sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Emergências cardiológicas sofrem pela falta de leitos em Pernambuco



Foto: Izabel Araújo 

Durante vistoria da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) no Pronto Socorro de Cardiologia de Pernambuco (Procape), nesta sexta-feira (9), foi percebido que a maior parte do atendimento cardiológico é feito praticamente na grande Recife, não há hospitais no interior. Toda demanda gerada no Estado é encaminhada para os três grandes hospitais de referência, que ficam em Recife, causando uma super demanda.
 
“Encontramos o mesmo retrato sofrido que é comum nas urgências e emergências. Hospitais com número de leitos insuficientes e pacientes nos corredores. Flagramos ambulâncias vindas do interior e filas de espera. Há um corpo clínico de bom tamanho, mas o grande problema é a alta demanda. Mesmo os grandes hospitais sofrem por falta de assistência nas cidades-pólo no interior, fazendo com que todos os pacientes migrem para a capital.”, comentou o secretário de Finanças da FENAM, Geraldo Ferreira.
 
O diretor do Procape, dr. Sérgio Carvalho de Montenegro, contou que o hospital faz 100 cirurgias por mês e que o hospital há capacidade para atendimento de 30 pacientes, mas atualmente atende 90 . A unidade é uma das três especializadas no Estado. “A gente procura atender da melhor forma dentro daquilo que a gente tem, que é uma boa equipe de diaristas e plantonistas. Ninguém gosta de ter uma superpopulação, mas nós temos reforçado as equipes para atender a demanda. O espaço é limitado, e nós também temos dificuldades principalmente de custeio e recursos humanos”, lamentou o diretor.
 
O secretário de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, alertou que hoje há uma tendência do governo de alimentar um projeto que é a gestão pública versus a gestão privada. “Eles tendem a achar que a gestão pública não dá conta do recado. É inusitado que aqui, neste hospital, a gestão é toda pública e funciona com servidores públicos concursados”, disse.
 
Participou também da vistoria o diretor de Formação e Relações Sindicais da FENAM, Antônio Jordão.

Fonte: Valéria Amaral - 09/10/2015

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