um dos projetos de protagonismo juvenil de destaque é o “VHIVER”, do Colégio Estadual Rodolpho Zaninelli, em Curitiba. Lançado em 2013, a iniciativa envolve cerca de 60 alunos que desenvolvem oficinas temáticas tratando sobre sexualidade, prevenção do HIV/Aids e uso de drogas. A base do projeto é investir no diálogo, de jovem para jovem.

Foto: Veilton Küchler

Fonte: SESA/PR

Campanha busca prevenir e diagnosticar o câncer de pele no país

Paciente  faz  exame  preventivo  de  câncer  de pele em hospital de Ipanema 

Uma campanha de prevenção e diagnóstico de câncer de pele foi realizada ontem (29) em 23 estados brasileiros pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O tumor de pele é o tipo mais comum de câncer no país. Conforme avaliação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), este ano devem ser registrados 188 mil novos casos da doença em todo o Brasil.Segundo a dermatologista Alice Buçard, do Hospital Federal de Ipanema, existem 17 tipos de tumor de pele. De acordo com o Inca, eles são subdivididos em não melanoma, menos agressivo, que representa a maioria dos casos (182 mil), e melanoma, o mais agressivo e que deverá atingir 6 mil brasileiros.

“No caso dos tumores não melanoma, é preciso ter atenção a lesões de surgimento recente, feridas que nunca cicatrizam, lesões com aspereza, que sangram e têm alguma ardência. No caso do melanoma, normalmente é uma pinta escura. O mais comum é que seja uma pintinha castanha enegrecida, que surge e cresce rapidamente ou que o paciente tem por toda a vida e, de repente, muda de tamanho”, explicou a médica.


Alice acrescentou que o câncer de pele tem como principal fator de risco a exposição solar. O tipo melanoma também pode ser causado por questões genéticas. “Moramos em um país com sol o tempo inteiro. A gente realmente se expõe de forma e em horários errados, sem proteção solar adequada. O câncer de pele atinge desde aquele mais branquinho até o negro. É um engano achar que o negro não tem câncer de pele”, observou a médica.
O Hospital Federal de Ipanema é uma das unidades do Ministério da Saúde que aderiram à campanha no Rio de Janeiro. Segundo Selena Bezerra, diretora do hospital, para os casos diagnosticados hoje. será organizado um mutirão cirúrgico ainda este ano. “O mutirão será realizado em dezembro para casos de lesões suspeitas ou com câncer”, salientou.


O professor universitário, Thompson Andrade, aguardando para ser examinado no Hospital Federal de Ipanema, durante a campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele.(Fernando Frazão/Agência Brasil)
Thompson Andrade, que  teve câncer de pele, diz que mantém a vigilância Fernando Frazão/Agência Brasil

Professor universitário, Thompson Andrade, de 74 anos, teve câncer de pele há quatro anos e o retirou por meio de uma cirurgia. Ele participou da ação deste sábado, por considerar importante manter a vigilância. "Não era nenhum câncer muito perigoso, mas acho importante, de vez em quando, fazer exames para saber se apareceu algo novo”, ressaltou.

O aposentado Antônio Paschoal Caruso, de 79 anos, também resolveu fazer uma consulta na ação de hoje. Assim como no caso de Thompson, os médicos não encontraram nada suspeito. “Eles [médicos] me orientaram e repassaram informações sobre o filtro solar que tenho de usar. Tenho de prevenir. É isso que os médicos afirmam”, disse.
Dia 29 é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele.

Informações sobre a campanha e doença podem ser obtidas no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 



Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


Fonte: Portal EBC

Curitiba terá trailers nas ruas para testagem de HIV

A partir da semana que vem, a população de Curitiba poderá realizar testes rápidos de HIV em duas unidades móveis (trailers), que fornecerão os resultados em pouco mais de 20 minutos. Uma das unidades ficará em praças da cidade e a outra reforçará o programa Consultório na Rua. A iniciativa é parte do programa “A Hora É Agora – Testar Nos Deixa Mais Fortes”, lançado nesta sexta-feira (28), na sede da Prefeitura, e servirá de piloto para futura implantação em outras cidades do País.
O principal foco do programa é à prevenção e o controle do HIV entre gays e homens que fazem sexo com homens (HSH), dois dos grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV, principalmente entre os jovens.
Além da testagem de punção digital em trailers, o programa prevê a criação de uma plataforma virtual (e-Testing), que permitirá aos interessados receber em casa o teste de fluido oral. Assim, a pessoa poderá fazer o autoteste, cujo resultado também será lido em 20 minutos. Esta nova tecnologia deve entrar em funcionamento no início de 2015.
Paralelamente, estão sendo modernizadas as linhas de avaliação e monitoramento, com o objetivo de garantir o atendimento rápido após o diagnóstico. Os usuários dos serviços com resultado positivo serão encaminhados de imediato aos serviços especializados do Sistema Único de Saúde (SUS), para acompanhamento.
A unidade de testagem móvel do programa A Hora É Agora ficará estacionada às sextas-feiras, das 18 às 22 horas, na Praça Osório, e aos sábados, das 18 às 22 horas, em local próximo à Praça Tiradentes. A segunda unidade móvel estará embarcada em uma estrutura do programa Consultório Na Rua – que leva equipes de saúde à população de rua – e seguirá o itinerário programado para o veículo, oferecendo a testagem para a população em situação de rua e usuários de drogas.
A testagem rápida do HIV também pode ser realizada no Centro de Orientação e Aconselhamento (COA)(Rua do Rosário, 144, 6º andar), de segunda a sexta, em horário comercial, no Grupo Dignidade (Avenida Marechal Floriano, 366. Conj. 46, 4º andar, Centro), terças e quintas, das 16h às 20h.
A linha telefônica Disque Agora (3322-2200) estará disponível 24 horas e contará com profissionais capacitados para orientar e tirar dúvidas dos usuários do programa.


