Do Código de Ética Médica: “Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições trabalho e ser remunerado de forma justa.”
Reiterando compromisso ético com a população brasileira, as entidades médicas do Estado do Paraná estão preocupadas com a continuidade do atendimento médico aos usuários dos planos e seguros de saúde. Por isso, fazem este alerta.
Nos últimos dez anos os sucessivos aumentos no custo dos planos de saúde somaram mais de 104%. Quem está pagando esta conta é a população, porém, muito pouco ou quase nada deste valor foi repassado ao médico – parte fundamental desse sistema de saúde. Alguns valores sequer foram revisados em 18 anos. No Paraná, a maioria dos planos ainda opera com a tabela da Associação Médica Brasileira de 1992.
A defasagem nos honorários e a baixa remuneração acarretam em restrições de atendimento pela diminuição na oferta de profissionais de diversas especialidades e constantes descredenciamentos unilaterais. Com isso, pacientes se veem obrigados a trocar de médico contra a sua vontade ou a buscar atendimento em clínicas e pronto atendimentos por não conseguirem consulta com o médico de preferência.
Uma consulta a preço ínfimo não valoriza de maneira adequada o profissional. O salário médico deve ser condizente com a responsabilidade que tem e que assume no trabalho diário. É necessário que a remuneração permita aos médicos oferecerem o melhor de sua capacidade técnica, e que os profissionais tenham condições de arcar com as despesas de sua contínua formação profissional.
As entidades representativas da classe médica, através da Comissão Estadual de Honorários Médicos, estão solicitando aos planos de saúde que se manifestem sobre o reajuste imediato dos valores das consultas e honorários médicos para evitar distorções que penalizam, sobretudo, o paciente.
Associação Médica do Paraná (AMP)
Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRMPR)
Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar)
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