sábado, 31 de janeiro de 2015

Proposta obriga empregador a pagar plano de saúde para trabalhadores

Lúcio Bernardo Jr.
Dep. Eduardo Cunha
Eduardo Cunha: saúde é direito de todos.
Está em análise na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 451/14, do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que torna obrigatória a concessão de plano de saúde a trabalhadores urbanos e rurais por parte do empregador. A PEC acrescenta o dispositivo na lista das garantias fundamentais dos trabalhadores previstas no artigo 7º da Constituição.
Para fazer jus ao benefício, o cidadão terá de comprovar a existência de vínculo empregatício, mediante carteira de trabalho assinada.
De acordo com a PEC, os trabalhadores domésticos também terão direito ao plano de saúde, mas, nesse caso, o benefício dependerá ainda de regulamentação em lei.
Direito de todos
Eduardo Cunha informa que se baseou no artigo 196 da Lei Maior, que proclama o direito de todos à saúde. Ele argumenta que, para garantir a validação desse direito, é necessário que haja ações e serviços de promoção do bem-estar da população.
“Por isso, entendo que o trabalhador urbano e rural deve ter como garantia fundamental plano de assistência à saúde, oferecido pelo empregador em decorrência de vínculo empregatício”, afirma.
Tramitação
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) quanto àadmissibilidade. Caso seja aprovada, será examinada por uma comissão especial criada especialmente para essa finalidade. Em seguida, será votada pelo Plenário, em dois turnos.

Íntegra da proposta: PEC-451/2014


Fonte: Agência Câmara de Notícias

Campanha pretende intensificar combate à dengue em imóveis fechados

Foto:SESA/PR
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, participou na quinta-feira (29), em Curitiba, do lançamento da campanha “Dengue Não” da imobiliária paranaense Apolar. A iniciativa, que tem o apoio do Governo do Estado, vai incorporar ações de combate à dengue ao trabalho de vistoria técnica de imóveis cadastrados na empresa para venda e locação.

Atualmente no Paraná, uma em cada dez casas visitadas pelas equipes de saúde não pode ser vistoriada devido à recusa ou ausência do morador. Grande parte disso se deve a casas abandonadas ou fechadas a espera de locação e venda, o que impossibilita a eliminação de potenciais criadouros do mosquito da dengue.

De acordo com Caputo Neto, a campanha está alinhada às estratégias adotadas pelo Governo do Paraná para diminuir os índices de infestação do mosquito transmissor. “Sabemos que cerca de 90% dos criadouros do Aedes aegypti são encontrados dentro das casas e quintais. Por isso, cada um deve fazer sua parte e manter seus imóveis livres de focos de dengue”, destacou.

Para o secretário, o apoio da iniciativa privada é essencial para que novas cidades não entrem em situação de epidemia no Paraná. “Vivemos um momento crítico em diversas regiões. As condições climáticas estão favoráveis para o avanço da doença e, por isso, toda ajuda é bem vinda”, afirmou.

CAMPANHA - Segundo o presidente do Conselho Administrativo da Apolar, Joseph Galiano, devem participar da campanha mais de 700 colaboradores da empresa, que tem 90 unidades nos Estados do Paraná e Santa Catarina. Os corretores e angariadores de imóveis da empresa vão seguir um roteiro de vistoria da dengue, elaborado em parceria com a Secretaria da Saúde, para verificar se o imóvel tem algum potencial criadouro do mosquito. 

“O objetivo foi criar uma campanha que agisse diretamente na solução do problema. Por isso, se for constatada a presença de algum foco no imóvel, o proprietário será orientado imediatamente para proceder à limpeza do local”, ressaltou o coordenador de marketing da Apolar, Rhuan Cristiano Moraes. 

Além do check-list, a mobilização conta ainda com a divulgação de materiais educativos através de redes sociais e palestras sobre prevenção. Após as vistorias, também serão colados adesivos nas placas de venda/aluguel dos imóveis atestando que o local está livre da dengue.

ESTUDO - Nesta quinta-feira (29), a Secretaria Estadual da Saúde também divulgou o resultado de um amplo estudo sobre os locais mais propícios para a proliferação do mosquito da dengue no Paraná. De acordo com o levantamento, 52% dos criadouros encontrados em 2014 foram classificados como lixo pelos agentes de combate a endemias.

O estudo aponta que, no ano passado, as equipes de saúde identificaram cerca de 17,7 mil criadouros em todo o Estado, sendo que 9,3 mil eram materiais para descarte, como copos plásticos, garrafas pet, latas, sacolas e até pneus velhos. Os recipientes expostos em quintais são locais ideais para o acúmulo de água da chuva. Aliado ao clima quente dos últimos meses, esta situação pode ser um perigo devido ao risco de epidemias de dengue.

No ranking de criadouros mais frequentes também estão os depósitos móveis (pratos e vasos de plantas); depósitos de água ao nível do solo (tonéis, bacias e cisternas); depósitos elevados de água (caixas d’água); e depósitos naturais (ocos de tronco de árvore, bromélias e outras plantas).

A coordenadora do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, ressalta que a principal recomendação é que a população realize inspeções periódicas em suas casas. “Quinze minutos por semana são suficientes para fazer uma varredura em casa e eliminar recipientes que possam acumular água. Além disso, é preciso que as pessoas auxiliem o trabalho do poder público e permitam que os agentes de endemias realizem visitas de rotina”, informou.

