sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Médicos dos CMUM’s reafirmam proposta, empregadores dizem que Prefeitura não cumpriu sua parte em acordo

Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira, no SIMEPAR, os médicos dos CMUM’s reafirmaram sua pauta de reivindicação como condição para que não seja retomado o movimento de paralisação iniciado em agosto. Os empregadores ouviram as reivindicações, mas afirmaram que dependem da Prefeitura para atender qualquer pauta financeira, pois dependem dos repasses feitos pelo município.

Os médicos dos CMUM’s estão há cerca de um ano tentando melhorar suas condições de trabalho e remuneração. Em agosto passado, chegaram a deliberar por uma greve, mas foi suspensa a pedido da Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Estadual, em um acordo com os empregadores e a prefeitura.

Pelo acordo, os empregadores passaram a pagar o valor mínimo de R$ 34,00 líquidos por hora; valor que representou um pequeno aumento alcançando somente parte dos médicos e estava muito aquém da reivindicação do coletivo. O acordo também previa mais reajustes até o fim do ano, e o compromisso dos médicos de não retomarem a greve até o dia 30 de setembro (hoje).

Esse acordo contemplava a preocupação da justiça do trabalho em manter funcionando o sistema municipal de atendimento de urgência e emergências médicas.

Mas, o que muita gente não sabe, e a prefeitura prefere não mostrar é que os CMUM’s e os médicos estão sobrecarregados por que a maior parte da demanda desses centros não é realmente de emergência, e sim demanda não atendida pelas unidades básicas de saúde dos bairros.

Grande parte da população tenta consultas nas unidades básicas, mas dificilmente consegue. É preciso madrugar para pegar uma ficha e conseguir uma consulta; depois, espera-se meses por uma especialidade. Então, quando sentem necessidade de uma consulta médica, muitos vão aos CMUM’s, pois preferem esperar horas do que semanas ou meses pela consulta.

Pelo acordo, a Prefeitura se comprometeu a fornecer mais dados sobre os contratos com os empregadores, e estudar as possibilidades de ampliar os repasses para proporcionar remuneração mais justa para os médicos. Segundo os empregadores, nada disso foi feito.

O SIMEPAR reiterou as condições para que o movimento de greve não seja retomado e os hospitais empregadores se comprometeram a levar essas condições à Prefeitura de Curitiba, com a resposta a ser apresentada em reunião marcada para o próximo dia 10 de outubro, na sede do SIMEPAR.

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