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Na imagem, A psicóloga do Hospital do Idoso, Denise Jamus. Curitiba 21/09/2015 - Foto: Divulgação |
O Hospital do Idoso Zilda Arns, em parceria com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), realizou nesta segunda-feira (21) um ciclo de palestras sobre a diferenciação do envelhecimento normal e a doença de Alzheimer. O evento lembrou o Dia Mundial de Enfrentamento da Doença de Alzheimer e contou com a presença de profissionais da saúde e comunidade.
Estima-se que mais de 36 milhões de pessoas sejam portadoras da doença em todo o mundo e U$ 604 bilhões sejam gastos anualmente com o tratamento deles. No Brasil, 6% dos idosos sofrem com o Alzheimer.
No evento Paulo Bertolucci, geriatra e diretor científico da ABRAz, falou sobre as diferenças entre a perda de memória no envelhecimento saudável e em pessoas com Alzheimer. “Todos temos lapsos de memória. O problema não está nisso acontecer, mas com que frequência ocorre e em como resolvemos”, ressaltou.
Bertolucci explicou que, para pessoas que não têm a doença, estratégias de “contextualização” são suficientes para reativar a lembrança. “Quando se perde um objeto, a pessoa normalmente traz à memória a última vez que o usou, para ter pistas de onde pode estar”. Para pessoas com Alzheimer, estas informações não ajudam. “No envelhecimento normal, a memória pode ser lenta, mas funciona. No Alzheimer, esta memória está morta”, define.
O médico alerta para dois aspectos da doença: o genético e o ambiental. Fatores como inatividade educacional, tabagismo, sedentarismo, depressão, obesidade e hipertensão na meia idade são os principais fatores associados ao aparecimento do Alzheimer.
A psicóloga do Hospital do Idoso, Denise Jamus, abordou a mudança de perfil da sociedade que tem aumentado a expectativa de vida e como isso impacta na qualidade de vida da população. Ela descreveu as mudanças que a doença de Alzheimer causa na rotina familiar e as adaptações que os familiares podem realizar em casa para que o doente tenha maior independência e segurança, como estabelecer horários para o doente acordar, se alimentar e até mesmo tomar banho.
“A família também precisa de acompanhamento. O portador de Alzheimer não adoece sozinho, é essencial que toda a família e os cuidadores também tenham acompanhamento”, explicou a psicóloga.
Fonte: SMCS
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