Mostrando postagens com marcador CREMERJ. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CREMERJ. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 29 de março de 2016

Gestantes do Rio querem derrubar resolução que proíbe doulas em salas de parto

Mãe pela primeira vez, Fernanda França Fernandes, de 33 anos, estava em trabalho de parto há sete horas, quando o processo foi interrompido. Uma enfermeira entrou no quarto para informar que a doula, acompanhante de Fernanda durante a gestão, não poderia ficar para o nascimento. É que o Hospital Municipal Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, referência em parto humanizado na cidade do Rio de Janeiro, não pode mais manter doulas em sala de parto, por causa de uma resolução do Conselho Regional Medicina do Rio (Cremerj) que voltou a valer.

Assustada, Fernanda viu o trabalho de parto regredir. Ela ficou preocupada com a possibilidade de ficar sem o acompanhamento da doula, com quem desenvolveu uma relação de afinidade e confiança. Por causa disso, acredita ter ficado mais nervosa, prejudicando o nascimento do bebê, que ficou em trabalho de parto por 24 horas. “Passaram óleo [na barriga], coisas para tentar fazer o trabalho de parto voltar, mas no final, tive que fazer [uso] de ocitocina [hormônio sintético que aumenta o número de contrações do útero] e todas intervenções que eu não queria”, contou.

“Passei a madrugada evoluindo, mas a partir desse momento [do anúncio da retirada da doula da sala], começou a regredir, não digo parar, mas regredir, porque a enfermeira não voltou. A sensação era de que a qualquer momento alguém poderia chegar e mandar ela embora me deixou nervosa e aí, o trabalho de parto parou geral”, acrescentou.

Mesmo sendo referência em práticas de humanização, como permitir a presença regulamentada de doulas, para tentar reduzir as cesarianas, o Maria Amélia teve de se adaptar à resolução do Cremerj. “Por causa das ameaças de punições a profissionais [pelo Cremerj], a Secretaria Municipal de Saúde suspendeu a permissão à atuação das doulas até que se chegue a um consenso”, informou a secretaria.

Projeto de lei
Preocupadas com o efeito da decisão em outras unidades, mães, gestantes e doulas querem que a resolução do conselho seja derrubada por meio de lei. Elas explicam que doulas dão conforto e segurança às famílias e esclarecem que não interferem nos procedimentos médicos. Para tentar convencer os deputados, elas estarão entre hoje (29) e quinta-feira (31) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Tramita na casa projeto de lei que libera a presença das doulas.

De acordo com Tizuko Shiraiwa, a decisão do Cremerj, de proibir as doulas em salas de parto, é uma “defesa corporativa”. “As doulas ajudam as mulheres a optar pelo parto normal, o que os médicos não querem fazer porque demora muito e não é remunerado igualmente.”A médica sanitarista Tizuko Shiraiwa explica que as doulas usam métodos naturais para ajudar as mães, como a indicação de exercícios de respiração, a aplicação de óleo e a ajuda com posições confortáveis na hora do nascimento. “O que as doulas fazem é dar assistência física e emocional às mães. Está mais que provado cientificamente que [a presença delas] é benéfica para mulher. Não vejo em que [isso] pode ser ruim”, disse a médica, que foi coordenadora do Comitê de Mortalidade Materna do Estado do Rio por dez anos.

A Agência Brasil entrou em contato com o Cremerj, mas não conseguiu, durante todo o dia, entrevistar a médica indicada pela entidade. O telefone passado pelo Cremerj não atendeu. Segundo a entidade, só esta profissional poderia falar sobre o assunto.

O Ministério da Saúde esclareceu, em nota, que a participação de doulas nos partos é “decisão do gestor local" das unidades de saúde. Não há leis ou normas que resguardem a presença das profissionais nas salas e a Lei do Acompanhante dá direito apenas a uma pessoa na sala de parto.

A resolução do Cremerj que proíbe a presença de doulas e/ou parteiras em salas de partos havia sido derrubada na Justiça, antes de o conselho recorrer ao Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro e conseguir reverter a decisão. Caso os médicos sejam flagrados realizando parto na presença das doulas podem até perder o registro.

