Mostrando postagens com marcador Federação Brasileira de Hospitais (FBH). Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Federação Brasileira de Hospitais (FBH). Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Agência Senado conquista prêmio de jornalismo da Federação Brasileira de Hospitais


A reportagem multimídia “Toda loucura será protegida?”, dos jornalistas Larissa Bortoni e Tadeu Sposito e do cineasta Adriano Kakazu, da Agência Senado, foi a vencedora na categoria internet do Prêmio Synapsis, oferecido pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH). O resultado foi divulgado no último dia 30.
O objetivo da matéria foi mostrar a situação dos cuidados com as pessoas com transtorno mental 13 anos depois da publicação da Lei Antimanicomial (Lei 10.216/2001). Entre outras mudanças, a lei limita a internação aos casos em que o tratamento fora do hospital se mostrar ineficaz.
Na reportagem, os profissionais da área de saúde mental reconhecem os avanços da nova legislação, mas a constatação é de que ainda há um longo caminho a percorrer para assegurar tratamento de qualidade aos pacientes.
A Lei Antimanicomial prevê que, fora dos episódios de surto, as pessoas com doenças mentais devem ser acolhidas nos centros de atenção psicossocial, locais de prestação de serviços não apenas médicos, mas psicológicos e de assistência social, para facilitar a reintegração à sociedade.
Em setembro de 2014, segundo o Ministério da Saúde, havia 2.155 centros instalados no país. As residências terapêuticas, destinadas a abrigar os doentes mentais, totalizavam 274 e simplesmente não existiam em algumas regiões, como o Distrito Federal.

Sofrimento

O grande desafio para os autores da reportagem especial foi ouvir as pessoas com transtorno psiquiátrico. Eles tiveram de vencer os próprios preconceitos e encontrar o tom certo para conversar com os pacientes.
Uma conversa foi especialmente emocionante. A entrevistada era Ana Rosa, que se descrevia como "doida de pedra" e rejeitada pelos vizinhos e filhos. Ela sofria com a saudade e com as ofensas, mas o que mais perturbava a mulher é uma voz que teimava em dar conselhos cruéis. Mais de uma vez a voz mandou que Ana Rosa se suicidasse — e ela tentou.
— Antes de conversar com Ana Rosa, já havíamos entrevistado três outros pacientes. Estávamos cansados. Era o final de tarde de uma sexta-feira. A história dessa mulher é tão triste e me emocionou tanto que tive que me recolher durante todo o fim de semana. Mas, apesar do sofrimento dela, eu percebi a vontade que Ana Rosa tinha de ficar boa e ser novamente aceita pelo mundo — lembra Larissa Bortoni.
Além de entrevistas no Distrito Federal, a equipe se deslocou para conhecer uma das residências terapêuticas que funcionam em Goiânia, capital de Goiás. Para dar voz a todos os personagens, a reportagem “Toda loucura será protegida?” reuniu vídeo, áudio e textos, com uso de recursos inovadores para permitir um mergulho mais profundo no mundo desses cidadãos. Versões do especial foram veiculadas pela Rádio Senado e pelo Jornal do Senado.
A entrega do Prêmio Synapsis será no próximo dia 10 em Brasília.
Clique aqui para conferir o especial.
Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 18 de março de 2015

FENAM estreita laços com a Federação Brasileira de Hospitais


Foto: Valéria Amaral 

A defesa intransigente dos direitos da população. Esse foi o objetivo da reunião nesta quarta-feira (18), em Brasília,  que estreitou os laços da Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e da Federação Brasileira de Hospitais (FBH).
 
De acordo com o presidente da FENAM, Geraldo Ferreira, a ideia é criar uma aliança conjunta em defesa dos direitos humanos da população. “A luta isolada dos médicos ou dos hospitais pode não surtir o mesmo efeito do que uma luta conjunta das entidades. O objetivo da nossa visita é buscar uma defesa intransigente dos direitos da população”, explicou.
 
Para o assessor da FBH, Roberto Velasco, a entidade está preocupada com a política de fechamento de vários hospitais e leitos, principalmente por problemas econômicos. “Nós temos muitas dificuldades de internação e, hoje em dia, em cidades grandes como o Rio de Janeiro, é quase impossível você conseguir internar um paciente pelo plano de saúde pela absoluta falta de leitos”, alertou.
 
As duas federações acertaram a realização de uma agenda positiva em conjunto para discussão dos problemas da área hospitalar e dos médicos, na tentativa de conciliar um documento único, mais efetivo, para posteriormente entregar ao governo, as operadoras de saúde e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), contendo propostas para melhorias na área médica, hospitalar e no atendimento à população.
 
Para o diretor de Comunicação da FENAM, Jorge Darze, a aproximação com a área hospitalar é importante tanto para os médicos, tanto para os hospitais, pois ambos são prestadores de serviços. “Nós ficamos muito satisfeitos que a FBH buscou esse contato. Eu acho que a FENAM daqui para frente deverá fortalecer essa unidade das entidades na perspectiva de que possa trazer futuramente resultados favoráveis. É uma obrigação mantermos um diálogo permanente”, enfatizou.

Fonte: Valéria Amaral - 18/03/2015