quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pressão no Congresso será fundamental para aprovação do piso salarial dos médicos

Engajada em agilizar a votação do Projeto de Lei 3734/08 que fixa em R$ 7 mil o piso salarial de médicos e cirurgiões dentistas no setor privado, a Frente Parlamentar em Defesa dos Profissionais da Saúde da Câmara dos Deputados se reuniu nesta terça-feira (24), com representantes das categorias. O objetivo foi traçar estratégias de pressão no parlamento para tentar colocar o projeto na pauta da Comissão de Finanças e Tributação, na qual a proposição aguarda parecer desde 2010.

O deputado Damião Feliciano (PDT/PB), comandou a reunião e destacou que a casa só funciona sob pressão. "Esta semana foi aprovado o piso dos enfermeiros e nós estamos nesta luta desde 2010. Esta é uma casa de pressão, a votação só sairá se comecarmos a pressionar os deputados."

Também presente, o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS) lembrou que outros profissionais ao reivindicarem melhorias salariais lotam os plenários de representantes. Para ele, isso será fundamental para a aprovação do piso. "Isso faz a diferença! Precisamos aumentar nossa voz, principalmente com aqueles que estão tentando entravar o projeto."

O presidente do Conselho Federal de Odontologia, Ailton Rodrigues, se comprometeu em unir forças com a categoria médica na busca do objetivo comum. "Vamos tentar trazer o maior número de pessoas em um próximo encontro, vamos nos unir com a medicina na busca deste ideal. Este será o nosso compromisso com a Frente."

Relator do projeto na Comissão de Trabalho e Administração e Serviço Público, o deputado Mauro Nazif (PSB/RO) também compareceu a reunião. Ele explicou que conversou com o atual relator do projeto, o deputado José Guimarães (PT/CE) que confirmou que não está dando a devida atenção à proposição por esta contrariar a posição do governo. "Pedi a ele que emitisse uma posição sobre o projeto, seja contra ou a favor, o que não podemos é aceitar que ele fique engavetado," declarou.

Representando a Federação Nacional dos Médicos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira, o assessor parlamentar, Napoleão Puente de Salles, lembrou o trabalho e o esforço realizado pelas entidades médicas com o relator do projeto. "No Ceará, as entidades regionais já se reuniram três vezes com o parlamentar para sensibilizá-lo. Ele nos recebe bem e diz que vai se posicionar, mas por enquanto são só promessas," relatou.

A Frente pretende agora mobilizar todos os deputados da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para que o projeto seja inserido na pauta. "Esta casa é constituída pela democracia. Precisamos que o relator emita um parecer e que ele seja votado pela Comissão. Isso é exercer o papel que esta casa propõe," defendeu o deputado Damião Feliciano, que preside a Frente.

Fonte: FENAM

2 comentários:

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  2. O aumento salarial proporcionará uma jornada de trabalho menos cansativa. Profissionais da Área da Saúde, todos, precisam estar descansados para realizarem um bom trabalho. Temos assistido na mídia inúmeros casos de uso de medicações e procedimentos errados, provocados pela falta de capacitação, pressa e falta de atenção provocada pelo cançaso. O profissional se gradua, e se vê quase que compelido a iniciar suas atividades para manter sua subsistência.
    Atualmente, é comum vermos alguns profissionais apresentarem-se mal vestidos e com sapatos velhos. Tal situação é devida a comprometimento da renda com a família (mensalidade escolar, material escolar como cadernos e livros, uniformes, mochilas, condomínio, água, energia, gás, alimentação, roupas, medicações) e às despesas pessoais (gasolina, manutenção do automóvel, lanches e outros).
    Como o profissional de saúde pode arcar com a essas despesas com o salário que recebe?
    Correndo de um emprego para outro se sujeitando a atrasos e riscos de acidentes. Com um salário mais digno poderá despender mais tempo em cursos e leituras para atualizações e para o convívio familiar, tão necessário para o seu bem estar.
    O custo empregado na formação profissional, tanto financeiro (para o Curso de Medicina a mensalidade fica em média R$ 4.500,00, sem alimentação, condução e livros) quanto de horas dedicadas às aulas, estágios (procedimentos, terapias, cirurgias, palestras) e leituras é muito grande.
    Não é possível que a sociedade, representada pelos políticos, fique indiferente a tal situação. É necessário que o profissional se sinta valorizado e respeitado para que possa desenvolver o sentido de comprometimento e de prazer pela profissão.
    É importante que as Instituições que trabalhem visando o sentido maior do Ser Humano - a Saúde - tanto física quanto mental, compreendam que o bom atendimento, em todos os setores, representa um grande retorno financeiro com também político. A mídia expõe hoje com muita facilidade tanto os fatores positivos quanto os negativos. A população já não se ilude com falsas propagandas e vãs promessas. É necessário mudar atendendo tanto o nível salarial quanto das condições de trabalho.
    Senhores políticos a Saúde precisa de tratamento.

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