Outras experiências
Fora do Rio, no entanto, a presença de doulas é incentivada em maternidades. No interior de São Paulo, por exemplo, a contratação delas por um hospital privado reduziu o número de cesáreas, intervenção aconselhada apenas em caso de risco de morte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o parto normal é mais seguro e deve ser prioridade.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Hospital referência em câncer suspende atendimento no Rio

Foto: Divulgação
O atendimento de pacientes foi suspenso esta semana pelo Hospital Mário Kröeff, unidade de referência no tratamento de pacientes com câncer no Rio, denunciou hoje (5) o Conselho Regional de Medicina (Cremerj).
O hospital é uma unidade filantrópica e recebe repasses do município do Rio, que, segundo o Cremerj, não estão regularizados.

A situação denunciada pelo conselho pode levar à interrupção do tratamento de quimioterapia para centenas de pessoas, de acordo com o conselho, que informou hoje (5) ter recebido um ofício da direção do hospital explicando que faltam insumos e que os salários dos médicos estão atrasados.

O último repasse da prefeitura, segundo o conselho, teria regularizado apenas o pagamento das áreas administrativa e de enfermagem.

No comunicado do Cremerj sobre a situação, o vice-presidente do órgão, Nelson Nahon, criticou que o descaso das autoridades não pode prejudicar o tratamento dos pacientes e que a crise financeira não pode afetar a saúde, que deve ser considerada uma prioridade.

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que os valores devidos ao Hospital Mário Kröeff tiveram o repasse autorizado assim que o dinheiro foi depositado no Fundo Municipal de Saúde pelo governo federal, em 22 de dezembro. A unidade de saúde recebe conforme os serviços prestados e comprovados, e as últimas parcelas depositadas pelo município são referentes aos procedimentos realizados em outubro, segundo a secretaria.

Agência Brasil também procurou a direção do hospital, mas não conseguiu contato. Uma cópia do ofício recebido pelo Cremerj também foi enviado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Cremerj apura irregularidades na venda de plantões médicos e contratações online


O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) começou a apurar denúncias de venda de plantões médicos e contratações nas redes sociais e em grupos de WhatsApp. Nesses espaços, médicos e gestores de unidades de saúde anunciam vagas de empregos, além de vendas e trocas de plantões.

Foi aberta sindicância para investigar possíveis irregularidades quanto ao regime de contratação de médicos em hospitais e unidades das redes públicas estadual, municipal e federal.

O presidente do Cremerj, Pablo Vazquez Queimadelos, disse que se ficar constatado que houve inadequação ou irregularidade, os administradores dos grupos vão responder ao conselho.

“Como saber se aquele médico está adequado para o serviço? Um psiquiatra não estará adequado para o tratamento de emergência clínica. E essa fragilização das contratações tem a ver com o processo de terceirização”, disse.

Profissionais de saúde vendem plantões em rede social


 A Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon,  onde médicos venderam plantões pela internet: prática é condenada por entidades e órgãos públicos. Marcelo Carnaval / Agência O Globo

RIO — “Plantão UPA Campo Grande 1 West Shopping. Hj à noite clínica médica. Valor 1.160,00”. A mensagem, divulgada na terça-feira no “Plantões WhatsApp”, grupo com 11.185 membros no Facebook, expressa uma tendência que cresce na classe médica: o uso das redes sociais como espécie de feirão de plantões em hospitais das redes pública e privada, especialmente nos fins de semana e em unidades do Rio e da Baixada Fluminense. Outro recado, em 11 de setembro no mesmo grupo, convoca interessados em cobrir um plantão de 24 horas, no dia seguinte, no Hospital Municipal Pedro II (em Santa Cruz), para ajudar na rotina de visitas a 14 pacientes e, cumprida a tarefa, “atender somente intercorrências”. Valor oferecido: R$ 2 mil.

No feirão de plantões, os interessados não precisam conhecer as rotinas da unidade, a equipe, o ambiente e, principalmente, a situação dos pacientes. A convocação também não está condicionada à especialidade. Nem sequer exige provas de que o candidato é realmente médico. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Mobilização dos médicos residentes paralisa os serviços em todo o país


Foto: Movimento de paralisação 

Cerca de 30 mil médicos residentes do Sistema Único de Saúde (SUS) paralisaram os seus serviços em todo o Brasil, nesta quinta-feira (24). Parte desses profissionais fez concentração em frente ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), em Brasília. O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SINMED/RJ) acompanhou e apoiou o movimento.

