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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Parceria garante manutenção do Centro de Controle de Envenenamento no Hospital de Clínicas

587A Secretaria Estadual da Saúde e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) formalizaram nesta quarta-feira (24) uma parceria para garantir que a estrutura do Centro de Controle de Envenenamento (CCE) continue ocupando uma ala do Hospital de Clínicas, em Curitiba. O serviço funciona desde o ano 2000 no local, mas não havia nenhum documento que oficializasse a cessão do espaço.

Com a assinatura do termo de cooperação, ambas as instituições pretendem atuar em conjunto para fortalecer as ações do centro, trazendo ainda mais benefícios à população e também à comunidade acadêmica. Criado em 1981, o CCE de Curitiba foi o quarto do país a ser implantando com a intenção de oferecer consultoria técnica, via central telefônica, sobre casos de envenenamentos, seja por intoxicações ou acidentes com animais peçonhentos.

De acordo com o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz, a formalização da parceria com a UFPR trata-se de um momento histórico, fruto de uma luta de 15 anos. “Antes de funcionar aqui, o CCE de Curitiba já havia passado por outros quatro locais e sempre de forma improvisada e temporária. Com a definição desta sede própria, daremos melhores condições para que os profissionais que atuam aqui 5continuem ajudando a salvar vidas todos os dias”, afirmou.

Somente no ano passado, o CCE da capital realizou cerca de 7 mil atendimentos. A maioria diz respeito à ingestão, contato ou inalação de substâncias tóxicas e biológicas, como medicamentos, produtos de uso domiciliar, raticidas, álcool e outras drogas. 

De janeiro até agora, já são 2,5 mil ligações atendidas. Também estão incluídos aquelas demandas sobre como proceder em caso de acidente com animais peçonhentos, como aranhas-marrom e outras espécies, cobras e serpentes, lagartas, escorpiões e abelhas.

Segundo o chefe da Divisão Médica do Hospital de Clínicas, Edison Matos Novak, a incorporação do CCE na estrutura da universidade facilita que o conteúdo de envenenamentos seja colocado em pauta nas salas de aula do curso de Medicina. Além disso, será possível agora integrar os serviços do CCE com o Telessaúde, que presta consultoria semelhante a profissionais de saúde. 

“Agregando tecnologia e melhorando a formação dos nossos alunos, caminhamos para a construção de um sistema público de saúde mais qualificado. Quem ganha com isso é a população que busca o SUS”, destacou Novak.

Atualmente, o Centro de Controle de Envenenamentos da capital trabalha com uma equipe de plantão preparada para esclarecer as dúvidas de profissionais de saúde e cidadãos. São três médicos, uma enfermeira, um auxiliar administrativo e mais 14 acadêmicos de medicina que se revezam no atendimento das ligações.

“Trabalhamos 24 horas por dia, à disposição de quem precisar. O serviço pode ser acessado gratuitamente através do telefone 0800-410-148. Nosso objetivo é contribuir para que as vítimas de envenenamentos sejam atendidas da melhor forma, reduzindo o risco de mortes ou sequelas por conta de acidentes”, ressaltou o coordenador do CCE Curitiba, Daniel Siqueira.

5Além da capital, há serviços semelhantes mantidos pela Secretaria Estadual da Saúde em Londrina (CIT: 43 3371 2244), Maringá (CCI: 44 2101 9100) e Cascavel (CEATOX – 0800 645 1148), com o apoio dos hospitais universitários do Estado.

Também participaram da solenidade de assinatura a superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas; a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte; a chefe da Divisão de Zoonoses e Intoxicações, Tânia Portella; a médica do CCE, Marlene Entres; a bióloga da Sesa, Gisélia Rúbio; e demais autoridades da Universidade Federal do Paraná.

Veja outras dicas sobre intoxicações e envenenamentos: 

- Não compre produtos clandestinos. Dê preferência a produtos legalizados (com registro na Anvisa) 

- Leia o rótulo dos produtos e siga as instruções de uso 

- Armazene-os em local adequado, fora do alcance de crianças 

- Fique atento aos prazos de validade 

- Em caso de intoxicação, procure atendimento médico imediatamente, levando consigo a embalagem do produto (e a bula, se for o caso).

Fonte: SESA/PR