quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Entidades ligadas à saúde lutam para o banimento do amianto

Entidades ligadas à saúde na última reunião da Comissão Intersetorial da Saúde do Trabalhador (CIST), pertencente ao Ministério da Saúde, mostraram preocupação com a utilização do amianto e lutam para que o Supremo Tribunal Federal (STF) vote para o banimento do produto no país. O encontro ocorreu nos dias 21 e 22 em Brasília.

" Foi apresentada toda uma argumentação para que o Brasil seja contra o amianto. As fibras causam doenças como câncer de pulmão e pleura. Esperamos que essa questão possa ser votada definitivamente como nos países mais modernos do mundo, pois já se tem alternativas para produzir sem o amianto", explicou o representante junto às entidades sindicais de grau superior da FENAM, Jacó Lampert.

O STF deve julgar ainda este ano ação direta de inconstitucionalidade contra a Lei 9.055/95, que permite o uso controlado da fibra no país.

Ele completou que é um processo inalatório e por isso não atinge somente os trabalhadores, mas também as comunidades e uma audiência pública deve ocorrer ainda este mês para sensibilizar o STF.

A CIST elaborou um documento a sua posição e irá apresentar no Conselho Nacional de Saúde.

O amianto no Brasil, sua utilização e malefícios

O Brasil está entre os cinco maiores produtores, consumidores e exportadores mundiais de amianto crisotila ou amianto branco. A única mina de amianto ainda em atividade no país situa-se no município de Minaçu, no Estado de Goiás.

O amianto foi utilizado principalmente na indústria da construção civil, para isolamento acústico ou térmico, materiais de fricção nas guarnições de freios, em juntas, gaxetas e outros materiais de isolamento e vedação, revestimentos de discos de embreagem, tecidos para vestimentas e acessórios anti-chama ou calor, tintas, instrumentos de laboratórios e nas indústrias bélica, aeroespacial, petrolífera, têxtil, de papel e papelão, naval, de fundições, de produção de cloro-soda, entre outras aplicações.

O câncer de pulmão, da pleura, de laringe, do trato digestivo e de ovário são as consequências mais graves da exposição humana às fibras do amianto, por inalação das fibras liberadas no exercício do trabalho em minas de extração ou manufaturas de produtos que utilizam o amianto como matéria-prima, ou por residentes em áreas vizinhas às empresas e, ainda, por familiares e outros que inalam fibras trazidas em fômites pelo trabalhador à casa.

Fonte : FENAM

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