segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Florianópolis proíbe por decreto contratação de médicos estrangeiros sem revalidação de diplomas

Foi publicado no do Diário Oficial do município de Florianópolis (SC) do dia 07/08, o Decreto nº 11.945, que dispõe sobre a contratação ou atuação de profissional médico com diploma de graduação expedido por universidades estrangeiras em Florianópolis. Esse documento é a confirmação do compromisso do prefeito Cesar Souza Junior, feito no dia 31 de julho, em seu gabinete, quando recebeu os médicos durante o movimento de paralisação.

"Ficamos muito satisfeitos com o posicionamento do prefeito de Florianópolis. Desta maneira ele mostra que tem preocupação com a qualidade do atendimento aos pacientes florianopolitanos. Ratificamos que não somos contra a contratação de médicos formado no exterior, desde que façam a prova do Revalida para aferir seus conhecimentos", afirma Cyro Soncini, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) e coordenador do Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC).

De acordo com Cyro, o COSEMESC orientou os dirigentes das regionais médicas do Estado a usarem a ação dos médicos da capital como exemplo. "A orientação é que cada um procure seu prefeito, entregue um documento com as justificativas como o que fizemos na capital para que sensibilizemos assim os gestores públicos do absurdo que o governo federal está tentando impor aos nossos pacientes. Por que é do interior, por que mora em região de difícil provimento pode mandar qualquer um lá para cuidar? E a lei? Não se aplica mais a lei nesse país? Médico aprovado no Revalida, com CRM válido é muito bem-vindo. Do contrário, lutaremos contra", destascou.

Contra as medidas do governo federal, Cyro e outros dirigentes médicos catarinenses e assessores estarão em Brasília a partir desta quinta-feira para o Encontro Nacional das Entidades Médicas, que termina no sábado. "Estamos preocupados com as medidas eleitoreiras do governo federal para tentar sanar um problema muito sério que deveria começar com o reajuste da tabela SUS, com a implantação de uma carreira de Estado para que desta forma, não só os médicos, mas profissionais da saúde tivessem interesse em ir para as regiões de difícil provimento", encerrou.
Fonte : SIMESC

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