sexta-feira, 20 de maio de 2011

DANC luta contra tentativa de "despejo" pela Reitoria da UFPR

O Diretório Acadêmico Nilo Cairo (Medicina UFPR) publicou uma Nota em que relata problemas em relação ao prédio que sedia o Diretório e a ordem da Reitoria da UFPR para que deixem o prédio. Leia a nota abaixo:

Nós do Diretório Acadêmico Nilo Cairo (Medicina -UFPR) queremos por meio deste comunicado divulgar e denunciar algumas práticas da reitoria de nossa universidade em relação à organização e existência do movimento estudantil combativo. Desde o fim de janeiro estamos recebendo pressões da reitoria por meio da diretoria do Setor de Ciências da Saúde para que desocupemos o prédio com a justificativa de que o local está insalubre e que é necessária a nossa saída para a realização da reforma.

Ressaltamos que conhecemos a real situação do prédio, uma vez que somos nós que estamos lá diariamente, e que há pelo menos sete anos estamos pedindo a reitoria alguns ajustes necessários para garantir a segurança do local (reforma da fiação, troca de vidros quebrados, presença de um funcionário da limpeza, manutenção do elevador etc). No entanto, conseguimos poucas coisas nesse período, perdemos inúmeras outras, e até agora tentaram nos acalmar com projetos faraônicos de reformas, que nunca saíram ou sairão do papel.

Recentemente recebemos um aviso, informal no início, demorando 4 meses para ser formalizado, de que devíamos sair do prédio urgentemente. Esta situação beira a piada de tão caótica, uma vez que este caráter de urgência se estende há meses, circulando em ofícios nas mesas dos pró-reitores, e há poucos dias nós - que propriamente usamos o prédio - fomos avisados oficialmente deste "despejo". E dessa forma é que a universidade pretende tirar o prédio do movimento estudantil, e reduzir nosso espaço.

Depois de diversas tentativas frustradas de convencer-nos a acatar o que manda a reitoria, a professora Claudete, diretora do setor, convocou uma teórica primeira reunião da comissão da reforma do prédio, composta pelas coordenações dos cursos da saúde, PRAE (pró-reitoria de assuntos estudantis), direção do setor e dois representantes do DANC. Teórica, pois quando chegamos lá a pauta era única e bem amarrada entre todos eles: a desocupação.

No entanto, nós que apesar de oficialmente estarmos "desavisados", fomos afiados e jogamos todos contra a parede, firmando o pé e exigindo que a reforma se dê com nossa presença no prédio. Este é um dos pontos do entrave.

Além disso, eles querem que seja instituído no DANC um "centro de promoção e prevenção da saúde" no centro de Curitiba (local do prédio do DANC), como campo de aprendizado para todos os cursos da saúde. Qual a necessidade disto quando vários outros imóveis prontos e projetados para o intuito estão à disposição da universidade? Não há, demonstrando que o objetivo é somente que saiamos. Novamente, reforçamos que o edifício deve ser mantido única e exclusivamente para o ME, e nosso projeto para a reforma será nesse sentido.

As perspectivas dentro do espaço da comissão de reforma, assim como qualquer outro institucionalizado, são nada animadoras. Pela própria composição, através de votação, seremos facilmente vencidos. Sendo assim, fica claro que a nossa vitória somente será obtida pela mobilização dos estudantes e de todos os que lutam por uma educação e saúde públicas, gratuitas e de qualidade.

Convocamos todos nós acadêmicos a unirmos em torno desta pauta. Diante de tudo que já foi concretizado pelo DANC, é necessário garantir o que fazemos e o que trarão as novas turmas. Tal movimento só é possível pela nossa organização!

À luta!

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