Ivana conta que, neste mês, outras três cidades do interior entraram em situação de epidemia. “E esta lista pode aumentar, visto que no mês passado pelo menos 13 municípios estavam com altos índices de infestação do mosquito”, alertou.

NÚMEROS - De acordo com último boletim da dengue, além de Itaúna do Sul e Paranapoema, os municípios de São João do Caiuá, São Pedro do Paraná e Rio Bom também atingiram taxa de incidência superior a 300 casos por 100 mil habitantes, o que os coloca em patamar epidêmico.

De agosto/2014 até agora, 641 casos da doença já foram confirmados no Paraná, sendo 22 pacientes apresentaram quadros clínicos mais graves. Ainda não há registro de mortes causadas pela doença, embora um caso ainda esteja sendo investigado. Trata-se de uma moradora de São João do Caiuá, de 66 anos, que morreu no dia 21 de janeiro, em Paranavaí.

O caso está sendo avaliado pelo comitê de investigação dos óbitos causados por dengue no Paraná. Além dos exames laboratoriais, também é analisado, entre outros fatores, o histórico de saúde e os prontuários do paciente para determinar se a doença foi a principal causa da morte. 

Acesse o boletim completo.


Fonte: SESA/PR

Atraso em repasse federal deixa médicos sem salários

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios)
Prefeituras de várias partes do país têm reclamado de atrasos em repasses de verbas federais, principalmente na saúde, o que vem ameaçando serviços básicos e deixando médicos sem salários. Os municípios têm recorrido aos próprios cofres para cobrir o rombo, já que, no último mês, a União deixou de transferir R$ 2,2 bilhões do Fundo Nacional de Saúde a prefeituras e Estados. Na área da educação, os atrasos chegaram a R$ 432,5 milhões. Recursos do Ministério do Desenvolvimento Social também ficaram retidos. As informações são da Folha de S. Paulo.

Programas do bloco de atenção básica, por exemplo, como Saúde da Família, Agentes Comunitários e Saúde Bucal, ficaram sem verba em dezembro em todo o país. O governo admite os atrasos, mas não explica a razão.Embora os investimentos públicos em saúde venham crescendo ano a ano, 2014 teve um dezembro atípico.

Desde ao menos 2012, os maiores repasses ocorreram sempre no último mês de cada ano. Em 2014, porém, dezembro foi o mês com a menor carga de repasses na saúde --R$ 4,5 bilhões. Há dois meses sem receber recursos, a prefeita de Amargosa (a 235 km de Salvador), Karina Borges Silva (PSB), decidiu na quarta-feira (21) sair em caminhada com servidores da saúde para alertar a população de que serviços poderiam ser interrompidos.Em Sapeaçu (a 150 km de Salvador), médicos ficaram 20 dias sem receber salário.

"Tivemos que escolher quem receberia, e os médicos acabaram punidos. Com o salário de um deles, pago seis ou sete funcionários de salário menor", disse o secretário de Saúde Raul Molina.

Grandes cidades, como São Paulo, Rio e Salvador, também foram atingidas. Na capital baiana, quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) que deveriam ficar prontas neste ano não têm mais data para serem inauguradas. O volume retido em Salvador chegou a R$ 18 milhões.

Em São Paulo, de R$ 80 milhões da atenção de média e alta complexidade de dezembro, R$ 30 milhões só foram debitados em 7 de janeiro. Secretário da Saúde de Bauru e presidente do Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de SP), Fernando Monti diz que atrasos não são incomuns, mas "o grau de atraso se aprofundou um pouco partir do último trimestre do ano passado".

Para Paulo Ziulkoski, presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), o problema vem do ajuste fiscal. "Isso é fazer caixa. Tira um pouco daqui, um pouquinho dali", diz. Segundo ele, a União "pagava mal, mas pagava em dia"."Agora, paga mal e não paga mais em dia."

Paulo Silas, secretário-executivo da Abrac (Associação Brasileira de Prefeituras), afirma que o atraso, mesmo que de um mês, significa um "problemaço" para os prefeitos. "Se [o repasse] atrasa dois meses, você desequilibra as contas dos municípios", afirma.

Fonte: Pauta Paraná

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL SIMEPAR 2015


Ministério Público do Paraná firma TAC com consórcio para reestruturação administrativa do Samu no Norte Pioneiro

Foto: Divulgação

O Ministério Público do Paraná e o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte do Estado (Cisnop) assinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com medidas para reestruturar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) na região. O documento, firmado nesta quarta-feira, 28 de janeiro, entre o Cisnop e o Núcleo de Trabalho de Proteção ao Patrimônio Público do MP-PR na região, prevê a criação de cargos e a realização de concurso público para o provimento de quase 200 vagas no Samu.

Segundo a promotora de Justiça Kele Cristiani Diogo Bahena, a unidade do Samu do Norte Pioneiro presta assistência aos moradores das regiões de Jacarezinho e Cornélio Procópio, totalizando 43 municípios. O atendimento é todo feito por pessoal contratado via licitação de empresa prestadora de serviços, o que contraria o artigo 37 da Constituição Federal.

