quinta-feira, 28 de julho de 2011

Gazeta do Povo: Epidemia silenciosa

Envelhecimento da população deve causar aumento nos casos de demência nos próximos 20 anos. Na América Latina, alta pode chegar a 146%.

O Brasil deverá presenciar nas próximas décadas uma espécie de epidemia silenciosa, cujos sintomas demoram a ser percebidos e o tratamento gera elevados custos para a saúde pública. Trata-se da demência, uma síndrome que afeta a memória e o comportamento dos pacientes e que acomete principalmente os idosos. A forma mais comum é a doença de Alzheimer.

O envelhecimento da população será o propulsor dessa epidemia. Hoje, a demência atinge cerca de 1 milhão de idosos no Brasil. O país está na região que, segundo previsão da Alzheimer’s Disease International, organização internacional sobre a doença, poderá ter o maior crescimento proporcional de portadores acima de 60 anos nas próximas duas décadas. A América Latina tropical, que abrange Brasil e Paraguai, registrará um aumento estimado de 146% entre 2010 e 2030. A quantidade de pacientes subirá de 1,05 milhão para 2,6 milhões. No mundo, a estimativa é de 85%.

Para a professora do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Márcia Scazufca, que participou de um consenso mundial sobre o crescimento, as projeções são alarmantes. Segundo ela, o Brasil tem uma dificuldade a mais na comparação com países desenvolvidos, onde o aumento da população idosa foi lento. “No Brasil, o número de idosos está crescendo vertiginosamente e fica mais difícil de se preparar”, diz.

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