Priscila Forone / Gazeta do Povo |
Em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, a situação é ainda mais grave. Pioneira na cidade ao implantar a acupuntura como método auxiliar de tratamento, a própria prefeitura terceiriza parte das suas sessões em uma clínica formada só por fisioterapeutas. A outra parcela dos atendimentos é feita por médicos contratados pelo município.
A clínica Fisio Zeni, no bairro Maracanã, confirma o atendimento de 25 pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS) por semana. “Passamos uma listagem para a prefeitura com nossa disponibilidade e atendemos só com fisioterapeutas”, explicou uma das funcionárias do local.
Terceirização
Em um texto divulgado pela prefeitura de Colombo em 2009, a informação era de que 880 sessões de acupuntura foram feitas naquele ano pela clínica Fisio Zeni. No mesmo material, a administração cita outros 4,5 mil atendimentos feitos pelos seus médicos que àquela época submetiam as pessoas às agulhadas em um Centro de Especialidades Odontológicas.
Em Curitiba, as clínicas especializadas no serviço também mantêm suas rotinas de atendimento, mesmo que irregularmente. “Já fui perguntado sobre a proibição, mas explico ao paciente que essa decisão [judicial] não tem nada a ver”, conta o professor de educação física Thomas Bredon, que mantém há dois anos uma clínica de acupuntura na capital paranaense.
Já o fisioterapeuta Fábio Athayde criticou a iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM). “Isso é um golpe para os médicos terem reserva de mercado”, argumenta ele que faz até 70 sessões semanais.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Colombo foi procurada para falar sobre o atendimento na Fisio Zeni, mas não deu retorno até o fechamento desta edição. A administração municipal e a clínica não informaram quanto é investido pelo poder público em cada sessão de acupuntura.
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