Avanços
“Curitiba tem um histórico importante no combate à epidemia. Foi, por exemplo, a primeira cidade a notificar todos os portadores de HIV, e não apenas os doentes de aids”, lembra o secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda.
O secretário cita o apoio de infectologistas às equipes da atenção primária como mais um passo nos avanços registrados pela cidade. “A atual gestão trabalha para descentralizar o atendimento aos portadores de HIV, um conjunto de pessoas que têm necessidades de saúde diversas e, por isso mesmo, podem ser bem acompanhadas nas unidades de saúde próximas de suas residências com o apoio de infectologistas. Com este trabalho conseguimos diminuir o tempo de espera para o atendimento e junto a isso, com o trabalho realizado pelo programa Mãe Curitibana, no ano passado não registramos nenhum caso de transmissão vertical do vírus, que é a que passa de mãe para filho durante a gestação”, diz.
De acordo com o infectologista Moacir Pires Ramos, assessor da Secretaria Municipal da Saúde, a aids passou de uma condição de doença aguda, grave e com alta taxa de mortalidade para as atuais características de cronicidade. “Desde meados dos anos 1990 os índices de infectados pelo HIV e de óbitos por causa da aids vêm se mantendo mais ou menos estáveis”, diz. O especialista afirma ainda que a evolução no tratamento da aids teve uma consequência negativa: a redução na prevenção. Segundo Ramos, percebe-se um considerável aumento de exposição ao vírus, principalmente entre jovens, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas.
“Nestes grupos considerados chaves para o programa, uma das preocupações é com os jovens, que não viveram o grande susto que a epidemia da aids trouxe nos anos 80. Eles precisam estar conscientes da importância do uso do preservativo, mas também devem derrubar o preconceito e o medo de fazer o teste”, disse a vice-prefeita Miriam Gonçalves.
Público
Hoje, estima-se que mais de 10 mil pessoas vivam com o HIV na capital paranaense. O público mais vulnerável à transmissão estará no foco das novas ações, que incluem também o lançamento de um boletim epidemiológico da aids, já disponível no site da prefeitura, e um manual para médicos da atenção primária, que já vêm passando por treinamentos e palestras sobre a doença.
Beto de Jesus, coordenador das ações de aconselhamento e testagem nos trailers e na ONG parceira do programa A Hora É Agora, diz que a iniciativa tem o mérito de capilarizar as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) em outras frentes. “Esse projeto vem em resposta à necessidade de ações voltadas para gays e HSH – populações mais estigmatizadas e mais vulneráveis à epidemia do HIV/AIDS e que concentram a mais alta prevalência, em número de casos notificados, estimada em 10,5%. Além disso, populariza as ações de testagem e estimula o diagnóstico precoce. A médio prazo, contribui para reduzir a incidência do vírus HIV e quebrar o paradigma de que saber seu status sorológico seja um passo para o fim.”
“Este projeto servirá como exemplo para todo o País. Com ele teremos um demonstrativo de como trabalhar no restante do Brasil, assim como já acontece com a experiência de Curitiba de atendimento a pessoas infectadas nas unidades de saúde, com apoio de especialistas dos Núcleos de Apoio do Programa Saúde da Família (Nasf)”, ressaltou Adele Benzaken, diretora adjunta do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Com o programa, pretende-se acessar a população-chave por meio de material educativo e de promoção da realização do teste rápido do HIV. Entre os produtos de comunicação criados para o programa estão plataforma virtual, perfis no Facebook, Twitter, Instagram e folhetos, que também serão utilizados para conscientizar o público sobre a importância da prevenção e da realização do exame anti-HIV. Futuramente o programa terá um weblog.
O programa A Hora É Agora é uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Grupo Dignidade, Universidade Federal do Paraná e Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).
Cenário
Desde 1984, quando foram registrados os primeiros casos de aids, 10.256 pessoas desenvolveram a doença em Curitiba. Além desses, há ainda 3.792 portadores do vírus. Atualmente, cerca de 9 mil pessoas fazem o tratamento e recebem os medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba.
Entre a população de homens que fazem sexo com homens, 55% realizaram ao menos um teste de HIV e apenas 60% sabe para onde se dirigir para ter acesso ao exame gratuito. O programa A Hora É Agora pretende aumentar esses índices para 65% e 80%, respectivamente. Outro objetivo é inserir 9 em cada 10 homens que fazem sexo com homens diagnosticados com HIV a um serviço de saúde em até 30 dias após o resultado do teste.

