sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Testes em recém-nascidos salvam 1,8 mil crianças por ano no Paraná


saO Governo do Paraná está intensificando a capacitação dos profissionais de Saúde para a realização dos testes de triagem neonatal, uma das recomendações da Rede Mãe Paranaense para evitar doenças graves e até a morte de bebês recém-nascidos. Implantados há 25 anos no Estado, os testes salvam 1,8 mil crianças por ano.

Nesta quarta e quinta-feira (25 e 26) mais de 200 profissionais de saúde dos 29 municípios da Região Metropolitana de Curitiba participam da Oficina de Triagem Neonatal para aplicação dos testes do pezinho, olhinho e orelhina.

Na terça-feira (24), 260 profissionais de todas as regiões do Estado participaram, por videoconferência, da orientação técnica para a realização do Teste do Coraçãozinho, que identifica cardiopatias graves em recém-nascidos.

A superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Márcia Huçulak, explica que o Paraná é pioneiro nos testes de triagem neonatal. “Há 25 anos, quando iniciamos a parceria para a realização dos exames com a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional, parecia impossível atender todos os recém-nascidos do Paraná. No entanto, vencemos o desafio inicial e ampliamos o número de exames, salvando mais de 1,8 mil crianças ao ano com a detecção precoce de doenças e o tratamento imediato, que garantem qualidade de vida aos nossos cidadãos”.

A representante do Ministério da Saúde, Ana Stella Goldback, destacou que o Paraná está muito à frente de outros estados na triagem neonatal. “O SUS é tripartite e os índices de saúde melhoram muito quando há união dos três entes da federação. A experiência paranaense pode ajudar outras regiões do país a implantar os testes e evitar que doenças raras causem sequelas ou mesmo a morte prematura das crianças”, afirmou.

saOFICINAs – A secretaria estadual da Saúde promove, em parceria com o Ministério da Saúde, nove oficinas do Projeto Qualisus Redes Paraná, que tem financiamento do Banco Mundial. A Oficina de Triagem Neonatal foi a primeira da série dirigida aos municípios da RMC. Estão envolvidos profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, Centros de Especialidades e Hospitais, como médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, assistentes sociais e secretários municipais de saúde.

A enfermeira Vera Lúcia Ribas, do município de Tunas do Paraná, agradeceu a oportunidade de participar do encontro e disse que a atualização profissional vai contribuir muito para melhorar o atendimento na unidade em que trabalha.

“É muito importante começarmos o ano com esse curso, que vai nos ajudar na orientação das mães e no tratamento das crianças. As profissionais envolvidas nos trouxeram uma luz muito grande. Eu estou voltando para minha unidade com uma diretriz diferente de atuação, que vai possibilitar mais qualidade no atendimento”, afirmou.

TESTE DO CORAÇÃOZINHO – Em 2014, o Governo do Estado incorporou o teste do coraçãozinho para todos os recém-nascidos do Paraná. Feito através de um oxímetro de pulso, ele detecta a cardiopatia nas crianças logo após o nascimento. O exame é indolor e mede a quantidade de oxigênio no sangue dos bebês. O Governo investiu cerca de R$ 565 mil na aquisição dos 150 oxímetros de pulso, que foram entregues aos hospitais que atuam na Rede Mãe Paranaense.

Na videoconferência de terça-feira (24), a cardiologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe, Eliane Pelissari, explicou detalhadamente como deve ser feito o teste e esclareceu dúvidas dos profissionais. A Secretaria da Saúde produziu e distribuiu materiais gráficos de apoio destinados à população e aos profissionais dos 399 municípios.

saO Teste do Coraçãozinho deve ser realizado ainda na maternidade, nas primeiras 24 a 48 horas após o nascimento, pois o tratamento dos portadores de cardiopatias graves deve ser imediato para evitar a morte dos bebês, que, nesses casos, acontece antes de completar o primeiro mês de vida.

VISITA - Duas representantes da Consultoria Técnica do Ministério da Saúde, responsáveis pela Coordenação Nacional de Triagem Neonatal, visitaram na terça-feira (24) a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional e ainda conheceram o Hospital Mater Dei, em Curitiba, onde acompanharam o do Teste do Pezinho em um bebê com alta hospitalar.

As representantes do Ministério aproveitaram para conhecer a instituição, acompanhadas pela diretora-geral, irmã Iracema Vujanski e, durante a visita, discutiram a importância do Teste do Pezinho e dos demais testes que compõem a Triagem Neonatal.

De acordo com a irmã Iracema, nascem 400 crianças por mês na unidade. A alta hospitalar somente acontece depois de todos os exames de triagem feitos. Nos casos dos recém-nascidos que vão para a UTI, o sangue é coletado até as primeiras 48 horas de vida (como determina o protocolo) e também no momento da alta. Dessa maneira, não há dúvidas de que ele está apto para ir para casa.

Fonte: SESA/PR

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