Representantes do Sindicato dos Médicos do Estado do Amazonas (Simeam), do Conselho Regional de Medicina (CRM), e da Associação Médica do Amazonas (AMA) se reuniram, na tarde da última sexta-feira (20), na sede do CRM, para discutir o possível descredenciamento dos profissionais dos planos de saúde, por causa da baixa remuneração.
Um novo encontro deve acontecer dentro de 15 dias, com a participação das assessorias jurídicas das entidades médicas regionais, para estabelecer um prazo e os possíveis encaminhamentos jurídicos pela inépcia dos planos, e ainda, principalmente, pelo fato dos planos de saúde no Amazonas continuarem a ter como referência dos honorários a tabela AMB de 1982, já extinta judicialmente há pelo menos 6 anos.
Segundo o cirurgião-geral Rogério Lima, que participou da reunião, nenhum dos planos de saúde de Manaus utiliza a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), regulamentada pela Agência Nacional de Saúde no início de 2009. Ele explica que tal classificação contém, além do reajuste na remuneração por procedimento, uma série de códigos unificados que permitem, por meio de um sistema nacional de informação, o acompanhamento de todas as ações médicas realizadas no país. A CBHPM já é utilizada em grande parte do país.
Para o presidente do Simeam, Mario Vianna, a situação é grave. "Nenhum dos representantes dos planos de saúde até o momento se manifestou ou respondeu aos nossos comunicados", ressaltou. "Isso pode gerar um descredenciamento em massa dos médicos anestesistas e cirurgiões em breve, e quem perde com isso são os usuários dos planos", completou.
Segundo a representante da Comissão Estadual dos Honorários, a psiquiatra Roselis Bitar, quem mais sofre com a situação, além dos médicos, é a população, que acaba perdendo o leque de profissionais disponíveis. "Estamos falando de cerca de 16% da população, que tem plano de saúde, mas não podemos descartar a desassistência que essas pessoas vão sofrer", explicou.
As associações que representam os médicos no Amazonas têm pressionado, desde o último dia 21 de julho, as operadoras de saúde da região para a adesão da CBHPM, que já está em sua quinta edição, mas as operadoras insistem em não responder às solicitações.
Fonte : SIMEAM
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