Onde fazer testes de HIV em Curitiba:

Unidades de testagem móvel do programa A Hora É Agora
Uma delas ficará estacionada às sextas-feiras, das 18 às 22 horas, na Praça Osório, e aos sábados, das 18 às 22 horas, em local próximo à Praça Tiradentes. A segunda unidade móvel estará embarcada em uma estrutura do programa Consultório Na Rua, que leva equipes de saúde à população de rua.
No Centro de Orientação e Aconselhamento (COA) (Rua do Rosário, 144, 6º andar). De segunda a sexta, em horário comercial.
Na sede do Grupo Dignidade (Avenida Marechal Floriano, 366, conjunto. 46, 4º andar, Centro). Terças e quintas, das 16h às 20h.
Para tirar dúvidas Disque Agora – telefone 3322-2200. Atendimento 24 horas por dia.
Fonte: SMCS

Começa vacinação contra coqueluche para gestantes


A partir desta segunda-feira (01), as gestantes de Curitiba - que estão entre a 27ª e 36ª semana de gestação - receberão vacina contra coqueluche nas 109 unidades de saúde de Curitiba. A vacina deve ser aplicada até 20 dias antes do parto.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, foi registrado aumento significativo no número de casos em 2012 em todo país, principalmente na faixa etária até 6 meses de idade. Em 2009, havia menos de 2 mil casos de coqueluche registrados em todo o mundo. Em 2012, o índice subiu para 7 mil casos. No Brasil, no ano passado, 568 pessoas foram diagnosticadas com 110 mortes. Já em Curitiba, foram 116 diagnósticos em  2013 com dois óbitos. Neste ano, foram diagnosticadas 102 casos e nenhuma morte.
A vacina contra a coqueluche é a terceira incorporada ao calendário de vacinação neste ano. Ela se junta à proteção contra HPV, hepatite A e mais 14 outras doenças. Com capacidade de proteger adultos sem apresentar efeitos colaterais, a dTpa (nome da vacina) protege também contra difteria e tétano. Até então, uma gestante tomava três doses contra as duas últimas doenças. A partir deste ano, a terceira dose passa a conter proteção contra a coqueluche.
“Isso não dá proteção permanente nem sequer prolongada. Aqueles anticorpos só duram 6 meses. Portanto, isso não altera o esquema de vacinação da criança, que deve tomar outra vacina depois de 2 meses de vida”, afirmou a diretora de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde ,Juliane Oliveira.
Transmitida por uma bactéria, o principal sintoma da coqueluche é tosse forte, o que faz com que a doença possa ser confundida com outras enfermidades. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a coqueluche é uma das dez maiores causas de mortalidade infantil.

Foto: Valdecir Galor/SMCS
Fonte: SMCS

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Norma de fitoterápicos ganha novo texto para adequação

A Anvisa publicou nesta quinta-feira (27/11) uma atualização das normas de fitoterápicos, acompanhando o conhecimento científico atual. Uma das mudanças se refere à alteração do nome científico do maracujá. Com a publicação da nova Instrução Normativa 10/2014, o nome científico foi atualizado para Passiflora incarnata L., considerando que este é o nome mais utilizado internacionalmente, como, por exemplo, nas monografias da Organização Mundial da Saúde.
 Inicialmente, a Instrução Normativa 02/2014 havia publicado o nome científico da planta medicinal como Passiflora edulis Sims, com base na indicação de especialistas botânicos e bases de dados internacionais que os dois nomes seriam sinônimos. No entanto, alguns questionamentos, além da orientação da Farmacopeia Brasileira, apontaram que não se tratavam de sinônimos, sendo necessária a correção.
Outra atualização é a publicação da RDC 66/2014 que traz os dizeres legais que devem acompanhar o folheto informativo do Produto Tradicional Fitoterápico. A informação precisou ser retificada, pois a RDC 26/2014 que instituiu o Produto Tradicional Fitoterápico não trouxe os dizeres legais obrigatórios.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa/Coordenação de Medicamentos Fitoterápicos e Dinamizados

Cai mortalidade por câncer no país


O número de pessoas com câncer no Brasil caiu na última década. Dados divulgados hoje (27) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que no período de 2003 a 2012 a redução foi 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres. O calculo foi feito com base nas taxas de mortes por 100 mil pessoas a cada ano.

Segundo o Inca, as regiões que mais conseguiram conter os diferentes tipos de câncer foram o Sudeste, o Sul e o Centro-oeste. Por outro lado, a taxa de mortalidade no Norte e Nordeste aumentou. O instituto atribui a subida à melhora na coleta de dados.

Os tipos de câncer que mais levam à morte no Brasil continuam sendo os de traqueia, brônquio e pulmão; estômago, cólon e reto ( conhecido por câncer de intestino), próstata, mama, além de câncer de colo de útero.

Fonte: Portal EBC

Prevenção ao suicídio: CFM coloca tema em debate com a sociedade

Na próxima quarta-feira (3), em Brasília, o Conselho Federal de Medicina (CFM) promove o debate: Suicídio, é possível 
prevenir? Um olhar da sociedade. O filme ELENA – da diretora brasileira Petra Costa – será base para o debate e a 
participação da plateia, com perguntas, depoimentos e comentários, deverá 
ampliar a discussão.​ A expectativa é receber 150 participantes entre médicos, psicólogos, antropólogos, estudantes​ e 
interessados no assunto.

