Os médicos residentes, em greve em todo o País há 15 dias, ganharam um apoio de peso para suas reivindicações. Na manhã desta quarta, dia 1º de setembro, o vice-presidente da República, José de Alencar, recebeu a direção da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde passa por exames de rotina. "A disposição do vice-presidente em nos receber e o empenho em nos ajudar são gestos de um grande significado para nossa luta e serve como um exemplo e inspiração para todos", destacou Nívio Moreira Presidente da ANMR.
Também nesta manhã, os médicos residentes gaúchos doaram sangue ao Hemocentro de Porto Alegre. Já na quinta-feira, 2, os profissionais entregam panfletos à população a partir das 10h30min, em ato público na Esquina Democrática (Av. Borges de Medeiros com Andradas).
ALENCAR
Enquanto recebia os residentes, o vice-presidente telefonou para os ministros da Saúde, José Gomes Temporão, da Educação, Fernando Haddad, do Planejamento e Gestão, Paulo Bernardo, e solicitou o empenho de todos para solucionar o impasse, além do agendamento de audiências. Durante os contatos, o vice-presidente ressaltou a importância da categoria para a assistência à saúde, a pertinência das reivindicações frente a seus possíveis impactos orçamentários e a necessidade de dialogar e pôr fim a esse impasse.
O encontro, um dos eventos mais importantes de todo o movimento, foi possível devido à interlocução do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Na oportunidade, a direção da ANMR esclareceu a trajetória da luta, os momentos de negociação com o governo e a necessidade de recomposição do valor da bolsa-auxílio, congelada desde 2007. Em 2006, o papel do vice-presidente foi essencial para a resolução da greve. José Alencar mostrou atitude de estadista ao receber os médicos residentes e buscar o diálogo e a negociação como forma de resolução do impasse.
Enquanto a greve está ganhando força em todo país, a categoria aposta na reabertura da mesa de negociação com os ministérios da Educação e da Saúde. O núcleo de negociação, com a participação dos estados, entregou uma contraproposta ao governo de 28,7% de reajuste na bolsa. No entanto, o governo manteve os 20% de reposição oferecidos.
Fonte : Imprensa/ANMR/FENAM
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