terça-feira, 17 de julho de 2012

Gripe entra para o rol de doenças mais importantes no Paraná

A gripe e as síndromes respiratórias entraram para o rol de doenças mais importantes do Paraná, com maior vigilância dos casos e um protocolo de tratamento antiviral para todos os casos de suspeitos de síndrome gripal. A afirmação foi feita pelos membros da Comissão Estadual de Infectologia (que reúne 16 entidades) nesta segunda-feira (16), ao avaliar os novos números da gripe no Paraná.

“A situação epidemiológica apresentada não se compara a de 2009, pois aprendemos muito com a pandemia vivenciada naquele ano. Hoje sabemos que a gripe e as síndromes respiratórias, de um modo geral, matam. No entanto, temos além da vacina para os grupos prioritários, o tratamento (antiviral oseltamivir) à disposição para qualquer paciente que tenha síndrome gripal”, explica o infectologista, membro da comissão, Moacir Pires Ramos.

De acordo com o informe divulgado nesta segunda-feira, o Paraná tem 760 casos confirmados por gripe A (H1N1) pdm 2009 e 23 mortes. Das 23 mortes, 20 ocorreram em pacientes que tinham doenças crônicas, como tuberculose, asma grave, paralisia cerebral, obesidade, entre outros. Os outros três pacientes morreram porque adiaram a procura por assistência.

O médico ressalta que é imprescindível que o paciente que tenha sintomas como febre acima de 38º, dor de garganta e tosse seca, deve procurar imediatamente o serviço de saúde. “A avaliação deve ser feita pelo profissional de saúde. Nesta hora, não é indicado automedicação e nem espera para que o quadro se agrave”.

Ramos enfatiza que as sociedades médicas estão mobilizadas para orientar os profissionais de saúde a receitarem o medicamento oseltamivir sempre que necessário. “Se prescrito em até 48 horas, a chance de resposta ao tratamento aumenta muito. Também não há registro de efeitos colaterais significativos, portanto qualquer paciente pode receber o medicamento”.

A Secretaria da Saúde distribuiu as secretarias municipais e hospitais estratégicos mais de 150 mil tratamentos e manipula a dosagem infantil sempre que necessário. “O Ministério da Saúde também tem o medicamento em estoque caso seja necessário”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Na quinta-feira (19) representantes da Secretaria da Saúde das áreas de vigilância em saúde, laboratório, atenção à saúde, assistência farmacêutica e comunicação, participam do seminário: “Alinhamento Estratégico de Vigilância e Resposta à Influenza”, promovido pelo Ministério da Saúde, com foco no enfrentamento da gripe nos três estados do sul.

PREVENÇÃO – O infectologista reforça que outra arma para combater a gripe e prevenir outras doenças é a lavagem constante das mãos, o uso do álcool 70º e manter os ambientes ventilados. “O contato através das mãos ainda é a forma mais comum de transmissão de doenças”.

VACINA – No sábado (14) o Paraná recebeu mais 200 mil doses de vacina contra a gripe. A estratégia de vacinação adotada pela Secretaria da Saúde é imunizar os grupos de crianças entre dois e três anos que frequentam instituições públicas, adultos e crianças especiais, cuidadores de creches públicas e de idosos em asilos e doentes crônicos, conforme a disponibilidade de doses nos municípios. Neste ano o Paraná já recebeu cerca de 2,2 milhões de doses da vacina para a imunização dos grupos prioritários.

NÚMEROS - No informe semanal 05, da Secretaria da Saúde, foram confirmados 760 casos de influenza A (H1N1) pdm, isto significa 172 casos a mais em relação ao boletim anterior (29%). Os adultos jovens (20 a 49 anos) foram os mais atingidos, 306 casos.

COMISSÃO - A Comissão Estadual Infectologia que reúne 16 entidades médicas foi criada para avaliar e apoiar ações da Secretaria da Saúde no enfrentamento da gripe. Participam da comissão: Secretaria Estadual de Saúde, Associação Médica do Paraná, Sociedades Paranaenses de Infectologia, Pneumologia, Pediatria e Terapia Intensiva, Conselhos Regionais de Enfermagem, Farmácia e de Medicina, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Hospital de Clínicas, Hospital Pequeno Príncipe e Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar.

Veja aqui o boletim completo.


Fonte: SESA

Nenhum comentário:

Postar um comentário