Segundo o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, o suicídio é um problema de saúde pública que pode 
ser evitado ou reduzido em suas dimensões. “Precisamos de uma sociedade engajada na defesa pela vida 
e gestores comprometidos com políticas públicas que realmente transformem esse cenário”, defendeu.

Para ele, quebrar o tabu do tema salvará muitas vidas. “Estudos e investimentos são essenciais para prevenir 
ocorrência deste ato. Mais do que isso, queremos trabalhar unidos e saber a opinião da sociedade sobre o tema”.

A mesa debatedora será constituída por profissionais de diferentes formações, com a finalidade de enriquecer o assunto. 
Além do presidente do CFM, estão confirmados: Emmanuel Fortes Cavalcanti, psiquiatra, diretor do CFM e membro da 
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP); Ricardo Rezende, antropólogo e professor da Universidade Federal do Rio 
de Janeiro (UFRJ); e Robert Gellert Paris Júnior, membro do Conselho Diretor do Centro de Valorização à Vida (CVV). 

ENTREVISTA
 
Uma história de suicídio é tratada de forma sutil e artística para recontar a trajetória de Elena Andrade, 

uma atriz no início de carreira, que foi tentar a sorte nos Estados Unidos. Petra, a caçula que admirava a 
irmã, tinha sete anos quando a mudança aconteceu. O documentário conta não só a vida e morte de Elena, 
mas também os desafios da família ao lidar com a perda e com o “suicídio”. Leia abaixo entrevista exclusiva 
da diretora Petra Costa: 

O que pautou a sua decisão de fazer um filme que toca num assunto tabu?
Petra Costa - Tive o desejo de fazer esse filme aos 17 anos, quando encontrei os diários de Elena pela primeira 
vez. Tive uma forte identificação com o que estava escrito neles e percebi que as dúvidas e angústias 
da minha irmã eram parecidas com as minhas e com as de tantas outras meninas que estão na idade de 
se tornar mulher. Na época, fiz uma cena no teatro que misturava trechos dos diários da Elena com os do meu. 
Foi aí que percebi a vocação dramatúrgica dessa história, dessa confusão de identidades. Dez anos depois, quando 
essas questões já estavam resolvidas para mim – através de terapia – resolvi fazer o filme e abordar o assunto 
do suicídio de frente, pois acreditava que esse era o melhor caminho.

De que maneira conversar sobre o assunto ajuda?
​PC: ​Informar é sempre o melhor caminho. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que em 

países nos quais se investiu em prevenção – e isso inclui tratar o assunto de maneira aberta, com campanhas 
de esclarecimento, o número de mortes caiu. Em 1990, quando a Elena morreu, pouco se sabia sobre depressão, 
bipolaridade e suicídio. A desinformação levou à tragédia. Logo após a morte de Elena, minha mãe procurou pessoas 
próximas de alguém que havia se matado, mas ninguém quis conversar com ela. Eu mesma demorei a encontrar um 
grupo para falar sobre o assunto. Isso só aconteceu quando eu tinha 27 anos. Só então pude compartilhar a minha dor.

Como você vê a realização do Conselho Federal de Medicina em pautar o tema tendo como base o filme Elena?
PC - Vejo com muita alegria. Houve até quem usou o termo “filmoterapia” para definir Elena. Eu acredito no uso social 

da arte. Foi ela que transformou a minha dor, me deu uma compreensão maior sobre tudo o que aconteceu. E a arte 
pode ser um estímulo para abordagem e discussão de temas socialmente delicados como o suicídio. O que o filme faz 
é transportar um assunto privado para o espaço público a fim de fomentar o diálogo. Cada vez que uma instituição 
não ligada diretamente ao cinema, como o Conselho Federal de Medicina, por exemplo, escolhe Elena para esse fim, 
sinto que meu desejo se realizou. 

PROGRAMAÇÃO:

Debate “Suicídio, é possível prevenir? Um olhar da sociedade”

14h – Credenciamento
14h30 – Abertura da mesa de debate
Mediador​:​ Ricardo Paiva – Membro da Comissão de Ações Sociais do CFM
 
Debatedores:
Carlos Vital – presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) Emmanuel Fortes Cavalcanti - psiquiatra, diretor do CFM e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
Ricardo Rezende - antropólogo e professor de Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Robert Gellert Paris Júnior - membro do Conselho Diretor do Centro de Valorização à Vida (CVV) 
15h- Apresentação do filme Elena, de Petra Costa
 
16h15 – Debate
 
18h - Encerramento

  
SERVIÇO
 
“Su​i​cídio, é possível prevenir? Um olhar da sociedade”

Debate sobre o filme Elena, de Petra Costa (exibição no evento)
Dia: 3 de dezembro de 2014
Horário: das 14 às 18h
Local: Auditório do CFM - SGAS 915 lote 72. Brasília-DF
Público-alvo: Médicos, estudantes, psicólogos, sociólogos, antropólogos e sociedade
Realização: Conselho Federal de Medicina (CFM)
Informações:  acoessociais@portalmedico.org.
br 

Fonte: CFM

DF: Bom dia, crise


                                         Foto: Internet 


A equipe do noticiário Bom Dia Brasil, da TV Globo, obteve imagens, por meio de câmera oculta de áreas internas da emergência do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), veiculadas em reportagem sobre a crise de desabastecimento de medicamentos. Além da questão do contingenciamento das cirurgias eletivas em função da falta de medicamentos e insumos, foram mostradas imagens de corredores cheios de macas, salas cheias de equipamentos com defeito e leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ao lado de uma goteira.
 
