Em dois hospitais do interior do Paraná, a greve dos médicos residentes começou ontem. A mobilização é nacional em busca de um reajuste de 38,7% na bolsa-estudo da classe, extensão da licença maternidade de quatro para seis meses, auxílio alimentação e moradia, gratificação natalina, melhoria das condições de trabalho e auxílio insalubridade.
A greve teve início depois que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o maior reajuste possível é de apenas 20%. Em Londrina, 70% dos 152 novos profissionais cruzaram os braços.
A demanda dos residentes foi absorvida pelos internos e docentes e não houve atraso nos atendimentos. O pronto socorro só recebe pacientes vindos de outros hospitais.
Os residentes entregaram um documento à imprensa e à diretoria da entidade informando que "a plenária da comissão de greve da ANMR (Associação Nacional dos Médicos Residentes) entende que a qualidade na formação dos futuros médicos especialistas do País encontra-se ameaçada".
O documento ainda informa que a bolsa estudo da classe é de R$ 1.916,45, mas, com os descontos de INSS e imposto de renda, chega ao equivalente a R$ 6,95 por hora trabalhada, o que é considerado pouco perante os gastos que os residentes são obrigados a ter. O último aumento da bolsa foi em 2007.
No Hospital Universitário de Maringá, 34 residentes aderiram à greve das 8h às 17h - período em que auferiram pressão e hipoglicemia de pacientes do lado de fora do hospital.
A diretoria do hospital informou que "é favorável ao movimento porque a reivindicação é justa e os residentes se posicionaram da forma mais ética possível. O atendimento foi afetado no pronto socorro, mas nenhum paciente foi prejudicado". Em Curitiba, a previsão é que a greve tenha início na próxima terça-feira no Hospital de Clínicas.
Fonte: Paraná On Line
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