Oncologista ressalta importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, que pode aumentar as chances de cura em 95%
Mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas todo ano com câncer. Cerca de 8 milhões morrem. Se medidas efetivas não forem tomadas, haverá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo em 2030, sendo que 2/3 das vítimas vivem nos países em desenvolvimento, segundo dados do Inca.
Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira desta quinta-feira (4), o médico oncologista Rafael Amaral falou sobre o Dia Mundial Contra o Câncer e lembrou a importância do diagnóstico precoce.
De acordo com Rafael Amaral, o aumento da incidência de casos de câncer se deve ao aumento da expectativa de vida da população, ou seja, é um reflexo das pessoas estarem vivendo mais. Além disso, outros fatores têm contribuído para a ocorrência da doença, como destacou o médico. “Muitas pessoas não têm um hábito de vida saudável. Hoje, 70% dos casos de câncer seriam evitáveis se as pessoas deixassem de fumar, fizessem exercício físico e cuidassem da alimentação”.
4 de fevereiro: Dia Mundial de Luta Contra o Câncer
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Rede social colaborativa conecta pacientes com câncer
Segundo o oncologista, tempos atrás, a maioria dos diagnósticos era dada em estágios mais avançados, como no estágio 4. Hoje em dia, a situação é diferente, pois nos países de primeiro mundo vê-se taxas de diagnósticos em estágios 1 e 2, ou seja, curáveis em 80%. No Brasil, esse índice ainda é de 50% a 60%. “Isso significa que melhorou-se a taxa de diagnósticos precoces. Entretanto, aumentaram mais os casos de câncer”, destacou.
Rafael Amaral explicou que, no Brasil, existem dois fatores principais para a demora de um diagnóstico. O primeiro é cultural, pois o brasileiro, principalmente os homens, não gostam de procurar o médico para um check-up geral ou para investigar alguma suspeita. O segundo fator é o acesso às instituições públicas.
“Temos deficit de mamógrafos, deficit de tomografia ou ressonância. Por isso, a média de tempo do diagnóstico até o início do tratamento está por volta de 360 dias, ou seja, o paciente começa o tratamento após quase um ano da ocorrência do câncer”, ressaltou.
O oncologista falou sobre a importância do Dia Mundial Contra o Câncer. “Essa é a ideia da data do combate ao câncer: fazer a população se mobilizar, não só para que as pessoas se tratem mais, mas fazer com que as instituições públicas e privadas se mobilizem para o combate ao câncer”.
De acordo com o médico, são vários os fatores de risco da doença. Um dos principais é o tabagismo, pois 11% da população brasileira ainda fuma. “Se o tabagismo fosse reduzido, já eliminariam 90% dos casos de cânceres de pulmão”, lembrou Rafael.
Outro fator de risco é a obesidade e a dieta rica em alimento processado. “Se esse fator fosse diminuído, diminuiriam com ele, os cânceres de intestino e de endométrio”.
Rafael Amaral ressaltou a importância da vacinação na prevenção contra o câncer. “A vacinação contra o HPV é outro fator importante. O câncer do colo do útero é um dos que mais matam mulheres no Brasil, além do câncer de mama. A prevenção é essencial para um diagnóstico precoce”.
O oncologista garante: “Com um diagnóstico precoce, se descoberto em estágio 1 ou 2 e fazendo o tratamento correto, a taxa de cura está acima de 95%”.
Ouça a entrevista na íntegra no player acima e entenda a importância do diagnóstico precoce e como a instituição dessa data é importante para que um número cada vez maior de pessoas possam debater sobre a doença.
O programa Amazônia Brasileira vai ao ar de segunda a sexta, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 6h, na Rádio Nacional do Alto Solimões (horário local).
A apresentação é de Artemisa Azevedo e a produção-executiva de Taiana Borges.
Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira desta quinta-feira (4), o médico oncologista Rafael Amaral falou sobre o Dia Mundial Contra o Câncer e lembrou a importância do diagnóstico precoce.
De acordo com Rafael Amaral, o aumento da incidência de casos de câncer se deve ao aumento da expectativa de vida da população, ou seja, é um reflexo das pessoas estarem vivendo mais. Além disso, outros fatores têm contribuído para a ocorrência da doença, como destacou o médico. “Muitas pessoas não têm um hábito de vida saudável. Hoje, 70% dos casos de câncer seriam evitáveis se as pessoas deixassem de fumar, fizessem exercício físico e cuidassem da alimentação”.
4 de fevereiro: Dia Mundial de Luta Contra o Câncer
Ouça também:
Rede social colaborativa conecta pacientes com câncer
Segundo o oncologista, tempos atrás, a maioria dos diagnósticos era dada em estágios mais avançados, como no estágio 4. Hoje em dia, a situação é diferente, pois nos países de primeiro mundo vê-se taxas de diagnósticos em estágios 1 e 2, ou seja, curáveis em 80%. No Brasil, esse índice ainda é de 50% a 60%. “Isso significa que melhorou-se a taxa de diagnósticos precoces. Entretanto, aumentaram mais os casos de câncer”, destacou.
Rafael Amaral explicou que, no Brasil, existem dois fatores principais para a demora de um diagnóstico. O primeiro é cultural, pois o brasileiro, principalmente os homens, não gostam de procurar o médico para um check-up geral ou para investigar alguma suspeita. O segundo fator é o acesso às instituições públicas.
“Temos deficit de mamógrafos, deficit de tomografia ou ressonância. Por isso, a média de tempo do diagnóstico até o início do tratamento está por volta de 360 dias, ou seja, o paciente começa o tratamento após quase um ano da ocorrência do câncer”, ressaltou.
O oncologista falou sobre a importância do Dia Mundial Contra o Câncer. “Essa é a ideia da data do combate ao câncer: fazer a população se mobilizar, não só para que as pessoas se tratem mais, mas fazer com que as instituições públicas e privadas se mobilizem para o combate ao câncer”.
De acordo com o médico, são vários os fatores de risco da doença. Um dos principais é o tabagismo, pois 11% da população brasileira ainda fuma. “Se o tabagismo fosse reduzido, já eliminariam 90% dos casos de cânceres de pulmão”, lembrou Rafael.
Outro fator de risco é a obesidade e a dieta rica em alimento processado. “Se esse fator fosse diminuído, diminuiriam com ele, os cânceres de intestino e de endométrio”.
Rafael Amaral ressaltou a importância da vacinação na prevenção contra o câncer. “A vacinação contra o HPV é outro fator importante. O câncer do colo do útero é um dos que mais matam mulheres no Brasil, além do câncer de mama. A prevenção é essencial para um diagnóstico precoce”.
O oncologista garante: “Com um diagnóstico precoce, se descoberto em estágio 1 ou 2 e fazendo o tratamento correto, a taxa de cura está acima de 95%”.
Ouça a entrevista na íntegra no player acima e entenda a importância do diagnóstico precoce e como a instituição dessa data é importante para que um número cada vez maior de pessoas possam debater sobre a doença.
O programa Amazônia Brasileira vai ao ar de segunda a sexta, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 6h, na Rádio Nacional do Alto Solimões (horário local).
A apresentação é de Artemisa Azevedo e a produção-executiva de Taiana Borges.
Fonte: Rádio Nacional da Amazônia
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