Ouvido pela reportagem, o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, alertou que a situação no Hospital de Base é grave, mas não é isolada. O “Temos recebido com frequência documentos de médicos relatando situações parecidas”, afirmou Gutemberg.
 
A reportagem também destacou as 24 interpelações feitas pelo Ministério Público à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), somente em 2014, e o relatório apresentado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou indícios de irregularidades na gestão da saúde pública.
 
Após a informação, dada por meio de nota à imprensa pela Secretaria de Saúde, de que débitos com fornecedores haviam sido quitados, o âncora do telejornal, Chico Pinheiro, encerrou a reportagem com o questionamento: “como se deixou a situação chegar a esse ponto?”
 
Veja a reportagem, em vídeo e texto, no site do Bom Dia Brasil.

Fonte: SINDMEDICO - 28/11/2014

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Livro detalha avanços da oncologia na saúde suplementar

Publicação da ANS descreve como o envelhecimento e a melhoria das condições de vida impactam no aumento de casos de câncer no país
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou nesta terça-feira (25) no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, o livro Avanços da Oncologia na Saúde Suplementar. A obra, produzida pelos próprios técnicos da agência reguladora dos planos de saúde do país, demonstra como o envelhecimento e a melhoria das condições de vida da população refletem no aumento dos casos de câncer e, consequentemente, na evolução das pesquisas e novas tecnologias para tratar a doença.
O livro foi divulgado durante o Encontro ANS São Paulo, evento organizado para demonstrar como as normas da ANS podem ser aplicadas pelas operadoras de planos de saúde e para a solução das dúvidas entre os entes do setor.
Um dos principais avanços da regulação da saúde suplementar este ano foi a incorporação no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS de 37 medicamentos orais para tratamento do câncer e oito grupos de medicamentos para efeitos adversos. A nova versão do Rol da ANS, que é a lista de procedimentos obrigatórios para os planos de saúde, entrou em vigor em 2 de janeiro deste ano. Conforme levantamento da Agência, pelo menos 10 mil pessoas já se beneficiam com a medida que determina a distribuição dos medicamentos orais para câncer e para efeitos colaterais do tratamento.
"Esta nova abordagem de tratamento, em casa, via oral, quando há medicamentos comprovadamente eficazes e quando o paciente tem indicação médica, favorece a redução dos custos assistenciais em paralelo à ampliação da qualidade de vida. Quem se trata de câncer em casa, ou dispõe do medicamento para efeitos colaterais em casa, deixa de recorrer a ambulatórios e a ambientes hospitalares para receber seu tratamento”, ressaltou o diretor-presidente da ANS, André Longo.
Nas últimas revisões do Rol da ANS, algumas das principais inclusões foram as bolsas de colostomia temporárias ou de uso contínuo para pacientes ostomizados, diversos tipos de cirurgias por videolaparoscopia, radioterapia por IMRT para tumores da cabeça e pescoço, Pet-scan oncológico com oito indicações, incluindo linfoma, esôfago, colo-retal, pulmão, melanoma e mama, além dos medicamentos para câncer e para efeitos adversos.
Especialistas da ANS também debateram essas incorporações com as entidades médicas, inclusive as diretrizes de utilização para os medicamentos para controle dos efeitos adversos no tratamento do câncer. Foram elencadas para efeitos colaterais oito indicações mais frequentes: anemia, profilaxia e tratamento de infecções, diarreia, dor neuropática, profilaxia e tratamento da neutropenia (uma disfunção no sangue), profilaxia e tratamento da náusea e vômito, rash cutâneo e profilaxia e tratamento do tromboembolismo.
Segundo a gerente de Assistência à Saúde da ANS, Karla Coelho, a ideia é fornecer informações precisas para pacientes, médicos, operadoras de planos de saúde, hospitais e gestores, a fim de que se garanta cobertura em tempo oportuno aos beneficiários da saúde suplementar. “Incluímos no novo Rol da ANS, por exemplo, os exames de oncogenética, destacando a possibilidade de prevenir neoplasias que tenham o fator genético como determinante da doença, como os gens BRCA 1 e BRCA 2. Neste caso, também foi incluído o procedimento cirúrgico profilático (mastectomia e histerectomia) e a reconstrução mamária”, acrescentou Karla. “Não estamos falando só do diagnóstico precoce e tratamento, mas também dos aspectos de promoção à saúde, como o estímulo às operadoras desenvolverem programas, inclusive relacionados aos fatores de risco para o câncer, como o tabagismo, líder global de causas de morte evitáveis”, completou.
Fonte: ANS

CNBB lança campanha estimulando a população a fazer o teste de HIV



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou hoje (27) campanha para estimular as pessoas a fazerem o teste de HIV/aids. Cuide bem de você e de todos os que você ama é o tema da campanha, que terá material divulgado nas 8 mil paróquias de todo o Brasil a partir do próximo final de semana, e também na TV e nas rádios. O teste está disponível na rede pública de saúde; é gratuito, seguro e sigiloso.