Prazos – Pelo TAC firmado, o Consórcio tem até 30 de abril para criar a estrutura administrativa do Samu, com organograma, cargos efetivos (requisitos, funções, carga-horária e vencimentos), cargos comissionados e funções gratificadas, e enviar para análise e aprovação do Conselho Deliberativo. Um mês antes do fim deste prazo, porém, o Cisnop deverá enviar ao MP a minuta com a nova estrutura administrativa do Samu do Norte Pioneiro, para que seja feita a análise devida.

Por meio do termo, o Cisnop também se comprometeu a realizar, até o dia 30 de agosto próximo, concurso público, nos termos da Recomendação Administrativa nº 05/2010, expedida pelo Núcleo Regional de Trabalho de Proteção ao Patrimônio Público do Norte Pioneiro, para os cargos de condutor socorrista, técnico em Enfermagem, médico socorrista, enfermeiro, médico regulador, técnico auxiliar de Regulação Médica, rádio operador, lavador de ambulância, auxiliar administrativo e farmacêutico, dentre outros. A posse aos aprovados deve ocorrer de imediato, conforme os prazos fixados no edital de concurso.



Fonte: Ascom/ 
Ministério Público do Paraná

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Exame do conselho reprova mais da metade dos recém-formados em medicina


Mais da metade (55%) dos recém-formados em medicina em São Paulo foram reprovados no exame do Conselho Regional de Medicina do estado (Cremesp). O percentual é maior entre os que fizeram o curso em escolas privadas , 65%. Entre os formados em escolas públicas, 33% foram reprovados.

Há três anos, a prova é obrigatória para quem pretende trabalhar com médico no estado, o que aumentou em sete vezes o número de participantes. O registro, no entanto, não depende do desempenho no exame. Nesta edição, 2.981 egressos foram testados.

De acordo com o presidente do Cremesp, Bráulio Luna, que coordena o exame, os piores resultados foram registrados em áreas básicas da prática médica. Apresentaram percentual de acerto abaixo de 60% (ponto de corte) áreas de conteúdo como clínica médica (52,1%), ciências básicas (54,9%), pediatria (55,9%), clínica cirúrgica (57,2%) e saúde pública (57,4%). Tiveram resultados entre 60% e 70% as áreas de ginecologia, saúde mental, bioética e obstetrícia.

“A maioria dos que não tiveram bom desempenho vai trabalhar em prontos-socorros, pois não ter sido aprovada nas provas de residência médica”, disse Luna.

Para o conselho, a obtenção do registro deve estar condicionada a um bom desempenho no exame. “Se existe [exame] para advogado e contador, por que não para o profissional de saúde?”, questionou Luna.

De acordo com Renato Azevedo, diretor do Cremesp, o exame evidencia o problema da má formação dos médicos de São Paulo e também do Brasil. “Comprovamos isso. Agora, impedir que esses indivíduos exerçam a medicina e coloquem população em risco cabe à sociedade brasileira." Segundo Azevedo, as leis que existem hoje "cerceiam o conselho", que não tem como fazer isso.

Trinta escolas tiveram seus alunos egressos avaliados. Destas, 20 não conseguiram atingir 60% de aproveitamento. Entre as instituições com pior desempenho, 15 não atingiram 45% de acerto e nove não chegaram a 25%. As dez piores escolas são privadas e as cinco melhores, públicas. A instituição que teve melhor resultado apresentou 87,3% de aprovação. O nome das escolas, no entanto, não é divulgado.

Na opinião de Bráulio Luna, a prova não pode ser considerada difícil. De acordo com o índice da Fundação Carlos Chagas, responsável pelo exame, as questões são classificadas como de nível fácil (33%), muito fácil (4,6%), médio (32,4%) e difícil (29,6%).

Desde que se tornou obrigatório, o índice de reprovação não tem diminuído. Em 2012, foram mal avaliados 54,5% dos alunos e, no ano seguinte, 59,2%. O Cremesp avalia uma proposta de monitoramento da vida profissional dos reprovados. Outra medida que deve ser intensificada é a discussão com as escolas com desempenho ruim em uma câmara técnica do conselho. “Esse debate sensibiliza alguns diretores, que pressionam mantenedores desses faculdades para que façam melhorias”, afirmou Luna.

Fonte: Portal EBC

Chioro quer consolidar Mais Médicos e ampliar vagas em cursos de medicina

Foto: ABr
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, oficializou durante reunião do Conselho Nacional de Saúde, as prioridades da pasta para a nova gestão. Segundo ele, as metas incluem a consolidação do Programa Mais Médicos e a ampliação de vagas para cursos de medicina, em parceria com o Ministério da Educação.

De acordo com Chioro, a ideia é fortalecer e qualificar a rede de atenção básica de saúde, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Segundo ele, o orçamento deste ano para o setor já prevê, por exemplo, recursos para reforma, construção e ampliação de pelo menos cinco mil unidades básicas de saúde.

Outra proposta lembrada pelo ministro é a agenda de promoção à saúde, por meio de ações relacionadas ao enfrentamento da obesidade, combate ao tabagismo e à alimentação saudável. Aos conselheiros, Chioro reafirmou estratégias já anunciadas para valorização do parto normal na rede privada e também no Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme Arthur Chioro, o ministério enfrentará problemas como o aumento das internações e mortes provocadas por acidentes de trânsito e pela violência, “sem se descuidar do enfrentamento de situações endêmicas”, como dengue, febre chikungunya e malária.

