Matéria do Jornal Gazeta do Povo
Ministério da Saúde confirma 204 mil doentes e cinco estados em situação de epidemia: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Tocantins e Goiás.
O número de casos de dengue triplicou em 2013 quando comparado com o mesmo período do ano passado. Até 16 de fevereiro, foram confirmados 204.650 pacientes com a doença. Em 2012 foram 70.489. A epidemia já atinge cinco estados: Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. “A luta está só começando”, advertiu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Isso porque o período de maior transmissão da doença vai até maio. “Temos um risco de enfrentar este ano uma epidemia maior do que a registrada em 2012”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa
O secretário acha difícil, no entanto, que os números sejam semelhantes àqueles registrados em 2010, quando foram contabilizados quase 1 milhão de pacientes com a doença. Além do aumento de casos, o número de cidades com altos índices de criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, cresceu de forma significativa. O mais recente Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostra que, em janeiro, 267 municípios apresentavam situação de risco para a dengue. Ano passado eram 146.
Padilha afirmou ser preciso redobrar as ações de prevenção, sobretudo nos locais de maior risco para a doença e no Nordeste. O ministro atribui o crescimento de casos a uma série de fatores: o aumento das chuvas em alguns locais, o agravamento da seca, em outros. Para ele, no entanto, um dos principais fatores é o Den-4, um subtipo do vírus da dengue que, depois de mais de 25 anos, voltou a circular no país em 2010. “Ele não é mais perigoso. Mas como o retorno é recente, há uma parte significativa da população suscetível a ele”, explicou Barbosa. Das amostras analisadas, 52,6% são deste sorotipo. No ano passado, o Den-4 também foi responsável pelo maior número de infecções: 59,3%.
Menos mortes
Padilha afirmou que, apesar do aumento do número de infecções, o número de casos graves caiu 44% e de mortes, 20%. Até 16 de fevereiro, foram 324 casos graves, ante 577 registrados no mesmo período de 2012. As mortes caíram de 41 para 33.
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