segunda-feira, 24 de junho de 2013

SIMEPAR reitera preocupação com proposta de “importação” de médicos pelo Governo Federal

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná vem a público reiterar a contrariedade com a proposta do Governo Federal de “importação” de médicos estrangeiros como se fosse a solução para a falta de atendimento pelo SUS no interior do País. A proposta anunciada há cerca de dois meses, foi reiterada em pronunciamento da Presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e TV na noite de sexta-feira.

Conforme apontou a audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Paraná e têm apontado os debates similares realizados por todo o País, inclusive no Congresso Nacional, a justificativa que o Brasil sofre de déficit de profissionais de medicina é falaciosa. O problema está na distribuição dos profissionais que se concentram nas grandes cidades por falta de estrutura e de incentivo para trabalhar no interior.

A “importação” de médicos formados no exterior sem a devida revalidação dos diplomas põe em risco a saúde da população, sobretudo a sua parcela mais vulnerável e carente. Além do que, teria valor inócuo, paliativo, sem superar os reais problemas que afetam o Sistema Único de Saúde.

Somente a carreira de estado para os Médicos do SUS nos moldes das carreiras dos procuradores e juízes; em conjunto com a implantação de estrutura de trabalho com equipes multidisciplinares de profissionais da saúde, com equipamentos e estrutura adequada poderão suprir a falta de atendimento público de saúde nas regiões mais remotas.

Por tudo isso, o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná reitera a necessidade de diálogo do Governo Federal com as entidades médicas. Para solução emergencial da “falta de médicos” no interior, os sindicatos médicos de todo o País, através da Federação Nacional dos Médicos, defendem a realização imediata de concurso nacional para a contratação de médicos federais (leia a proposta, clique aqui).

Este seria o primeiro passo, em conjunto com a aplicação de no mínimo dez por cento da receita bruta da União, no caminho da verdadeira estruturação do Sistema Único de Saúde.

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