sexta-feira, 13 de abril de 2012

FENAM apoia união das entidades médicas internacionais e mostra descontentamento com resolução de elegibilidade de conselheiros

As relações entre entidades médicas internacionais e a proposta de resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) acerca da elegibilidade de futuros conselheiros foram os destaques da reunião da diretoria executiva da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), que ocorre na cidade de Curitiba (PR). O encontro começou na tarde desta quinta-feira (12) e segue durante essa sexta-feira (13) para discutir todos os temas de relevância para o trabalho médico.

Dirigentes sindicalistas de várias regiões do país estiveram presentes e informaram os últimos acontecimentos em seus domínios. A FENAM apoiou a aproximação dos países que compõe a Confederação Médica Latinoamericana e do Caribe (CONFEMEL) e demonstrou descontentamento em relação à nova proposta do CFM.

O primeiro item analisado pela mesa, composta pela diretoria FENAM, foram os encaminhamentos do V Fórum Ibero-Americano de Entidades Médicas (FIEM) e CONFEMEL. Revalidação de diplomas, violência sofrida pelos médicos, financiamento da saúde , más condições de trabalho e remuneração são pontos de preocupação em comum entre os países participantes.

De acordo com o 2º vice-presidente da FENAM, Eduardo Santana, o Brasil levou suas experiências e serviu de modelo para os outros governos.

"Pautas do nosso país foram levadas para fora. Sobre a migração médica, a FENAM defendeu o Revalida que foi instrumento de referência, e ainda apoia a criação de um cadastro profissional para facilitar a busca de informações entre as entidades envolvidas", explicou.

O presidente da FENAM, Cid Carvalhaes, ressaltou a importância da aproximação com a CONFEMEL.

"Os sindicatos médicos podem manifestar seu interesse de filiação com a CONFEMEL. Os que fizeram, já se encontram incluídos e isso mostra um melhor relacionamento com as entidades internacionais".

O segundo item destacado tratou da proposta de resolução do CFM que dispõe sobre a elegibilidade de futuros conselheiros. Em um debate, todos os presentes se manifestaram contrários ao sentimento de exclusão. Cid Carvalhaes salientou que no entendimento consensual da FENAM é um desconforto que diz respeito à uma discriminação explícita a dirigentes sindicais para se candidatar aos cargos.

"É antidemocrático e fere o direito de ir e vir. Entendemos que médicos em pleno exercício de suas atividades profissionais e sem ter nenhum julgamento reconhecido jamais poderão ser impedidos de postulação representativa, não médica e especialmente médica".

Carvalhaes completou que os sindicatos devem encaminhar suas solicitações junto ao jurídico da FENAM para que se possa ter o devido tratamento legal e claro com o CFM, e assim, aguardar os desdobramentos.

A reunião segue nesta sexta-feira (13) e abordará temas como: projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, acertos finais do congresso da FENAM no próximo mês em Natal, pontos do Provab, entre outras questões que dizem respeito ao trabalho médico e saúde pública.

Fonte: FENAM

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