Assim que publicamos o texto sobre os relatos dos médicos nos casos da gripe H1N1, acolhemos o relato de um paciente com sintomas da gripe que ainda não recebeu o resultado do exame. A realidade relatada por esse paciente é um pouco diferente, mais animadora, em relação ao atendimento.
Bom, esse paciente procurou atendimento em consultório particular, mas seu médico pouco pode fazer além de examiná-lo e encaminha-lo para uma unidade de atendimento de emergência do município, no caso, Curitiba.
Chegando lá, esse paciente teve que aguardar por cerca de duas horas, mas como já vinha com encaminhamento, esperou muito menos que os pacientes “comuns”, digamos assim. Ele foi atendido por um infectologista que o examinou, coletou amostra para exame e receitou o antiviral (tamiflu). O medicamento foi entregue e ele foi para casa, onde está de repouso há dois dias.
Mas o medicamento e os kits para coleta para exame estavam no fim, e, provavelmente, muitos pacientes com sintomas ficaram sem atendimento, ou tiveram que esperar bastante.
O que se conclui é que a saúde pública já tem carências de estrutura e problemas de atendimento em situações normais; e num momento como o atual tudo piora. As filas são grandes, o tempo de espera é longo, o desespero bate forte, principalmente nos mais carentes.
Mas ainda é a saúde pública, o bom e velho SUS, que segura o rojão. É dele que devemos cuidar. No limite, é o SUS que cuida dos Brasileiros.
Ivan Souza (Ivanovick)
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