Os médicos empregados da FEAES - Fundação
Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba, responsável pela administração
das UPAs (Unidades de Urgência e Emergência) de Curitiba e Hospital Zilda Arns,
reuniram-se na noite desta segunda-feira (26), para debater e deliberar sobre a
contraproposta de reajuste salarial apresentada pela FEAES. A Fundação pretende
dar um reajuste correspondente à inflação do último ano, o que geraria um
aumento de apenas R$ 4, ou seja, de R$ 60 para R$ 64 no valor da hora de
trabalho. Além disso, a Fundação pagaria aos médicos um auxílio alimentação de
R$ 270.
A proposta da FEAES causou
perplexidade à categoria. Alguns médicos destacaram na assembleia, realizada na
sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná – SIMEPAR, que a proposta de
pagamento de R$ 270 de auxílio alimentação corresponde a valor inferior aquele
pago a outros profissionais de saúde, vinculados à própria Fundação. Ou seja,
"a Fundação Municipal de Curitiba valoriza menos médicos do que outros
profissionais de saúde de respeito, como enfermeiros, por exemplo",
destacou o médico Wagner Sabino, empregado da FEAES.
Dentre as deliberações, a assembleia,
que contou com a presença de dezenas de médicos empregados da Fundação, decidiu
não aprovar a proposta do empregador. Os médicos querem receber, no mínimo, R$
75 pelo valor da hora médica e, a título de auxílio alimentação, a mesma
quantia paga aos demais profissionais da saúde, ou seja, R$ 310. Além disso,
foram colocadas em pauta reivindicações antigas e prometidas pela Fundação,
porém até o momento não cumpridas, como a implementação de um plano de cargos e
salários. A diretora do SIMEPAR, Claudia Paola Aguilar, disse que a proposta da
Fundação não representa nenhum ganho real à categoria médica, já que a FEAES se
limita a ofertar o reajuste da inflação do período.
A categoria deixou a
assembleia em aberto, com nova reunião marcada para a próxima segunda-feira (2
de junho), na qual serão discutidas as medidas de paralisação do atendimento.
Além disso, ficou aprovado que, além do indicativo de greve, o Sindicato e a
Comissão de Negociação deverão conduzir medidas judiciais voltadas a cobrar
horas extras a que os médicos têm direito.
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