No lançamento da campanha, em Brasília, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ressaltou que mais de 100 mil pessoas têm o vírus HIV, mas não sabem, enquanto 720 mil têm o diagnóstico do vírus e cerca de 350 mil desenvolveram a aids. A incidência da doença entre os jovens está aumentando. O agravamento do número de casos não é só no Brasil, acontece também na Europa e nos Estados Unidos.

O ministro acentuou que o Brasil enfrenta a epidemia do HIV há 30 anos, e agora a incidência do vírus cresce principalmente no Norte e no Nordeste, em pessoas jovens. “Esses jovens não passaram por algo que a minha geração passou, de ver seus artistas morrerem de forma dramática”, explicou.

O secretário executivo da Pastoral da Aids, frei José Bernardi, disse que a campanha quer sensibilizar as pessoas para a doença. “Fazer o teste é uma forma de cuidar, cuidar de si e das pessoas que amamos”. As peças exploram essa ideia e acrescentam informações úteis sobre a prevenção, sobre o HIV e sobre a aids, distinguindo o vírus da doença, porque algumas pessoas têm o HIV, mas não desenvolvem a aids.

Segundo o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, é muito importante fazer o teste para começar o tratamento o quanto antes, mesmo sem sintomas, e também para barrar a transmissão da doença.

Além disso, Barbosa disse que o fato de a igreja católica encabeçar a campanha ajuda a afastar a carga negativa do teste. “A carga da insegurança, do medo, do estigma. Tudo isso são barreiras. Quando a gente tem a força moral da igreja católica a gente consegue que as pessoas se sintam acolhidas, sem medo de discriminação”, ressaltou o secretário.

Fonte: Portal EBC

Em Minas Gerais pediatras paralisam na próxima segunda-feira (1/12) por melhores condições de trabalho


Foto: Divulgação 

Os pediatras do Hospital Infantil João Paulo II (antigo CGP) farão uma paralisação de 24 horas (das 7h de segunda, dia 1/dez, às 7h de terça-feira, dia 2). Só serão mantidos os atendimentos de urgência e emergência. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária (AGE), dia 24 de novembro, no Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG). O objetivo da paralisação é sensibilizar os gestores e a comunidade para a situação de caos que vive o maior hospital infantil do Estado.
 
Segundo os médicos, para pleno atendimento da demanda que historicamente recorre ao hospital seriam necessários, no mínimo, SETE pediatras. Atualmente, em muitos dias João Paulo II funciona com apenas UM médico de plantão. Entre os motivos, estão principalmente o grande número de demissões por falta de condições de trabalho, má remuneração, sobrecarga de atendimentos; e aposentadorias. Situação que se agrava a cada dia com a falta de reposições por concursos públicos.
 
Os médicos informam também, que além da paralisação por 24 horas, como forma de denúncia, nos demais dias em que a escala estiver incompleta, com menos de três médicos, serão priorizados os atendimentos a urgências graves, com risco de morte ou de sequelas irreversíveis, de forma que a população deverá procurar atendimento prioritariamente nas UPAS de seus municípios.
 
Além da falta de pediatras no Hospital, os médicos denunciam que as Prefeituras das cidades da Região Metropolitana, incluindo BH, também não têm criado condições para manter o atendimento a urgências pediátricas. Ao invés de combater o problema, essas prefeituras, principalmente Contagem, Santa Luzia, Sabará, Vespasiano, entre outras, vêm orientando os pacientes a procurarem diretamente o Hospital João Paulo II, sem mesmo saber se o hospital tem condições para receber essa demanda extra.
 
Os médicos temem que a situação se torne ainda mais insustentável em dezembro e janeiro com o aumento dos casos de dengue e ckikungunya, e a partir de março com o pico das doenças respiratórias.
 
Reivindicações envolvem condições de trabalho
 
A principal queixa são as escalas incompletas, principalmente nos plantões de final de semana, que sobrecarregam os médicos presentes e colocam em risco o trabalho do profissional e a população. Para isso pedem contratação, em regime de urgência, de médicos para reposição das escalas.
 
Lutam, ainda, por condições de trabalho, o que inclui melhoria das instalações físicas visando salubridade e segurança no trabalho, como: portaria diferenciada para entrada e saída de funcionários; saída de segurança para os profissionais em caso de violência; refrigeração adequada nas dependências do Pronto-Atendimento e, principalmente, nos consultórios; aumento do número e manutenção técnica das impressoras dos consultórios, troca dos computadores obsoletos.
 
Os pediatras pedem, ainda, valor diferenciado para os plantões de final de semana e equiparação do abono de urgência aos médicos do Hospital João XXIII, uma vez que o João Paulo II também realiza atendimentos de alta complexidade.
 
A categoria acha fundamental a recolocação do HIJPII na rede de urgência pediátrica do Município e do Estado, de forma a melhor atender ao perfil de necessidades de saúde da população.
 
