quinta-feira, 26 de abril de 2012

FEHOSPAR, SINDIPAR e AHOPAR manifestam apoio à luta dos médicos por melhores condiçoes de trabalho e remuneração nos planos de saúde

Reproduzimos a seguir, ofício enviado ao SIMEPAR, AMP e CRM:

Para Comissão Estadual de Honorários Médicos

Conselho Regional de Medicina do Paraná – Associação Médica do Paraná e Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná


Prezados Senhores Dirigentes,


A FEHOSPAR, SINDIPAR e AHOPAR, instituições que representam mais de 12 mil empresas privadas das diversas atividades de saúde no Estado, vem manifestar o seu apoio às entidades médicas neste Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, por entender como legítimas as reivindicações apresentadas e, também, porque o setor hospitalar é igualmente vítima do desrespeito das operadoras, com remuneração inadequada, glosas injustificadas de custos financeiros e medidas terapêuticas, interferências nas condutas médicas e, sobretudo, queda na qualidade, desassistência e agravos aos riscos aos usuários dos serviços.

As entidades hospitalares chamam a atenção para os dados oficiais que indicam autorização pela ANS de reajustes de 150,89% nos planos individuais no período de 2000 a 2011, enquanto em igual período o IPCA acumulado foi de 119,80%, percentual este que sequer foi aplicado nos honorários médicos ou nos procedimentos hospitalares. Não por acaso, com R$ 81,3 bilhões arrecadados no ano passado pelas operadoras, que indicam gastos de R$ 67,4 bilhões em assistência, o lucro chegou a R$ 13,9 bilhões. Ou mais de 17% do total arrecadado. Descontados tributos e custos administrativos, é de se supor que o ganho ocorre às custas da rede conveniada de serviços.

As instituições representativas dos estabelecimentos de saúde paranaenses solidarizam-se com a posição da classe médica, de não incentivar a paralisação dos serviços, o que imporia grandes transtornos aos usuários dos serviços. Também são solidárias aos principais pleitos, que dizem respeito à recuperação das perdas financeiras dos últimos anos, contemplando procedimentos e consultas; apoio aos projetos de lei sobre reajuste de honorários médicos em trâmite no Congresso; a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos como referência para o processo de hierarquização a ser instituído por resolução normativa da ANS, em curso na Câmara Técnica da Agência de Saúde Suplementar; e uma contratualização transparente, com fixação de reajustes definidos por periodicidade e inclusão de critérios de credenciamento, descredenciamento, glosas e outras situações que configuram interferência na autonomia do médico ou na demora da assistência ao paciente, com agravos à sua saúde.

Assim, reiteremos o nosso engajamento nesta luta pela valorização dos serviços médico-hospitalares e pela garantia de assistência de qualidade aos 47,6 milhões de beneficiários dos planos de saúde, que, no último ano, tiveram acesso a 223 milhões de consultas e mais de 4,8 milhões de internações.

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