terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cooperativa médica estaria planejando cartel no Paraná

Via Portal Bonde (Folha de Londrina)

O Ministério Público (MP) Estadual recebeu uma denúncia, por parte da operadora de planos de saúde Nossa Saúde, com sede em Curitiba, de que a Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares (Coopcardio) estaria planejando cartelizar o valor cobrado pelo oferecimento de consultas para todas as operadores do estado. Segundo denúncia, a entidade representativa quer impor um preço fixo aos planos.

A ação, ilegal, estaria ferindo a legitimidade entre as operadoras e os médicos. Cada plano quer ter a liberdade de discutir valores com os seus médicos conveniados. O promotor Maximiliano Deliberador, do MP de Curitiba, confirmou o recebimento da denúncia, mas disse que ainda é muito cedo para passar detalhes sobre o caso. "Estou analisando o procedimento", limitou-se a dizer.

O possível cartel, por parte da Coopcardio, também foi confrmado pela Unimed, que enfrenta ameaça de descredenciamento em massa justamente dos cirurgiões cardiovasculares. O vice-presidente da operadora no Paraná, Robertson D'Agnoluzzo, garantiu, em entrevista à rádio CBN Londrina, que o plano está aberto a negociações, mas descartou aceitar "engessamento" dos preços impostos pela cooperativa médica. "Não podemos aceitar algo que é ilegal."

O suposto preço fixo oferecido pelos médicos foi desmentido pelo presidente da Coopcardio, Marcelo Tavares. Ele disse que a cooperativa recebeu uma proposta da Unimed, sobre o reajuste no valor das consultas, mas que a categoria não a aceitou. "Analisamos a questão e fizemos uma contraproposta. Os valores previstos nesta sugestão estão longe de ser 'engessados', tanto para a Unimed quanto para qualquer operadora do estado", explicou.

Freitas não quis divulgar os preços sugeridos, mas garantiu que "tudo vai depender da negociação". "Mais importante que os valores é o ponto em que reivindicamos a abertura de discussão para todas as Unimeds do estado. Atualmente, apenas as sedes das cidades de Londrina e Curitiba demonstraram interesse em negociar os preços defasados."

Segundo a Coopcardio, pelo menos 40 médicos dos 50 conveniados à Unimed no Paraná já pediram desligamento da operadora. (com informações da rádio CBN Londrina)

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