sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Médicos dos CMUM’s de Curitiba estão sobrecarregados e expostos à violência

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná vem recebendo diversas reclamações de médicos e médicas que atendem nos Centros Municipais de Urgência Médica (CMUM’s) de Curitiba. O serviço prestado pela Prefeitura Municipal é sobrecarregado e tem diversas deficiências que resultam em condições de trabalho precárias para os profissionais da saúde e problemas no atendimento à população.

Os médicos e médicas que atendem nos oito CMUM’s não são contratados pela Prefeitura e sim por quatro instituições (Hospitais Cajuru, Evangélico, Cruz Vermelha e Funpar) o que caracteriza terceirização e é ilegal. O SIMEPAR já denunciou essa irregularidade ao Ministério Público do Trabalho que está investigando o caso. Essa forma de contratação gera uma série de distorções, os contratantes pagam salários e benefícios diferentes para profissionais que exercem a mesma função, o que também é ilegal e gera muita insatisfação. Cabe ressaltar que somente os médicos são contratados dessa maneira.

Os médicos também se queixam de acúmulo de trabalho, pois a demanda por atendimento é muito superior ao número de profissionais. Isso resulta em demora no atendimento, insatisfação da população e constantes casos de agressão aos médicos e demais profissionais. A falta de segurança é um dos principais problemas apontados.

Além disso, os médicos afirmam que há interferência no exercício da medicina, com restrições a prescrição de determinados medicamentos, restrições a pedidos de exames e proibição de indicação de retorno aos pacientes; práticas que são vedadas pela lei e pelo código de ética médica.

Esses problemas não são novos, e o SIMEPAR vem tomando medidas para tentar resolvê-los há tempo. Várias denúncias já foram feitas ao Ministério Público do Trabalho, Conselho Regional de Medicina, Federação Nacional dos Médicos entre outras entidades. Recentemente, a direção do Sindicato esteve reunida com a Secretária Municipal de Saúde, Dra. Eliane Chomatas. Mas a Prefeitura Municipal minimiza a situação a age como se os problemas não existissem.

Agora, o SIMEPAR em conjunto com os médicos e médicas que atendem nesses centros estudam medidas judiciais e de mobilização para que os gestores municipais reconheçam os problemas e busquem soluções para melhorar as condições de trabalho e o atendimento à população.

Assessoria de Comunicação do SIMEPAR

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