Reposicionamento do hospital é uma das propostas
 
Em documento entregue à Fhemig, foi proposto o encerramento do atendimento a livre demanda (Pronto-Atendimento de “porta aberta”), transferindo-o às Unidades de Pronto Atendimento Municipais e mantendo equipe de urgência e emergência funcionando como referência da rede para atendimentos e internações de pacientes graves, semicríticos, com patologias complexas que requeiram avaliação especializada, pacientes clínicos transferidos diretamente pelo SAMU, bem como para atendimento direto aos pacientes para os quais o hospital já é referência para o atendimento: Doenças Infecto-Parasitárias, Anemia Falciforme, Mucopolissacaridose, Fibrose Cística, pacientes em Ventilação Mecânica Domiciliar, dentre outros a serem pactuados.
 
Para o diretor do Sinmed-MG, Cristiano Túlio Maciel, que está acompanhando o movimento e também trabalha no HIJPII, a crise do hospital reflete um problema maior que é o atendimento em urgência pediátrica. “O HIJPII vem sendo colocado pela sociedade, imprensa e Ministério Público como único responsável pela situação caótica do atendimento de urgência no município de BH e região metropolitana, enquanto essa assistência é de responsabilidade dos municípios. O Corpo Clínico entende que a recolocação do papel do HIJPII na rede de urgência precisa de negociações e prazos para ser efetivada, mas precisa ser feita”.
 
Uma próxima assembleia foi marcada para 4 de dezembro, às 19 horas, para decidir os rumos do movimento. Caso as reivindicações não sejam atendidas, poderá haver novas paralisações.

Fonte: Sinmed-MG - 27/11/2014

CFM repudia campanha do governo sobre o racismo

O Conselho Federal de Medicina (CFM) repudia, em nota, o tom da campanha publicitária lançada recentemente pelo Ministério da Saúde para tratar do racismo no Sistema Único de Saúde (CFM). Para a autarquia, a campanha desconsidera os problemas estruturais do SUS, como o financiamento limitado, o fechamento de leitos, a falta de insumos e medicamento e a ausência de uma política de recursos humanos.

“São essas as causas do mau atendimento para a população, não importando questões de gênero, classe social ou etnia”, defende a nota. O texto argumenta ainda que o Código de Ética Médica já estabelece a não discriminação por razões vinculadas à herança genética. Leia a nota abaixo.

NOTA À SOCIEDADE
 
 
O Conselho Federal de Medicina (CFM) – em nome dos 400 mil médicos brasileiros – repudia o tom racista de campanha lançada pelo Ministério da Saúde, que desconsidera os problemas estruturais de atendimento que afetam toda a população.

Os médicos são contra qualquer tipo de preconceito na assistência a pacientes nas redes pública e privada. O Código de Ética Médica em vigor já estabelece que os médicos devem zelar para que “as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada à  herança genética, protegendo-as em sua dignidade, identidade e integridade”.

Por outro lado, o CFM reitera sua preocupação com as condições de trabalho e de atendimento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o qual tem sido penalizado pelo financiamento limitado, fechamento de leitos, falta de insumos e medicamentos, e ausência de uma política de recursos humanos. Na verdade, são essas as causas do mau atendimento para a população no SUS, não importando questões de gênero, classe social ou etnia.

É tarefa dos gestores de todas as esferas – federal, estadual e municipal – tomarem providências para resolver estas questões, cujo enfrentamento efetivo contribuirá, sem dúvida, para melhorar a qualidade da assistência e reduzir os indicadores de mortalidade e morbidade.

Sem a adoção de medidas contra esses problemas, os pacientes que recorrem à rede pública continuarão a ser testemunhar o desrespeito aos princípios constitucionais do SUS (universalidade, equidade, integralidade), o que configura uma agressão aos direitos individuais e coletivos e à dignidade humana.
 

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Brasília, 27 de novembro de 2014

70% das equipes de saúde de Curitiba têm desempenho acima da média, segundo Ministério da Saúde


Uma avaliação do Ministério da Saúde sobre o funcionamento das unidades básicas de saúde demonstrou que 70% das equipes de saúde da família de Curitiba têm desempenho acima da média ou muito acima da média. Das equipes de saúde bucal, 62,7% ficaram nesse patamar.
A avaliação das equipes é feita por pesquisadores externos que visitam as unidades de saúde, analisam sua estrutura física, equipamentos e entrevistam profissionais e usuários. O Ministério da Saúde faz uma média levando em conta mais de 30 mil equipes certificadas no Brasil e as classifica nos seguintes níveis: muito acima da média, acima da média, na mediana ou abaixo da média, e insuficiente.
O levantamento é um dos requisitos para calcular o valor do repasse federal aos municípios: dependendo da nota recebida, as cidades recebem um financiamento maior ou menor para a atenção básica. Com a avaliação recebida e também com a ampliação do número de equipes inscritas, os repasses para Curitiba sobem de R$ 11 milhões para R$ 15,8 milhões ao ano.
Desde 2012 o Ministério da Saúde realiza a avaliação do funcionamento das unidades de saúde e avalia as notas das equipes de saúde da família, de saúde bucal e dos núcleos de apoio ao saúde da família (NASFs). Em 2013, Curitiba inscreveu 452 equipes no Programa da Melhoria da Qualidade e do Acesso na Atenção Básica (PMAQ-AB). Dessas, 433 foram certificadas no programa. Em 2012, o Município havia inscrito 153 equipes.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda, a avaliação do ministério reforça a qualidade e a potência da rede e dos profissionais de saúde de Curitiba, mas aponta também as reformas que precisam ser feitas para que os avanços sejam maiores. “Expandir a saúde da família e tornar as unidades mais acessíveis e resolutivas é uma meta central da gestão”, disse o secretário.
Melhor avaliada
Dentre as capitais brasileiras, Florianópolis recebeu a melhor avaliação do país: 89,4% das equipes receberam avaliação acima ou muito acima da média. Recentemente a capital catarinense comemorou também o menor índice de mortalidade infantil do Brasil. Atribui-se a esse resultado o fato de o município haver levado o modelo Saúde da Família para mais de 95% da população.
As equipes de saúde da família são formadas por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde. As equipes de saúde bucal são formadas por dentistas, auxiliares de saúde bucal e técnicos de saúde bucal. O modelo busca aumentar a resolutividade das unidades básicas além de aproximar os profissionais da comunidade.
Fonte: SMCS

