sábado, 22 de outubro de 2011

Presidente da FENAM considera um avanço aprovação da PEC que cria carreira de estado para médicos pela CCJ

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 454/09, que cria a carreira de médico nos serviços públicos federal, estadual e municipal e estabelece a remuneração inicial da categoria em R$ 15.187,00, semelhante à de juízes e promotores.

Para o presidente da FENAM, Cid Carvalhaes, a decisão da Comissão demonstra que a Câmara dos Deputados está começando a ter mais sensibilidade social pela saúde. "Quando a CCJ apoia um salário justo e uma carreira para os médicos ela começa a dar mostras que reconhece que realmente o trabalho do médico que é praticado hoje no País tem um salário irrisório e de certa forma representa uma violência contra a dignidade profissional," apontou o dirigente.

O objetivo da proposta, de autoria dos deputados do DEM Eleuses Paiva (SP) e Ronaldo Caiado (GO), é criar uma carreira de estado para os médicos. O relator, deputado Mendonça Prado (DEM-SE), apresentou parecer favorável à proposta. Ele rebateu o argumento do voto em separado do deputado Luiz Couto (PT-PB) segundo o qual o texto interfere em pressupostos constitucionais ligados à competência legislativa de estados e municípios.

De acordo com a PEC, a ascensão funcional do médico de estado será realizada alternadamente pelos critérios de merecimento e antiguidade, considerando o aperfeiçoamento profissional, conforme normas estabelecidas pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina.

"Para se atingir níveis melhores na saúde do País, é preciso que o Estado apresente políticas consistentes para a reformulação das estruturas físicas e para a organização de um plano de carreira, cargos e salários que esteja à altura da grandeza da ação dos profissionais de Medicina", argumentou o relator.

Para ele, ao criar um piso salarial para os médicos, a PEC dá o primeiro passo para que também outros profissionais brasileiros sejam devidamente remunerados.


Tramitação
A proposta será examinada por uma comissão especial e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário, sujeita à aprovação de no mínimo 3/5 dos 513 deputados.

"É sem dúvida um avanço, vamos esperar as demais tramitações do projeto e esperamos que ele seja aprovado o mais rápido possível. Com isso, começaremos a trabalhar com uma referência mais sólida fazendo com que o médico possa ter fixação nos mais diversos locais. O grande beneficiário será o cidadão que será melhor atendido," finalizou Carvalhaes.

Fonte : Agência Câmara / FENAM

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