sexta-feira, 28 de junho de 2013

Médicos e estudantes paranaenses fazem protesto no dia 3 de julho

“Vem pra rua pela saúde” é o slogan da mobilização decidida nesta quarta em âmbito nacional.

As entidades médicas nacionais anunciaram nesta quarta-feira (26), em São Paulo, a deflagração do movimento "Vem pra rua pela saúde", que será marcado por manifestações em todo o Brasil no dia 3 de julho. O objetivo é chamar a atenção para os equívocos que envolvem as políticas públicas de saúde, em especial pelo subfinanciamento do SUS, as más condições de infraestrutura e trabalho, a ausência de um plano de carreira médica e a tentativa de trazer médicos formados no exterior sem passar por exame de proficiência técnica e de idioma.

Reiterando posição harmônica, as entidades paranaenses – Conselho de Medicina, Associação Médica e Sindicato dos Médicos – pretendem realizar mobilizações nas cidades onde mantêm representações, em especial as que contam com escolas médicas. Em Curitiba, será realizada passeata na Rua das Flores, para evitar problemas no trânsito. A concentração começa às 10h na Boca Maldita, e seguirá até a entrada do prédio da Universidade Federal do Paraná, a exemplo do que ocorreu em 25 de maio, em mobilização de aproximadamente mil pessoas, entre médicos e estudantes de Medicina.

REIVINDICAÇÕES

A reunião de representantes das entidades médicas do Paraná ocorreu no início da tarde desta quarta na sede da Associação Médica, logo depois de encerrada em São Paulo a entrevisto coletiva que teve o anúncio do movimento "Vem pra rua pela saúde". Diante da decisão de se fazer a manifestação de âmbito nacional para a próxima quarta, foi revista o protesto marcado para este sábado em Curitiba, em reforço a outras ações, inclusive em defesa da educação.

Conforme dados atuais, o Brasil já tem mais de 200 escolas médicas e que formam 17 mil médicos por ano, projetando um crescimento ainda mais acentuado do que o verificado de 1970 a 2010, que foi de 557%, contra 101% do aumento populacional no período. A concentração dos médicos nos grandes centros, com dificuldade na interiorização, decorre das más condições oferecidas, como avalia o presidente do Conselho. Ele diz que, num primeiro momento, a manifestação é pacífica e não visa interrupção de serviços, possibilidade que está sendo cogitada pelas instituições nacionais na hipótese de as reivindicações não serem acolhidas.

Os diretórios acadêmicos e lideranças estudantis começaram a ser mobilizadas já nesta quarta-feira, a exemplo das representações médicas das cidades do interior, como Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Francisco Beltrão, onde funcionam escolas médicas.

Via CRM PR

Nenhum comentário:

Postar um comentário