Durante esta quinta-feira (24), o diretor do SINMED/RJ e diretor da FENAM, José Alexandre Romano, participou da reunião da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), buscando negociar o aumento da representação das entidades médicas na composição da Comissão e garantia do fim da Câmara Recursal, que atua dentro da CNRM, que é uma das reivindicações da categoria.

“Após quase 40 anos, conseguimos, através da intervenção da FENAM, apoiar a proposta dos médicos residentes de fazer a paralisação. Até o dia de hoje, as plenárias da comissão eram fechadas. Hoje foi um dia histórico,. Rompemos essa barreira”, declarou Romano.

No Rio de Janeiro, cerca de 800 médicos participaram de uma concentração em frente à sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ) e depois seguiram até o Palácio Guanabara. O diretor do SINMED/RJ, Norival dos Santos, participou da manifestação. “Foi uma mobilização muito grande. A primeira de muitas”, elogiou. Os médicos residentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) também realizaram manifestação em frente ao hospital.

O movimento é organizado pela Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR). O efetivo mínimo para atendimentos de urgência e emergência de 30% está sendo mantido. A retomada dos demais atendimentos está programada para esta sexta-feira (25).

O diretor da Associação de Médicos Residentes do estado do Rio de Janeiro (Amererj), João Felipe Zanconato, alertou para a importância de mobilizações no âmbito nacional. “O movimento nacional dos médicos já conseguiu derrubar o decreto presidencial que cria o Cadastro Nacional de Especialistas. Agora, aguardamos uma resposta positiva para as nossas reivindicações”, disse Zanconato.

Outras reivindicações dos médicos residentes são: a fiscalização imediata de todos os programas de Residência Médica antes da abertura de novas vagas; plano de carreira e de valorização para os preceptores; plano de carreira nacional para médicos do SUS; o fim imediato da carência de dez meses (INSS) e isonomia da bolsa de Residência Médica com a bolsa do programa Mais Médicos.

Fonte: Sinmed/RJ - 25/09/2015

quinta-feira, 5 de março de 2015

PABLO VAZQUEZ ASSUME PRESIDÊNCIA DO CREMERJ



A nova diretoria do CREMERJ tomou posse nessa segunda-feira, 2, durante solenidade realizada na sede da entidade. Sidnei Ferreira passou a presidência para Pablo Vazquez, que ficará no cargo até 2017. 