O ministro também citou a atenção hospitalar. Disse que é preciso uma política específica para unidades de pequeno porte. “Não cabe um único modelo”, disse. Ele defendeu uma “agenda de desospitalização” para priorizar o tratamento humanizado em domicílio no lugar de internações.

Chioro ressaltou a necessidade de um modelo de financiamento para saúde pública. Garantiu que, em nenhum momento, manifestou apoio ao retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas não deixou claro o modelo de financiamento em que aposta.

“A sociedade brasileira terá de discutir quanto queremos financiar e quais as fontes”, acrescentou.

Fonte: Portal EBC

FENAM apresenta posições da categoria médica ao ministro da Saúde

Membros dos sindicatos médicos de base e dirigentes da FENAM posam para foto com o ministro da Saúde, Arthur Chioro 


Foto: André Gobo 

A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e os sindicatos médicos de base, num total de 28 dirigentes, participaram, em Brasília, de audiência com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. A agenda foi fruto de uma solicitação de audiência protocolada em novembro do ano passado, e realizada nesta quarta-feira (28).
 
De acordo com o presidente da FENAM, Geraldo Ferreira, a audiência mostrou que os próximos anos não serão fáceis. “Todas as propostas apresentadas não foram acolhidas. A única coisa positiva foi a retomada do diálogo, que havia sido interrompido desde o lançamento do Mais Médicos, mas os resultados da reunião sinalizam para a continuação dos diferentes pontos de vista”, declarou.
 
Ao final do encontro foi entregue ao ministro da Saúde dois documentos contendo o posicionamento da FENAM em relação à veiculação de campanha contra o racismo no SUS e a política de redução de cesárias no Brasil (Acesse os documentos aqui). Quando o ministro recebeu os documentos mostrou desconforto e defendeu as posições do governo. O presidente da FENAM solicitou ao ministro que lesse com calma os argumentos da entidade para que ele entenda a posição de repulsa às posições do governo referentes aos dois assuntos, que no entender da FENAM agride o exercício profissional e tenta criminalizar a categoria de forma descabida.
 
Um dos assuntos discutidos na reunião foi, mais uma vez, a inédita e desconfortável situação vivida pelos médicos de receberem gratificações inferiores às dos outros servidores federais da saúde, que hoje atinge o valor de R$ 1,8 mil a menos nos contracheques dos médicos com jornada de 20 horas de trabalho. O ministro disse que o problema esbarra em questões orçamentárias, mas acenou com a possibilidade de trabalhar alguma solução apenas para os ativos, o que não é possível na visão da FENAM, já que há uma Lei que define que a gratificação é extensiva a todos, ativos ou inativos.
 
Como saldo da reunião ficou a proposta de montagem de grupos de trabalho para promoção de algum avanço em relação ao plano de cargos e salários e do retorno da gratificação dos médicos federais. O ministro disse aos presentes que considera difícil a criação de um plano de cargos federais, e que esse tipo de luta deve ser nos municípios e Estados. “Ele demonstrou que na visão do Ministério as carreiras federais estão em extinção, o que na visão da FENAM é um equívoco”, destacou Geraldo Ferreira.
 
Outra solicitação da FENAM foi a equiparação salarial entre os médicos do ESF, do Provab e dos profissionais do Mais Médicos, uma vez que a remuneração no Mais Médicos é de R$ 10,5 mil acrescido de gratificação de moradia e deslocamento, em torno de R$ 2 mil), e a remuneração do médico do ESF é em torno de R$ 8 mil. O ministro remeteu que essas solicitações fossem feitas aos municípios, porque o MS não pode fazer novos repasses. A FENAM entende que como os recursos do ESF são repassados aos municípios pelo governo federal, essas rubricas poderiam ser maiores para uma melhor remuneração do profissional médico.
 
Foi apresentada também a sugestão de que os profissionais do programa Mais Especialidades sejam contratados por meio de concurso público nacional, com pagamento do Piso FENAM e disponibilização destes profissionais aos Estados e municípios.  Apesar do ministro não ter se detido no assunto, no dia anterior durante a reunião do Conselho Nacional de Saúde, (CNS), ficou claro que o Mais Especialidades não será nos moldes imaginados pela categoria médica, e que possivelmente será com equipes multidisciplinares com nível de especialização questionável pelas entidades médicas.
 
Para o vice-presidente da FENAM, Otto Baptista, o encontro foi também uma oportunidade para o posicionamento das entidades com relação à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSRH). “Nós pontuamos junto ao ministro a proposta de transformar a remuneração dos médicos em Piso FENAM. Isso é muito importante para dignificar o trabalho do médico que atua na ponta”, disse.
 

Fonte: FENAM - 29/01/2015

Palestrantes renomados valorizam V Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária


Foto: ANMP 

O sucesso de um congresso é creditado, em grande parte, ao quilate dos palestrantes, capazes de disseminar importantes informações a uma categoria profissional e de gerar ricos debates. Nesse quesito, o V Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária está amplamente respaldado. Além de ilustres palestrantes nacionais, o evento receberá convidados renomados da Espanha, do Chile, da Argentina e da Colômbia.

