terça-feira, 20 de outubro de 2015

Greve de peritos do INSS já impediu 450 mil atendimentos no país


Foto: Jornal Extra 


Cerca de 450 mil perícias deixaram de ser feitas no INSS, em todo o país, segundo dados oficiais da Previdência Social, desde o início da greve dos peritos, que completou ontem um mês e 14 dias. A categoria afirma que 600 mil exames ficaram pendentes. O problema é que não há previsão para a volta ao trabalho. Além das reivindicações, como um aumento salarial de 27% — em duas vezes — e o fim da terceirização, os médicos pedem ao ministério, inclusive via Justiça, a garantia de segurança para seu trabalho nas agências.

Ontem, a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) e o Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed-RJ) decidiram que farão um pedido à Justiça Federal do Rio para que tenha abrangência nacional a decisão a ser tomada sobre a ação civil pública movida pelo sindicato, pedindo a adoção de medidas de proteção aos profissionais do Rio.

— Em 2006 e 2007, perdemos duas vidas em Minas Gerais (dois peritos mortos por segurados, por negarem a concessão/manutenção dos benefícios). No nosso trabalho, é difícil convencer o segurado com argumentos técnicos e científicos. O que ele quer é o benefício — disse Luiz Argolo, diretor sindical da ANMP.
Jorge Darze, presidente do Sinmed-RJ, completou:

— Fotos mostram, em outros estados, pessoas que entraram (nas agências) com galão de gasolina e facas.

As duas entidades afirmam que, em praticamente todas as agências, os detectores de metal não funcionam ou, quando o alarme soa, os vigilantes não revistam o segurado, pois não há legislação que permita isso. Procurado, o INSS informou que não comentaria a ação, por ainda não haver decisão a respeito. Confira o vídeo em que o presidente do Sinmed/RJ e secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, denuncia que detector de metais não funciona em agências do INSS, um risco ao trabalho dos médicos peritos

Enquanto há impasse, quem sofre é o segurado que precisa do benefício. Segundo a ANMP, apenas 30% dos médicos das gerências do INSS seguem trabalhando em sistema de rodízio. A ideia é reduzir ainda mais o número de exames feitos

Fonte: Jornal Extra - 20/10/2015

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