quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Residentes em oftalmologia do HC-UFPR decidem paralisar atendimento a partir de quarta-feira

Eles reivindicam maior número de cirurgias para garantir a qualidade da formação.


Os médicos residentes e especializandos em oftalmologia do Hospital de Clinicas da UFPR decidiram paralisar os atendimentos ambulatoriais eletivos por tempo indeterminado a partir de quarta-feira, dia 05 de dezembro. Eles reivindicam a realização de um número maior de cirurgias por estudante para garantir a qualidade na própria formação como especialistas. O número de cirurgias oftalmológicas preconizadas para os cursos de especialização credenciados pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) e MEC é de 50 cirurgias por ano para cada residente; mas, atualmente, esse número está abaixo de 20.

A decisão pela paralisação foi unânime. Segundo eles, a manutenção do atendimento ambulatorial só faz aumentar a fila das cirurgias. “Apenas estamos criando falsas expectativas em nossa população e onerando o sistema público com renovações de exames de pré-operatórios. Há pacientes com perda visual progressiva e irreversível visto a impossibilidade de tratamento cirúrgico, como por exemplo, glaucomatosos não controlados com o tratamento clínico. A cada dia sem cirurgia estes pacientes perdem um pouco mais da sua visão.” Afirmam.

A assembleia realizada na sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná foi presidida pela Dr. Claudia Paola Aguilar, diretora do Sindicato e contou com a participação do Presidente da Federação Nacional dos Médicos, Dr. Geraldo Ferreira Filho, que está em Curitiba participando do encontro nacional de comunicação das entidades médicas.

Dr. Geraldo parabenizou os residentes e especializandos pela mobilização por uma causa tão nobre, que é a garantia da qualidade do aprendizado e colocou a FENAM à disposição dos residentes.

Agora o SIMEPAR está enviando os comunicados de greve ao Ministério Público, Direção do Hospital de Clínicas e Reitoria da UFPR, Conselhos Federal e Regional de Medicina, Associação Brasileira e Paranaense de Oftalmologia, Comissão Estadual e Nacional de Residência Médica entre outras entidades e autoridades e irá buscar a negociação para que o problema seja resolvido o mais rápido possível.

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