Os participantes estrangeiros debaterão, com especialistas brasileiros, o modelo nacional deconcessão de benefícios por incapacidade e que, segundo o presidente do V Congresso, Miguel Tabacow, “tem sido questionado inclusive por setores da própria Previdência Social, mas é considerado em outros países como modelo a ser seguido”. 

Tabacow explica que “a discussão deverá ter como consequência a confecção do documento ‘Carta de Bento Gonçalves’, que poderá ser utilizado como contribuição para balizar ações do Estado no sentido de salvaguardar os direitos do trabalhador brasileiro, razão de ser da Perícia Médica Previdenciária”.

Faça sua inscrição: www.congressoperito.com.br

Histórico e futuro da perícia

O médico Baldur Oscar Schubert, pós-graduado em Saúde Pública e em Desenvolvimento Econômico e Planejamento, é um dos palestrantes brasileiros. Professor e consultor internacional, Schubert é o representante no Brasil da Organização Ibero-americana de Seguridade Social (OISS). Em sua palestra, abordará o histórico e o futuro da perícia médica, bem como falará sobre modelos previdenciários internacionais.

Schubert fará uma análise dos últimos 50 anos da perícia médica no país. “Sou daqueles que acreditam que hoje é melhor do que ontem. Mas, para o amanhã, precisamos investir muito na perícia”, alerta.

O quadro de peritos da Previdência Social é insuficiente para a necessidade do INSS e, de acordo com o palestrante, a situação tende a se agravar: “Nos últimos dez anos, 2.400 médicos peritos deixaram a Casa.” Ele lembra que a escassez de médicos põe em xeque o próprio sistema. “Há 400 agências sem peritos e isso compromete porque a análise feita pelos médicos peritos é fundamental, até por uma questão de justiça. O segurado tem direito porque contribui e precisa do benefício quando está incapacitado por doença ou acidente de trabalho”, reforça.

Ao defender a abertura de concursos públicos, Schubert destaca que o profissional da perícia médica precisa ter qualificação e, depois de aprovado, seguir no caminho da educação continuada. Para ele, é fundamental que o perito médico tenha um conhecimento múltiplo e mais aprofundado, que inclui: a medicina, a legislação e a profissiografia, ou seja, o conhecimento das diversas atribuições do trabalhador para ter condições de avaliar se está impossibilitado ou não de exercer a profissão.  “Enquanto o médico assistente faz o diagnóstico e indica o tratamento, o médico perito avalia a incapacidade, que é diferente da doença, e encaminha o segurado a programas de reabilitação”, lembra Schubert. Como exemplo, diz que 50% dos trabalhadores sofrem de hipertensão, mas nem todos são incapazes e podem continuar trabalhando, desde que seguindo orientação médica. 

E conclui: “Há que se atentar para a importância da estabilidade do sistema previdenciário, haja vista que hoje o benefício por incapacidade corresponde a 60% da atuação do INSS. Há 50 anos, correspondia a 40%”.

Coordenação dos benefícios judiciais
Procurador Federal da Advocacia-Geral da União – AGU desde novembro de 2007, Emerson Luiz Botelho da Silva está em exercício na Procuradoria Federal Especializada junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (PFE-INSS) no Rio de Janeiro, no cargo de Procurador Regional. Em sua palestra, discorrerá sobre a coordenação dos benefícios judiciais e a viabilidade jurídica da formação de uma carreira pericial única.

A carreira de médico perito da Previdência Social surgiu em 2004, quando foi realizado o primeiro concurso público para o cargo. Até então, o segurado era atendido por peritos credenciados. “A situação era complicada, pois se tratava de profissionais sem vínculo sólido com a autarquia, o que dificultava o estabelecimento de diretrizes médico-periciais e, por conseguinte, uma atuação coerente e uniforme em todo o território nacional”, comenta Emerson Botelho. Tal situação acabou tornando-se insustentável, culminando com a criação da carreira de Médicos Peritos da Previdência Social, em resposta a um legítimo anseio da sociedade brasileira.

Uma questão que será abordada por Emerson Botelho é o elevado número de ações judiciais contra o INSS, referentes a resultados de perícias médicas. “Com a instituição dos juizados especiais federais, cujo acionamento não traz custos para o cidadão, recorre-se muito à justiça para tentar reverter o indeferimento de um afastamento por incapacidade”, diz.

O procurador ressalta, entretanto, que o indeferimento envolve uma análise técnica e os critérios, mesmo sendo preponderantemente objetivos, trazem certo grau de subjetividade, permitindo reavaliação. Emerson Botelho é categórico: “A questão em regra é médica, não jurídica”. Para ele, o perito do INSS é isento, tem estabilidade e uma série de benefícios, próprios dos servidores públicos, exatamente para garantir a melhor prestação de serviços, para não ser pressionado política ou institucionalmente.

