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quinta-feira, 3 de março de 2016

Lacen-PR já processou mais de 2,6 mil exames para diagnóstico de dengue, zika e chikungunya



hkg


Desde que adotou a nova metodologia para a confirmação de casos de dengue, zika e chikungunya, o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR) já processou 2.612 amostras e reduziu de dois meses para uma semana o tempo médio para a liberação dos resultados de diagnóstico e isolamento viral. O custo para a realização das análises também caiu em 75%, pois todo o processo agora é feito pela própria unidade do Governo do Estado.

A redução do prazo e a economia se deram por conta da implantação do Multiplex, uma tecnologia pioneira desenvolvida por cientistas do Lacen-PR. O exame permite a testagem simultânea para dengue, zika e chikungunya em uma mesma amostra, agilizando a confirmação do caso.

Segundo a diretora do Lacen-PR, Célia Fagundes, a mudança também ampliou significativamente a capacidade de resposta à demanda por exames. “Passamos de 60 para até 1.400 testes semanais. Isso fez com que garantíssemos um diagnóstico mais rápido, sobretudo para zika e chikungunya, que antes eram realizados por outros laboratórios de referência”, disse ela.

Do volume de exames realizados em um mês, 920 tiveram resultado positivo para dengue, zika ou chikungunya e 1.712 negativo. A taxa de confirmação chega a 35%.

De acordo com a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, a agilidade na confirmação dessas doenças é essencial para que as autoridades de saúde façam ações de bloqueio de casos. “Com isso, é possível traçar um raio de ação em torno da residência do doente e desenvolver um trabalho efetivo para evitar que a doença se espalhe por uma determinada localidade”, explicou.

NÚMEROS – Em todo o Paraná, já são 8.728 casos de dengue registrados. As cidades que concentram a maior parte dos casos são Paranaguá (2.012), Londrina (1.324) e Foz do Iguaçu (1.075). 

Nesta semana, mais duas mortes pela doença foram confirmadas pela Secretaria Estadual da saúde. Trata-se de pacientes moradores de Paranaguá e Foz do Iguaçu, que morreram nos dias 18 e 9 de fevereiro, respectivamente. Com isso, sobe para 13 o número de mortes pela doença desde agosto de 2015.

No Paraná, estão em epidemia de dengue: Rancho Alegre, Munhoz de Mello, Paranaguá, Mamborê, Santa Terezinha de Itaipu, Assaí, Santo Antônio do Paraíso, Cambará, Tapira, Serranópolis do Iguaçu, Itambaracá, Santa Isabel do Ivaí, Nova Aliança do Ivaí, Jataizinho, Santa Helena, Foz do Iguaçu, Guaraci e Medianeira.

O boletim divulgado nesta terça-feira (1º) também atualiza os dados sobre a situação da zika no Paraná. Até o momento, são 93 casos confirmados em diversas regiões do Estado, o que reforça a importância da população ficar atenta e eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Quanto à febre chikungunya, o relatório informa a ocorrência de 26 casos, 12 a mais do que na semana passada.

Fonte: SESA/PR

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tecnologia pioneira do Paraná possibilita teste simultâneo de dengue, zika e chikungunya


saO Governo do Paraná apresentou nesta sexta-feira (5) a nova tecnologia utilizada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-Pr) para o diagnóstico simultâneo de dengue, zika e chikungunya. Pioneiro no país, o Teste para Diagnóstico Molecular de Arboviroses Metodologia Multiplex, em uso desde o dia 3 de fevereiro, amplia a capacidade de análise do Lacen de 60 para 1400 exames semanais.

“A possibilidade de detectar simultaneamente os três vírus é uma iniciativa pioneira no Brasil e só foi possível devido ao investimento contínuo do Governo do Paraná em tecnologia e ampliação do Parque Tecnológico do Laboratório Central do Estado” disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. Ele ressaltou o compromisso da equipe de profissionais do Lacen em aplicar seus conhecimentos para qualificar o trabalho desenvolvimento.

O Parque Tecnológico de Biologia Molecular do Lacen-Pr recebeu mais de R$ 1 milhão em investimentos do Governo do Estado. Para o desenvolvimento da nova tecnologia apresentada hoje foram aplicados cerca de R$ 500 mil em equipamentos de pipetagem, extração e amplificação.

saSegundo a coordenadora da equipe de Arbovirologia Molecular do Lacen, Irina Riediger, esse teste se baseia no protocolo desenvolvido e validado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC – Atlanta – EUA), que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

“A metodologia Multiplex para diagnóstico simultâneo, desenvolvida no Lacen-Pr já era usada para identificação dos vírus respiratórios em circulação no Paraná. Num momento em que o Estado enfrenta epidemia de dengue e com o surgimento de novos vírus em circulação adotamos o mesmo processo para as arboviroses (doenças virais transmitidas por insetos) e ganhamos em agilidade, redução de custos e processividade”, explica Irina.

PROCESSO – Anteriormente as análises se baseavam na pesquisa direta do vírus, sendo necessário cultivá-los no laboratório para permitir sua identificação, o que levava até 40 dias, sendo que somente os laboratórios de referência nacional faziam os testes moleculares para chikungunya e zika. A partir de agora o Lacen-Pr tem condições de analisar todas as amostras enviadas para as três doenças simultaneamente.

saA superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide Oliveira, explica que o período de 40 dias era necessário para a identificação de qual o sorotipo de dengue em circulação na região onde houve a infecção, mas a confirmação de diagnóstico de dengue já era feito em no máximo uma semana.

“Para as equipes de epidemiologia é necessário saber qual o sorotipo de dengue e se há outros vírus em circulação. Com a resposta laboratorial mais rápida, a equipe de saúde pode aplicar o tratamento adequado ao paciente e desencadear bloqueio ao mosquito transmissor na região onde foi detectado o caso, eliminando criadouros para interromper a cadeia de transmissão”, diz Cleide.

Fonte: SESA/PR