Na ocasião, Sidnei Ferreira agradeceu a confiança dos colegas e falou com emoção sobre a luta pelo movimento médico.
“Foi um grande desafio, mas foi com muita satisfação e respeito que representei a nossa categoria de outubro de 2013 até o dia de hoje. Lutamos incessantemente pela causa do médico e por uma saúde de qualidade para a população. Continuamos sem um plano nacional para a saúde, o que é grave, e sabemos que ainda há muitos problemas, por isso vamos persistir. Desejo uma boa gestão ao novo presidente e à nova diretoria”, disse o conselheiro Sidnei Ferreira, que também é diretor do Conselho Federal de Medicina (CFM).
No seu primeiro discurso como presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez destacou a gestão de Sidnei Ferreira e dos presidentes anteriores devido à dedicação de cada um. Vazquez também agradeceu a confiança dos colegas e ressaltou a satisfação em poder representar a categoria médica e lutar por seus ideais.
“A nova diretoria e eu, assim como todo o CREMERJ, nos empenharemos ao máximo na luta pela democracia no Brasil, por um SUS de qualidade para toda a população, pela saúde suplementar, também com qualidade na assistência e respeito ao trabalho médico, pelo aperfeiçoamento do ensino e da especialização médica com o fortalecimento e ampliação da residência médica. Vivemos hoje uma grave crise econômica e política a nível mundial. Sabemos que a luta é grande, mas não deixaremos de fazer a nossa parte”, afirmou o presidente do Conselho, que fez um agradecimento especial à sua família.
Após a apresentação dos novos diretores, a presidência aprovou, em plenária, assuntos relacionados ao regimento interno do Conselho.
Na sequência, Pablo Vazquez, a nova diretoria e todo o corpo de conselheiros seguiram para o restaurante Scotton, onde comemoraram a posse. O evento, que teve apresentação de música ao vivo, contou com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, diretores de hospitais e representantes de sociedades de especialidade e de entidades médicas, entre outros.
Conheça os membros da nova diretoria (gestão 2015/2017):
Presidente: Pablo Vazquez Queimadelos
Primeira Vice-Presidente: Ana Maria Correia Cabral
Segundo Vice-Presidente: Nelson Nahon
Diretor Secretário Geral: Serafim Ferreira Borges
Diretora Primeira Secretária: Marília de Abreu Silva
Diretor Segundo Secretário: Gil Simões Batista
Diretora Tesoureira: Erika Monteiro Reis
Diretor Primeiro Tesoureiro: Carlos Enaldo de Araujo Pacheco
Diretora de Sede e Representações: Ilza Boeira Fellows
Corregedor: Renato Brito de Alencastro Graça
Vice-corregedor: José Ramon Varela Blanco
Abaixo, a lista completa dos conselheiros da gestão 2013/2018:
Abdu Kexfe
Alexandre Pinto Cardoso
Alkamir Issa
Aloísio Tibiriçá Miranda
Ana Maria Correia Cabral
Armando de Oliveira e Silva
Armindo Fernando Mendes Correia da Costa
Carlos Cleverson Lopes Pereira
Carlos Enaldo de Araújo Pacheco
Carlos Eugênio Monteiro de Barros
Celso Nardin de Barros (indicado Somerj)
Edgard Alves Costa
Erika Monteiro Reis
Felipe Carvalho Victer
Fernando Sérgio de Melo Portinho
Gil Simões Batista
Gilberto dos Passos
Guilherme Eurico Bastos da Cunha
Ilza Boeira Fellows
Joé Gonçalves Sestello
Jorge Wanderley Gabrich
José Marcos Barroso Pillar
José Ramon Varela Blanco (indicado Somerj)
Kássie Regina Neves Cargnin
Luiz Antônio de Almeida Campos
Luís Fernando Soares Moraes
Makhoul Moussallem
Márcia Rosa de Araujo
Marcos Botelho da Fonseca Lima
Marília de Abreu Silva
Nelson Nahon
Olavo Guilherme Marassi Filho
Pablo Vazquez Queimadelos
Paulo Cesar Geraldes
Renato Brito de Alencastro Graça
Ricardo Pinheiro dos Santos Bastos
Rossi Murilo da Silva
Serafim Ferreira Borges
Sergio Albieri
Sergio Pinho Costa Fernandes
Sidnei Ferreira
Vera Lucia Mota da Fonseca

Foto: Cremerj

Fonte: Portal Cremerj

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

RJ: médicos do Hospital Federal de Bonsucesso paralisam atividades


Foto: Claudionor Santana 

Os médicos federais, com o apoio do SINMED-RJ, da FENAM e do CREMERJ, vão organizar uma agenda de paralisações temporárias em todas as unidades federais de saúde do Rio de Janeiro. A primeira instituição a receber o movimento será o Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). No próximo dia 08 (segunda-feira), a partir das 10 horas, os médicos irão paralisar as atividades, por algumas horas, para denunciar à população as deficiências do hospital e a defasagem salarial de R$1.300,00 nos seus vencimentos mensais.
 
 
Você, médico federal, teve um prejuízo de mais de R$ 30 mil nos últimos dois anos. Sabia? A decisão da organização de uma agenda de atividades foi aprovada durante a Assembleia Geral dos Médicos Federais, realizada no auditório do CREMERJ, no último dia 03. O HFB está mobilizado e empenhado nesta luta! Participe para reivindicar os seus direitos!
 
 
As perdas dos médicos do Ministério da Saúde se acumularam em consequência do reajuste de 35 % nas gratificações do serviço público federal - exceto para os médicos – o que fez com que a categoria do governo federal passasse a ter o menor salário. 
 
 
Para o corpo clínico da instituição, não é possível recuperar o hospital, que passa por problemas estruturais e de gestão, com tamanha dívida do governo com os médicos federais.

Fonte: Sinmed/RJ - 08/12/2014