Como alternativas para reduzir o excessivo número de ações judiciais, o procurador cita, em primeiro lugar, a necessidade de o Poder Judiciário dar maior efetividade à presunção de veracidade e legitimidade do ato administrativo do servidor do INSS. “O laudo do perito da Previdência Social não pode ser considerado prova sempre insuficiente. É um profissional isento e qualificado, que faz parte de uma instituição que não visa ao lucro.”  Outra possibilidade seria o Judiciário constituir uma carreira própria de médicos peritos, mas não é uma proposta fácil de ser executada. Na opinião de Emerson Botelho, seria oneroso em virtude do vínculo de décadas – ativos e inativos –, embora reduzisse o custo com peritos contratados atualmente pela Justiça para realizar perícias em processos judiciais.

Quanto à carreira única, ou seja, a formação de um corpo de peritos médicos federais, a proposta é viável juridicamente, a exemplo do que ocorreu com a carreira de Procurador Federal.  “Antes, os procuradores eram vinculados às autarquias e, a partir da unificação, todos passaram a integrar a Advocacia Geral da União (AGU).” Mas Botelho considera a proposta muito ousada e não a recomendaria como uma alternativa ao aumento de processos contra a Previdência. “No contexto atual, isso inviabilizaria o INSS”, argumenta.  

 Gestão do SST

Formado em Medicina e cursando Direito, José Costa Filho é professor, especialista em Medicina do Trabalho e perito médico previdenciário do INSS na gerência executiva de Presidente Prudente, onde chefia a área de Segurança e Saúde do Trabalho (SST). O curso que irá ministrar, no pré-congresso, é sobre Gestão do SST e ações regressivas – papel social da perícia médica.

O perito explica que “um dos pontos-chave será a abordagem sobre a necessidade de mudança de paradigma na gestão da perícia médica da Previdência Social, no sentido de adotar princípios da moderna teoria do gerencialismo em sua atuação diária, e mais especificamente, as orientações do modelo de gestão que ficou conhecido pela sigla PSO, Public System Oriented”. Este modelo se baseia numa gestão direcionada às necessidades do cidadão, pensada na demanda da população e na melhor forma de ofertar o serviço demandado.
Para Costa Filho, outra questão que se apresenta iminente é a gestão do conhecimento da Previdência Social. O fato de o Instituto ser uma organização que tem escassez atual na publicação de documentos científicos dificulta a transmissão do conhecimento entre as gerações de peritos, além de impedir ou dificultar muito a evolução do serviço.

“Penso ser necessário discutirmos urgentemente um ambiente de estudo, produção e transmissão de conhecimento dentro da Previdência Social, o qual passará, obrigatoriamente, pela inserção de graduandos, residentes, pós graduandos, mestrandos, doutorandos e pós doutorandos em medicina nas atividades da Perícia Médica Previdenciária, o que propiciará um sistema contínuo de produção de ciência”, afirma Costa Filho. 

Serviço: 

V Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária
5 a 7 de março, em Bento Golçalves (RS)
Inscrições:  www.congressoperito.com.br


Fonte: FENAM/Taciana Giesel - 29/01/2015

Serviços de saúde devem prover equipes de ensino sobre HIV e AIDS e de meios preventivos, diz recomendação do CFM

Foto: ABr
Uma nova Recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada nesta quinta-feira (29), preconiza que medidas preventivas devem ser adotadas – pelos estabelecimentos e instituições de saúde – em relação à infecção pelo HIV. Estas medidas englobam treinamento a toda a equipe nas precauções universais; oferecer a todos os profissionais da área acesso à equipe multidisciplinar para suporte e orientação sobre os riscos de infecção ocupacional por patógenos carreados pelo sangue; e propiciar a existência de condições de trabalho suficientes e aptas para a salvaguarda de todas as medidas já definidas.
O documento ressalta a importância de que a informação e o ensino em relação à infecção pelo vírus devem ser passados continuamente aos profissionais de saúde e à população em geral, visando, sobretudo, o entendimento dos mecanismos de contaminação pelo HIV e outros micro-organismos. Segundo o texto, a divulgação desse conhecimento ajudará não só a limitar a possibilidade de novos casos, como a diminuir a discriminação contra os portadores do vírus.
Estes são alguns dos aspectos abordados na Recomendação 7/14, que também indica procedimentos, cuidados, tratamentos e precauções aos médicos vivendo com HIV ou AIDS, assim como ressalta seus direitos. Além de abordar a conduta que deve ser observada pelos serviços de saúde e hospitais em relação ao tema, o documento trata das medidas que o profissional vivendo com HIV ou AIDS deve adotar no âmbito do cuidado ao paciente e em relação à equipe de saúde.
Orientações aos médicos – Segundo a Recomendação, médicos vivendo com HIV ou AIDS devem zelar pela aplicação de todas as normas relacionadas às precauções universais, que consistem em considerar como potencialmente infectantes o sangue e as secreções que contenham sangue visível, adotando proteções de barreira, como luvas, máscaras, capotes, gorros e proteção ocular, visando impedir o contato destes fluidos com pele e mucosas.
O relator do documento e diretor-tesoureiro do CFM, José Hiran da Silva Gallo, ressalta que “o termo universal refere-se a todos os profissionais de saúde e pacientes, independente do conhecimento ou suspeita de infecção pelo HIV e/ou por outros patógenos carreados pelo sangue”, ou seja, o médico vivendo com HIV ou AIDS não precisa adotar medidas extras além do cumprimento rigoroso daquelas já preconizadas – imbuído do compromisso de não expor ao risco os pacientes, membros de sua equipe ou qualquer outra pessoa. Nesse sentido, outro ponto crucial é que este profissional se mantenha atualizado nas técnicas invasivas praticadas por ele e sua equipe.
Sigilo – O documento ressalta ainda que deve ser garantido ao médico nesta condição o sigilo e a confidencialidade sobre a sua patologia; bem como a possibilidade de que ele decida livremente se e como serão divulgados os dados relativos ao seu estado. O médico vivendo com HIV ou com AIDS também tem garantido o direito de não ser discriminado no trabalho em razão de sua condição, e deverá ter acesso às informações necessárias ao tratamento adequado.
Em 1992, o CFM emitiu uma orientação sobre HIV em um documento extenso (o Parecer 11/92, que continua válido) que aborda vários aspectos, como o direito da mulher infectada pelo HIV à gestação e a triagem sorológica de pacientes e médicos em ambiente hospitalar, entre outros pontos. A necessidade de uma abordagem mais objetiva e atualizada, especificamente sobre médicos vivendo com HIV ou com AIDS, justificou que se aprovasse a Recomendação 7/14.

