A Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) entregou na manhã desta quinta, dia 26, em Brasília, contraproposta ao governo federal na busca por uma solução que coloque fim à greve da categoria iniciada no dia 17. A entidade determinará o retorno às atividades dos residentes se o Ministério da Educação (MEC) reajustar as bolsas-auxílio em 28,7% no mês de setembro, além de se comprometer a conceder mais 10 pontos percentuais daqui a 12 meses. A greve alcança 90% dos 22 mil residentes em todo o País.
Além disso, a ANMR quer a formação de um grupo de trabalho cuja tarefa será debater as demais reivindicações dos pós-graduandos.
O Núcleo de Negociação da ANMR protocolou a proposta em reunião no MEC, que teve presença da coordenadora-geral de Residências em Saúde da Secretaria de Ensino Superior do MEC e representante do Ministério na Comissão Nacional de Residência Médica, Jeanne Michel, a secretária-executiva da Comissão Nacional de Residência Médica, Maria do Patrocínio Nunes, e o diretor de hospitais universitários e residências em Saúde do MEC, José Rubens Rebelatto. Pela categoria, estavam presentes também o vice- presidente da ANMR, Guilherme Salgado, e representantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Amazonas e Distrito Federal.
Além do reajuste na bolsa de R$ 1.916,45 (congelada há quase quatro anos), a pauta de reivindicações também inclui o cumprimento de benefícios como auxílio alimentação e moradia, criação da 13ª bolsa e ampliação da licença maternidade para seis meses. A greve dos médicos é apoiada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB).
Fonte : ANMR
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