quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Relatos de médicos reforçam necessidade de uso do antiviral já nos primeiros sintomas da gripe H1N1

Na rotina de trabalho do Sindicato dos Médicos, é constante o contato com médicos e médicas das mais diversas especialidades e trabalhando nos mais diferentes tipos de estabelecimento; dos consultórios individuais, às unidades de isolamento e UTIs dos grandes hospitais. E, é claro, há algumas semanas não se fala em outra coisa que não seja a nova gripe.

Todos os médicos que por aqui circulam têm a mesma opinião: o antiviral fosfato de osetalmivir (conhecido comercialmente como tamiflu) deve ser usado em todos os casos suspeitos da Gripe Influenza H1N1, já nas primeiras horas, assim que aparecerem os sintomas. Isso reduziria drasticamente o número de casos graves e, consequentemente o número de óbitos em função da gripe. O raciocínio é simples, o antiviral pode impedir que a gripe piore, depois que acontece o agravamento do quadro, o medicamento tem pouco efeito.

Mas o problema é que os médicos não têm acesso ao medicamento. O médico tem toda a liberdade para receitar, mas o paciente enfrenta uma série de etapas até ser devidamente medicado. No caso de um médico que atende em consultório particular, os pacientes com suspeita de gripe são encaminhados para um infectologista da saúde pública que vai colher amostra de fluídos para exame laboratorial que pode levar mais de dois dias até o resultado.

Por isso, os médicos reiteram que o ideal seria que o medicamento estivesse disponível para que fosse ministrado, através de receita médica, assim que os sintomas da gripe sejam detectados.

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