Fonte: Portal CFM

Projeto destina recursos do FNDCT para pesquisas com células-tronco

Arquivo/Zeca Ribeiro
Jovair Arantes
Jovair Arantes: terapia com células-tronco pode retardar a progressão de doenças como Alzheimer, Parkinson e ELA.
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei (PL) 7977/14, do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que destina recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para a pesquisa com células-tronco, com o objetivo de tratar doenças em que ocorre destruição de neurônios. A proposta altera a Lei 11.540/07, que regulamenta o FNDCT.
O autor da proposta ressalta que a terapia com células-tronco pode renovar as células e contribuir para manter as funções cognitivas e retardar a progressão dos sintomas de patologias degenerativas como Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose lateral amiotrófica (ELA), assim como diminuir prejuízos causados por derrame e tumores cerebrais.
Arantes argumenta que o poder público “deve se responsabilizar por financiar atividades de alta investigação científica, e, mais especificamente, as pesquisas que estão sendo conduzidas em todo o País com células-tronco, visando ao tratamento de doenças neurodegenerativas”. “Essa iniciativa enseja uma política de saúde articulada, que garanta ao brasileiro o acesso a tratamentos de ponta inerentes à evolução científica e tecnológica”, acrescenta.
Conselho diretor
A proposta também inclui um representante do Ministério da Saúde e o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Conselho Diretor do FNDCT. Para Arantes, os avanços científicos e tecnológicos na área de saúde, conduzidos tanto pelo setor público como pela iniciativa privada, justificam plenamente tal inclusão.
Atualmente, o FNDCT se destina a apoiar programas, projetos e atividades em ciência, tecnologia e inovação. Financia a pesquisa, a inovação, o desenvolvimento de novas tecnologias e a capacitação de profissionais por meio de intercâmbio científico e tecnológico.
O fundo é constituído por parcela dos royalties sobre de petróleo ou gás natural, receita de empresas de energia elétrica e da contribuição de intervenção no domínio econômico (Cide), entre outros recursos.
No caso das pesquisas com células-tronco, o projeto determina que as pesquisas básicas ou aplicadas, visando ao tratamento de doenças neurodegenerativas, serão financiadas com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive quando realizadas por instituições privadas de pesquisa.
Tramitação
A proposta será arquivada pela Mesa Diretora no dia 31 de janeiro, por causa do fim da legislatura. Porém, como o autor foi reeleito, ele poderá desarquivá-la. Nesse caso, o texto será analisado, de forma conclusiva, pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta: PL-7977/2014

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Busca por médico Roberto Gomes desaparecido em São Paulo em novembro continua

      Testemunha diz ter visto homem com as características do médico Roberto Gomes em Toledo (PR) 
O médico capixaba Roberto Gomes está desaparecido desde 26/11/14
O médico capixaba Roberto Gomes está desaparecido desde 26/11/14
Uma testemunha na cidade de Toledo, interior de Paraná, afirma ter visto um homem com as características de Roberto Gomes em uma unidade de saúde. Com essa informação, a família pediu ajuda ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná (CRM-PR) para emitir um alerta aos médicos da região, pedindo que fiquem atentos a pacientes que apresentem as características descritas abaixo. É provável que esteja com aparência envelhecida e magro.

 De acordo com a família ele tem leves problemas mentais, que podem fazer com que não lembre do próprio nome ou até esteja utilizando outro por engano. Também sofre de doença infecciosa da pele, a qual poderá levá-lo a procurar atendimento médico.
 Roberto Gomes tem 1,72m de altura, mas seus ombros são um pouco curvados, tem a pele morena, olhos claros esverdeados e o cabelo e a barba brancos. O nariz é grande e os lábios grossos.
 No dia 28 de novembro de 2014, o médico oncologista capixaba Roberto Gomes, 68 anos, saiu do hotel em que estava hospedado na cidade de São Paulo, para onde tinha viajado para o lançamento de um livro, e não foi mais visto. Ele carregava apenas uma pequena sacola plástica e deixou sua bagagem na recepção, que deveria ter sido retirada em horário mais próximo ao seu vôo de volta para casa.
 Caso tenha alguma informação, entrar em contato por um dos telefones abaixo. Se possível enviar foto via Whatsapp:
 (27) 99748-5244 / (21) 99808-2907 / (27) 98817-1976 / (21) 98272-1423 / (27) 99295-2535 
(27) 3224-4008 / (27) 3345-1126



