segunda-feira, 20 de junho de 2011

Paraná reforça enfrentamento para H1N1

Fonte: SESA

A Secretaria de Estado da Saúde anunciou nesta sexta-feira (17) as estratégias de enfrentamento do vírus H1N1. O vírus continua circulando em países da América do Sul. O Paraná tem uma situação confortável neste momento, no entanto, no estado vizinho, Rio Grande do Sul, foram confirmadas quatro mortes por influenza H1N1 e outras estão em investigação.

O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, que é representante da região Sul no Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, está organizando uma oficina com os estados do sul para fortalecer a posição de manter uma estratégia diferenciada em relação ao enfrentamento do H1N1. A reunião está marcada para o final de junho, no Rio Grande do Sul.

“Não há motivo para alarmismo e nem para comodismo. Porém, queremos que os estados tenham o mesmo posicionamento, porque vivenciamos situações semelhantes no passado”. O secretário também solicitou a realização de uma licitação pelo sistema de registros de preço para os insumos necessários para a H1N1. “Não queremos ser pegos de surpresa com falta de insumos”, disse.

De acordo com o secretário, a vacinação é uma estratégia importante e podemos notar uma queda no número de casos graves. No entanto, ainda tem pessoas suscetíveis ao vírus, que não foram contempladas com a imunização ou não tiveram contato com o H1N1 durante a pandemia.

Uma das estratégias é manter a distribuição gratuita do medicamento fosfato de oseltamivir para todos os pacientes que apresentam síndrome gripal. De acordo com recentes orientações do Ministério da Saúde, o medicamento só deveria ser oferecido para determinados grupos de pacientes. “O Paraná não quer retroceder, por isso vamos continuar oferecendo o remédio a todos os pacientes que apresentem síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, desde que receitados por um médico”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Hoje há em estoque 500 mil tratamentos de oseltamivir disponíveis no estado. “O remédio já está descentralizado. Só precisamos que as sociedades médicas nos ajudem a orientar os profissionais quanto ao receituário”.

Outra estratégia foi implantar um monitoramento para identificar a presença de todos os vírus circulantes no estado. “Estamos coletando amostras de pacientes internados com sintomas de gripe e enviando para o Laboratório Central do Estado para verificar quais são os vírus envolvidos”, explicou Paz.

O infectologista Moacir Pires, que representou a Sociedade Paranaense de Infectologista, ressaltou que o antiviral funciona para todas as influenzas a e B, inclusive para a sazonal.

Participaram do encontro representantes das sociedades de infectologia e pediatria, Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Paraná, profissionais da secretaria estadual e municipal de Saúde de Curitiba, Ministério Público e Hospitais públicos do Estado.

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