segunda-feira, 14 de maio de 2012

Paraná confirma primeira morte por dengue em 2012

A Secretaria da Saúde confirmou na quinta-feira passada(10) a primeira morte por dengue no Paraná. O caso foi confirmado por exame laboratorial na quarta-feira (9). A informação foi divulgada no informe 46, que traz situação da dengue no Estado durante o período entre agosto de 2011 a maio de 2012. No período anterior (agosto/2010 a julho/2011) já haviam sido registradas 15 mortes por dengue.

O paciente de 72 anos, morador do município de Jaguapitã, apresentou sintomas de dengue no dia 4 de maio e morreu no dia 6. De acordo com a equipe médica, o paciente era hipertenso, convulsivo, tinha outras comorbidades e apesar dos esforços evoluiu para a morte de maneira súbita. No mês de março foram divulgadas as investigações de duas mortes suspeitas (uma em Maringá e outra em Centenário do Sul) e após uma criteriosa investigação foram descartadas para dengue.

A Secretaria da Saúde vem monitorando todos os casos suspeitos de dengue e reforça que sua sintomatologia se assemelha ao de outras doenças, como a gripe. “Sempre orientamos que o profissional de saúde esteja atento às queixas e sintomas do paciente, além de verificar se a região em que ele mora tem histórico de ocorrências de dengue”, afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Prevenção – Segundo ele, a principal forma de prevenir a doença ainda é evitar que o mosquito transmissor se desenvolva, já que não existe vacina contra o vírus da dengue. “Medidas simples como a eliminação manual de recipientes que possam acumular água podem fazer grande diferença no combate ao Aedes Aegypti”, disse.

Copos descartáveis, garrafas pet, latas, sucatas e outros pequenos objetos correspondem a 53% dos criadouros do mosquito encontrados no Paraná. “Grande parte desses resíduos sólidos é lixo e estão espalhados pelas casas e quintais das pessoas”, explicou Paz.

Números – De agosto de 2011 até o dia 8 de maio foram confirmados 1.691 casos de dengue no Paraná. Destes, 1.526 foram considerados autóctones (quando a infecção ocorreu dentro do Estado) e 165 importados.

De acordo com o informe técnico da dengue, quatro municípios do Estado ainda apresentam crescimento no número de casos suspeitos da doença. São eles: Jaguapitã, Alto Piquiri, Boa Vista da Aparecida e Bandeirantes. Os três primeiros municípios já estão situação epidêmica. O município de Bandeirantes, apesar de não estar em situação epidêmica, preocupa as autoridades de saúde porque apresenta uma variação no número de casos em relação ao informe anterior importante (passou de 11 para 32 casos autóctones). O último índice de Infestação Predial registrado por este município foi de 1,40 %, o que caracteriza médio risco para a ocorrência de uma epidemia.

Além destes municípios, outros 74 registraram casos autóctones de dengue. São eles: Diamante do Norte, Francisco Beltrão, Alvorada do Sul, Cafeara, Toledo, Bela Vista do Paraíso, Jataizinho, Engenheiro Beltrão, Ampére, Goioerê, Capitão Leônidas Marques, São Jorge do Patrocínio, São Pedro do Iguaçu, Colorado, Florestópolis, Santa Helena, Uniflor, Foz do Iguaçu, Anahy, Prado Ferreira, Santa Terezinha de Itaipu, Nova Aurora, Cambe, Vera Cruz do Oeste, Cruzeiro do Sul, Lupionópolis, Porecatu, Ibiporã, Quarto Centenário, Floraí, Missal, Guaraci, Santo Inácio, Maripá, Guairaçá, Nova Esperança, Londrina, Ribeirão do Pinhal, Maringá, Douradina, Cascavel, Formosa do Oeste, Nova Santa Rosa, Sarandi, São Sebastião da Amoreira, Jesuítas, Itaipulândia, Palotina, Guairá, Paranacity, Medianeira, Marialva, Ubiratã, Mandaguari, Nova Laranjeiras, Santa Mariana, São Miguel do Iguaçu, Nova Londrina, Alto Paraná, Santo Antônio da Platina, Matelândia, Corbélia, Paranavaí, Realeza, Terra Roxa, Rolândia, Mandaguaçu, Altônia, Loanda, Cornélio Procópio, Umuarama, Campo Mourão, Cianorte e Jacarezinho. Os municípios com maior número de casos confirmados são: Francisco Beltrão (462), Jaguapitã (185) e Toledo (122).


Fonte: SESA

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