terça-feira, 18 de outubro de 2011

Prefeitura de Curitiba e empregadores não apresentam proposta e Médicos dos CMUM`s devem retomar mobilização

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (SIMEPAR) fez mais uma tentativa para negociar a situação laboral dos Médicos que trabalham nos Centros Municipais de Urgências Médicas de Curitiba (CMUM’s). A reunião foi na manhã desta terça-feira, mas novamente a Prefeitura não compareceu, assim como parte dos empregadores, e a proposta apresentada pelos médicos no última reunião, sequer foi analisada.

Participaram da reunião o Dr. José Ferreira Lopes, Diretor do SIMEPAR e os Drs. Wagner Sabino, Cesar Tavares e Kleber Ribeiro, médicos dos CMUM’s; acompanhados pelo Dr. Luiz Gustavo de Andrade e pela Dra. Adriana Sá Fichino. Pelo Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná – SINDIPAR , Dr. Bruno Milano Centa; presente a administradora Mery Barth, pela Cruz Vermelha; presente Shirlei Zanette e Dr. Fabio Selig pelo Hospital Cajuru.

O Município, na pessoa dos Srs. Ana Paula Penteado e Wagne Rigues, ambos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde, comunicaram por e-mail, instantes antes desta reunião, suas ausências.

O Dr. José Ferreira Lopes destacou a importância da data, dia do médico e classificou como injustificável a ausência dos representantes do município. Lembrou que o acordo realizado em agosto na Justiça do Trabalho, previa o prazo de 30 de setembro para que as negociações avançassem, mas, apesar das tentativas dos médicos, nada avançou.

O Dr. Luiz Gustavo de Andrade informou que o SIMEPAR está de posse dos contratos e dos valores repassados em 2010 e previstos para 2011, e que o Sindicato deve entrar com ação de improbidade administrativa, pois os valores “não batem” com o número de médicos presentes nas escalas. Ou seja, é possível que a Prefeitura esteja pagando para os empregadores por médicos que não estão na escala.

O Dr. Fabio Selig, representante do Hospital Cajuru afirmou que existem várias despesas englobadas no custo do serviço médico e que acaba não sendo sequer um bom negócio para os hospitais atender os CMUM’s. Afirmou que o interesse das instituições no convênio é puramente acadêmico.

Dr. Kleber Ribeiro, médico dos CMUM`s, contrariou a afirmação do representante do Hospital Cajurú, afirmando que os empregadores buscam se eximir de suas obrigações com as condições de trabalho e remuneração dos médicos, o que é um absurdo, pois afinal, eles são os empregadores. “Como pode uma instituição assinar esse tipo de convênio se ele não traz nenhuma vantagem e pode gerar passivos trabalhistas e outros problemas?”. Dr. Kleber também refutou os objetivos acadêmicos, pois não há estágios de estudantes, e os residentes acabam trabalhando como médicos, distorcendo quaisquer objetivos acadêmicos.

Drs. Wagner Sabino, também médico dos CMUM’s, enfatizou que o objetivo dos médicos e do SIMEPAR é melhorar as condições de trabalho e de remuneração. “Tentamos negociar de todas as formas, mas os empregadores e a prefeitura não se mostraram dispostos a melhorar nada. Fizemos nossa parte. Agora vamos realizar uma nova assembléia e provavelmente recomeçar a greve”, completou.

Ao fim da reunião, os médicos e os diretores do SIMEPAR decidiram encaminhar a convocação de uma assembléia geral extraordinária no próximo dia 27 de outubro para deliberar sobre uma nova greve por tempo indeterminado.

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