CRM-DF fiscaliza maior hospital do Centro-Oeste e cobra providências do Governo local para resolver problemas encontrados




O relatório da fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF)
no Hospital de Base de Brasília (HBDF) será encaminhada ainda esta semana para o Governo local.
Com o detalhamento dos problemas detectados na unidade seguirá um pedido de providências urgentes
para sanar as dificuldades e permitir o atendimento digno dos pacientes e uma assistência de qualidade.

O CRM-DF, em nota divulgada nesta quarta-feira (25), poucas horas após a vistoria, explica que uma
nova avaliação da unidade deverá ocorrer nas próximas semanas para verificar se os equívocos foram
corrigidos. Na oportunidade, os fiscais do Conselho serão acompanhados por representantes do Ministério
Público, como aconteceu na visita desta quarta-feira.

Entre os problemas encontrados constam indícios de má gestão, que têm levado o Hospital de Base a um
quadro de desabastecimento de insumos e medicamentos no Hospital, colocando em situação de risco
pacientes e profissionais. Médicos que atuam na unidade afirmam que ela sofre com a carência de
medicamentos (antibióticos, quimioterápicos, analgésicos) e insumos (gases, esparadrapos, compressas,
fios cirúrgicos). Também há dificuldade de acesso a exames para diagnóstico e monitoramento dos pacientes
graves.

“A fiscalização realizada no Hospital de Base aconteceu para evitar que a gravidade desse quadro continue
a ferir a dignidade humana e os princípios éticos da assistência em saúde, num contexto de insegurança
técnica que tem gerado a suspensão de procedimentos eletivos e até a limitação do acolhimento de novos
casos (adultos e pediátricos)”, ressaltou o CRM-DF em sua nota.


Confira abaixo a íntegra da nota:

Brasília, 25 de novembro de 2014.


NOTA SOBRE FISCALIZAÇÃO NO HOSPITAL DE BASE DE BRASÍLIA 

Em decorrência de constantes denúncias e queixas de pacientes e médicos sobre a qualidade dos serviços prestados 

pelo Hospital de Base de Brasília, o maior da Região Centro-Oeste e o único habilitado para atender casos 
de altíssima complexidade no Distrito Federal, o Conselho Regional de Medicina do DF informa que:

1)      Acompanhado por representantes do Ministério Público, foi feita fiscalização na unidade na manhã desta 
quarta-feira (25 de novembro), quando foram avaliadas as condições de funcionamento de diferentes setores da unidade, 
com foco no centro cirúrgico;

2)      Os fiscais constataram inúmeros problemas, os quais serão detalhados em relatório de fiscalização a ser 

encaminhado à Secretaria de Saúde do GDF para conhecimento e tomada urgente de providências;

3)      As situações encontradas reforçam os indícios de problemas de gestão, que têm levado a um quadro de 

desabastecimento de insumos e medicamentos no Hospital, colocando em situação de risco pacientes e profissionais;

4)      O caso do Hospital de Base de Brasília se insere na grave crise que afeta a saúde pública no Distrito Federal, 

conforme relataram os 19 chefes de serviços cirúrgicos que atendem no local;

5)      Pelo relato dos médicos, o que orientou a fiscalização do CRM-DF, há algumas semanas o Hospital de Base 

sofre com a carência de medicamentos (antibióticos, quimioterápicos, analgésicos) e insumos (gases, esparadrapos, 
compressas, fios cirúrgicos). Também há dificuldade de acesso a exames para diagnóstico e monitoramento dos pacientes 
graves;

6)      Entre os procedimentos que, de acordo com os médicos, estão sendo afetados constam: os de acesso venoso 

profundo; os tratamentos com antibióticos (antibioticoterapia); e a intubação para manutenção das vias aéreas, etc.;

7)      A fiscalização realizada no Hospital de Base aconteceu para evitar que a gravidade desse quadro continue a 

ferir a dignidade humana e os princípios éticos da assistência em saúde, num contexto de insegurança técnica que tem 
gerado a suspensão de procedimentos eletivos e até a limitação do acolhimento de novos casos (adultos e pediátricos).

Finalmente, o CRM-DF ressalta que nas próximas semanas, nova vistoria deverá ser realizada, também com o apoio 

do Ministério Público, para verificar se equívocos apontados foram corrigidos e a situação do atendimento e de 
trabalho dos profissionais foi normalizada.

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO DISTRITO FEDERAL