Fonte: CRM-PR

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Imprensa regional publica artigos de conselheiros federais sobre prática de racismo no SUS

O jornal goiano O Popular publicou, na edição do dia 20 de janeiro, o artigo O racismo é do Ministério da Saúde, de autoria do conselheiro federal representante do Estado no Conselho Federal de Medicina (CFM), Salomão Rodrigues Filho e do hematologista e professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Rodrigo do Tocantins Calado. Também o artigo do conselheiro federal representante do Estado do Paraná, Donizetti Dimer Giamberardino Filho, foi publicado no início do mês no jornal paranaense Gazeta do Povo. Os textos tratam sobre a campanha do Ministério da Saúde contra o racismo no SUS.
Lançada em novembro do ano passado, a iniciativa buscou envolver usuários do SUS e profissionais de saúde no enfrentamento ao racismo institucional. O tom da campanha recebeu o repúdio do CFM e foi retirada de circulação. À época do lançamento, a autarquia publicou nota em que apontou a necessidade de que fossem considerados os problemas estruturais do SUS, como o financiamento limitado, o fechamento de leitos, a falta de insumos e medicamentos e a ausência de uma política de recursos humanos; temas ignorados pela ação publicitária. “São essas as causas do mau atendimento para a população, não importando questões de gênero, classe social ou etnia”, defende a nota.
O racismo é do Ministério da Saúde – A campanha do governo explorou temas como o sofrimento de brasileiros com doença falciforme, predominante em negros. O artigo publicado na imprensa goiana denunciou a contradição no discurso do Ministério da Saúde. O texto ressalta que a doença pode ser curada por meio do transplante de medula óssea e que o procedimento não é oferecido pelo SUS. Apesar “do benefício claro do transplante para pessoas que sofrem dessa doença, o Ministério da Saúde vem procrastinando essa decisão e não há previsão de quando deverá ser autorizado o tratamento que cura a anemia falciforme para os pacientes”, afirma.
Discriminação racial e a saúde pública - O artigo questiona a “construção de relações de desconfiança e hostilidade entre a população e as equipes de saúde responsáveis por seu bem-estar”, incitada pela campanha do governo. A análise defende a garantia de “adequadas condições de trabalho e atendimento aos cidadãos” e aponta: “mesmo diante da carência de recursos para viabilização das políticas de saúde estabelecidas pelo governo federal, toma-se a decisão política de alocar recursos para a promoção de peças publicitárias que sequer apresentam base estatística para justificar sua veiculação”.
Os artigos publicados na imprensa regional também estão disponíveis no Portal Médico e podem ser acessados nos links acima e abaixo:

Fonte: Portal CFM

Programa "MAIS MÉDICOS":Prazo para inscrição de médicos brasileiros termina nesta quinta-feira

Candidatos poderão escolher entre os benefícios do Mais Médicos ou 10% nas provas de residência do país.Expansão do programa prevê oportunidades em 1.500 municípios. 

Os médicos interessados em participar do Programa Mais Médicos têm até esta quinta-feira (29/1) para se inscreverem na iniciativa. No momento da adesão, os candidatos deverão escolher entre pontuação adicional de 10% nas provas de residência, atuando na unidade básica por 12 meses, ou permanecer no município por três anos e obter benefícios como auxílios moradia e alimentação, além de ajuda de custo para instalação. Nesta primeira fase, apenas médicos formados no Brasil ou com diploma revalidado podem aderir à iniciativa. As inscrições podem ser realizadas no endereço http://maismedicos.saude.gov.br/.

Nos dias 4 e 5 de fevereiro, os profissionais deverão indicar até quatro cidades de diferentes perfis onde desejam atuar e conforme a sua prioridade. Os candidatos concorrerão somente com aqueles que optarem pelos mesmos municípios e, quem não conseguir alocação, terá acesso às vagas remanescentes em outras duas oportunidades (em fevereiro e em março).
A data e horário da inscrição do médico não são mais considerados critérios de seleção. Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as seguintes regras: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena); do VER-SUS; do ProUni ou do FIES. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade.
Caso as vagas não sejam preenchidas, o edital será aberto aos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, aos profissionais estrangeiros. A previsão é que os primeiros profissionais brasileiros iniciem suas atividades em março.
MUNICÍPIOS – Esse novo edital do Programa também abriu uma nova oportunidade para 1.500 prefeituras e garantiu a incorporação de 100% das vagas do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). O prazo para que os municípios confirmem sua participação e solicitem os profissionais termina nesta quarta-feira (28), às 20 horas. Neste edital foram priorizadas as cidades com 20% de sua população em extrema pobreza, com IDH baixo e muito baixo, localizadas no semiárido, Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira e nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Também foi garantida expansão para os distritos indígenas.
As prefeituras também devem manifestar, no ato da inscrição, a sua demanda por médicos na Atenção Básica, de modo que seja possível definir o número de vagas ofertadas aos candidatos.
 Fonte: Ministério da Saúde