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segunda-feira, 14 de março de 2016

Consumo de drogas mata 200 mil pessoas por ano, diz ONU

Governo de São Paulo inicia ações para a internação involuntária de usuários de crack
Foto: Arquivo/ Agência Brasil

Quase 200 mil pessoas morrem anualmente devido ao consumo de narcóticos ilegais, entre sobredoses e outros problemas associados, afirmou hoje, em Viena, o diretor executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, sigla inglês), Yuri Fedotov.

Yuri Fedotov discursou na abertura de uma reunião da Comissão de Estupefacientes das Nações Unidas (CEONU), iniciada hoje na capital austríaca, que conta com a presença de ministros e de altos responsáveis de 53 países. Participaram também instituições e organismos internacionais, com vistas a consensualizar posições para a próxima sessão especial sobre drogas da Assembleia Geral da ONU, de 19 a 21 de abril.

Segundo Fedotov, atualmente existem 27 milhões de toxicodependentes com problemas graves de saúde, em que 12 milhões deles utilizam drogas injetáveis, como a heroína.

O diplomata russo sublinhou que o tráfico de drogas e as enormes receitas que gera constituem um "grande problema" em várias regiões do mundo, entre elas a América Central.

"As crescentes ligações entre os grupos do crime organizado e a violência extremista e terrorista se beneficiam do tráfico de drogas", lembrou Fedotov, que lamentou que os programas de prevenção, tratamento e reabilitação de consumidores "continuem escassos em muitos países".

Apelando aos vários países para que apliquem medidas baseadas no respeito pelos direitos humanos, com base em programas de prevenção e de reinserção social, Fedotov afikrmou que há alternativas à detenção por delitos menores, como a posse de droga para consumo pessoal.

Com essas medidas, disse, evita-se que os indivíduos vulneráveis na prisão possam ser recrutados por criminosos ou mesmo por terroristas.

Fedotov destacou também que a aplicação da pena de morte por delitos relacionados com drogas "não está nem na letra nem no espírito das convenções internacionais".

Numerosas organizações não governamentais mostraram-se críticas ao atual enfoque internacional no combate ao tráfico de drogas e têm defendido uma revisão na próxima reunião da Assembleia Geral da ONU, em abril, a primeira em quase duas décadas.

Segundo um relatório recente da ONG Harm Reduction International, com sede em Londres, anualmente, em todo o mundo, são investidos 100 mil milhões de dólares (cerca de 89.670 milhões de euros) no combate repressivo às drogas, quando 83% dos delitos relacionados com estupefacientes são apenas a posse de pequenas quantidades para consumo próprio.

Apesar dos esforços internacionais, o número de consumidores aumentou quase 20%, passando de 206 milhões em 2006 para 246 milhões em 2013, indica a ONG britânica, citando dados das próprias Nações Unidas.


Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 26 de junho de 2015

ONU: mais de 187 mil morreram por causa das drogas em 2013


Em 2013, 187,1 mil pessoas morreram em todo o mundo devido ao consumo de drogas, um número semelhante a anos anteriores, segundo dados revelados hoje (26) pelo Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC).

No seu relatório anual sobre as Drogas no Mundo, a ONU estima que 246 milhões de pessoas de 15 a 64 anos consumiram entorpecentes ilegais, o que representa um em cada 20 adultos em nível mundial.

“Um número inaceitável de consumidores de drogas em todo o mundo continua a morrer prematuramente, com uma estimativa de 187.100 mortes relacionadas com as drogas em 2013”, indicou no relatório o diretor-geral do UNODC, Yuri Fedotov.

Por regiões, a Ásia registou 81,1 mil mortes, a América do Norte, 43,3 mil, África, 37,8 mil, Europa, 16,9 mil, América Latina e Caribe, 6 mil e Oceania, 2 mil mortes. Segundo a ONU, o número total de mortes é praticamente o mesmo dos anos anteriores e “o consumo de drogas ilícitas permaneceu estável”.

O relatório indica que um em cada 10 consumidores tem problemas sérios de dependência. Destes 27 milhões de “consumidores problemáticos”, perto de metade (12,19 milhões) usam substâncias injetáveis, calculando-se que 1,65 milhão dos quais estavam infetados com o vírus HIV em 2013.

A droga que causa mais problemas de saúde e mortes é o ópio, “o que se pode atribuir à relação que existe entre os consumos de opiáceos e o de drogas injetáveis, o HIV, a Aids e as mortes por overdose”, assinala o relatório. Os consumidores de drogas injetáveis, como a heroína, têm uma taxa de mortalidade 15 vezes superior à dos outros indivíduos da mesma idade e sexo que não as usam.



A ONU denuncia que apenas um em cada seis toxicodependentes com problemas graves de dependência tem acesso a programas de tratamento, adiantando Fedotov que “as mulheres em particular parecem enfrentar barreiras ao tratamento”.

A cannabis sativa (maconha) é a droga mais consumida no mundo, cerca de 182 milhões de pessoas, seguida dos entorpecentes sintéticos, incluindo as anfetaminas e o Ecstasy, com 52,7 milhões. Os derivados do ópio são consumidos por 48,9 milhões de pessoas e a cocaína por 17 milhões.

O relatório sobre as Drogas no Mundo indica que o cultivo mundial da papoila (popoula), a planta da qual se extrai o ópio, alcançou o seu nível mais alto desde finais da década de 1930, devido a máximos históricos no Afeganistão, o primeiro produtor do planeta.

Dos perto de 311 mil hectares de papoila cultivados em todo o mundo em 2014, 224 mil estavam no Afeganistão, onde a superfície cultivada aumentou 7%. O Afeganistão foi responsável pela produção de 85% do ópio em nível mundial em 2014 (mais 17% que no ano anterior) e por 78% da heroína.

Ao contrário, o cultivo da folha de coca situou-se em 2013 no seu nível mais baixo desde que começaram a recolher-se dados em 1990, indica o relatório que analisa as tendências na produção e consumo de substâncias ilegais.

Em 2013 cultivaram-se 120,8 mil hectares de folha de coca no mundo, cerca de 10% menos que no ano anterior, utilizadas para fabricar 902 toneladas de cocaína pura. A superfície cultivada diminuiu 18% no Peru e 9% na Bolívia e foram apreendidas 687 toneladas de cocaína em todo o mundo, quase um terço delas (226 toneladas) na Colômbia.


Fonte: Agência Brasil