terça-feira, 26 de julho de 2011

Descarte de medicamentos preocupa empresas e governo

Do Portal Paraná On Line.

O que fazer com o remédio vencido em casa? A logística reversa de medicamentos pode ser uma saída inteligente para descarte de medicamentos vencidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) trata a questão como um problema de todo o planeta, provocado pelo uso intensivo, inadequado e irracional dos medicamentos. Empresas e o poder público debatem uma saída consciente para o problema.

O mercado farmacêutico, segundo dados da OMS, movimenta US$ 820 bilhões por ano, e estima-se que 50% das prescrições e vendas destes produtos são inadequadas. Além disso, 50% dos usuários de remédios não utilizariam corretamente os produtos.

Para reduzir o desperdício e diminuir o impacto ambiental do descarte dos medicamentos, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) trabalha em diversas frentes, que vão desde a redução da produção não demandada de medicamentos até a conscientização do usuário sobre a destinação final adequada dos produtos.

Uma das saídas encontradas pela Anvisa é a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 80, a Lei dos Medicamentos Fracionados. Infelizmente não é seguida por farmácias, dado aos problemas técnicos operacionais que gerariam.

Em Curitiba, o vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB) conduziu o I Fórum sobre a Destinação Final de Medicamentos Vencidos. O fórum foi realizado no plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) e reuniu representantes de todas as etapas da cadeia produtiva do setor, incluindo os órgãos públicos de saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com uma legislação específica para a destinação destes resíduos na capital, o vereador pretende reduzir os impactos causados ao meio ambiente. “Quando recebem uma destinação inadequada, indo para o lixo comum, os medicamentos são muito poluidores”, afirmou Côrtes.

Na capital, no entanto, já existe uma coleta dos materiais considerados tóxicos. Um caminhão de coleta especial, uma vez ao mês, fica próximo a um dos 24 terminais da cidade, onde podem ser entregues os materiais.

O lixo tóxico são: pilhas, baterias, toner de impressão, embalagens de inseticidas, tintas, remédios vencidos, lâmpadas fluorescestes (até 10 unidades), óleos de origem animal e vegetal (embalados em garrafas PET de 2 litros).

Em outras cidades do Estado, parceria entre empresas pretende recolher e destinar o resíduo tóxico para que o mesmo não acabe em aterros sanitários da cidade. A proposta da Rede de Farmácias Vale Verde, de Londrina lançou a campanha “Descarte Consciente”, para orientar e sensibilizar a população sobre a destinação de medicamentos e outros produtos tóxicos ao meio ambiente.

A campanha iniciou em julho deste ano, com pontos de coletas em duas lojas da rede para receber o lixo tóxico. "Decidimos trabalhar a campanha de forma mais abrangente, incluindo produtos de difícil descarte e que poluem quando descartados de forma incorreta, pois temos uma preocupação não apenas com a saúde da população, mas também com o meio ambiente", explica a diretora da Farmácia Vale Verde, Ana Carolina Augusto Correa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário