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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Evento no Senado discute a influência dos traumas sobre os genes humanos

As experiências vividas pela mãe durante a gravidez influenciam o comportamento dos genes da criança, atuando tanto no aparecimento de características de personalidade como no desenvolvimento de doenças. Do mesmo modo, o que ocorre na primeira infância também tem grandes consequências para a forma com que os genes vão se comportar durante toda a vida.
Por isso, o tema da 8ª Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz, que o Senado realiza de 20 a 22 de outubro, no Auditório Petrônio Portela, será A Epigenética e o Desenvolvimento Infantil. A epigenética se dedica a pesquisar variações celulares e fisiológicas causadas por fatores externos e ambientais, que afetam o modo como os genes são lidos pelo organismo.
Gratuita e aberta ao público — basta inscrever-se no site do evento —, a Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz deste ano aborda subtemas como o impacto da saúde física e mental da futura mãe no desenvolvimento do bebê; o estresse perinatal influenciando no desenvolvimento neuropsicológico da criança; a situação da criança que vive em instituição de acolhimento; e as relações entre genética, meio ambiente e cultura. Há ênfase nas atividades lúdicas como a música, a literatura e a interpretação de histórias, atividades que influenciam nessa dinâmica.
O Marco Legal da Primeira Infância, que tramita no Congresso, também será debatido. O senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou a iniciativa e informou ter sido convidado para apresentar o Painel I, que tratará da legislação sobre a Primeira Infância e as Políticas Públicas, na terça-feira (20), às 14h.

Marcas

O termo epigenética foi cunhado por Conrad Waddington em 1942, com base na percepção de que “a experiência de um organismo pode ter influência na expressão dos genes, modificando-a”. Para a epigenética, esse processo se dá em cadeia, e essas mudanças na leitura do DNA podem ser transmitidas para a próxima geração.
As mudanças epigenéticas acontecem durante toda a vida, mas as pesquisas apontam a importância da atenção à primeira infância (que vai até os seis anos).
Entre muitas afirmações tidas como incontestáveis no meio científico, está a de que as mudanças epigenéticas ocorrem desde a fase intrauterina, passando pelo desenvolvimento do recém-nascido, primeira infância, puberdade e na terceira idade. Envolvem modificações moleculares do DNA.

Público alvo

A Semana tem como principal público-alvo pedagogos, educadores, profissionais da saúde, psicólogos, legisladores, representantes dos Poderes Executivo e Judiciário, gestores públicos e privados nas áreas de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, professores e estudantes universitários, profissionais de imprensa, membros de organizações não-governamentais e outras instituições da sociedade civil.
Entre os palestrantes, estão os franceses Françoise Molenat, psiquiatra; Gilles Cambonie, pediatra e neonatologista; e Jaqueline Wendland, psicóloga. Entre os brasileiros, destacam-se a neurocientista Fabíola Zucchi, de Brasília; a psicóloga Maria Regina Maluf, de São Paulo; e a professora Paula Pecker, do projeto Musica per Bambini, de Porto Alegre.
O evento é realizado em parceria com a Universidade de Paris Descartes, a Embaixada da França e a a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
Nesta edição, as comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE); Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH); e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado realizam, na quarta-feira (21), audiência pública interativa para tratar de aspectos que influenciam a epigenética no período da gestação e nos primeiros anos de vida.
Fonte: Agência Senado

terça-feira, 30 de junho de 2015

Congresso Brasileiro de Patologia discute paradigmas da especialidade em São Paulo



Evento trará convidados internacionais


O Congresso Brasileiro de Patologia, promovido pela Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), chega a sua 30ª edição trazendo a vanguarda da especialidade para discutir o tema Patologia: Novos Paradigmas para o Avanço da Medicina. O evento será realizado em São Paulo entre 29 de outubro e 1º de novembro, sob a organização da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP). As inscrições podem ser realizadas com preços promocionais até 30 de junho, pelo site: congressodepatologia.org.br.

“Um dos principais eixos presentes nas mesas, seminários e trabalhos apresentados será a medicina especializada, na qual a anatomia patológica atua de forma decisiva na condução diagnóstica e prognóstica dos pacientes”, explica a presidente do Congresso, Sueli Aparecida Maeda Pereira.

O evento também contemplará aspectos referentes à prática diária em anatomopatologia, nos campos da dermatopatologia, patologia mamária, uropatologia e patologia ocular, entre outras.

A gestão laboratorial e o ensino da patologia também serão alvo de discussões no encontro. Segundo Sueli, a reunião de profissionais no Congresso Brasileiro de Patologia propiciará oportunidade para estabelecer novas políticas de ensino, por meio da proposição de mudanças curriculares, voltadas para o incentivo na formação de mais patologistas no Brasil, “especialidade que apresenta déficit de novos profissionais”.

Sobre as participações internacionais, estarão presentes profissionais e pesquisadores que atuam em países como Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, França, Portugal, Alemanha, Itália, Uruguai e Argentina.


Congresso Brasileiro Patologia

Organização: Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)

Data: 29 de outubro a 1º de novembro de 2015

Local: Centro de Convenções Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569, Consolação. São Paulo/SP

Programação e mais informações: congressodepatologia.org.br


Sobre a SBP - Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na defesa da atuação profissional dos patologistas, oferecendo oportunidades de atualização e encontros para o desenvolvimento da especialidade. Desde sua instituição, a SBP tem realizado cursos, congressos e eventos com o objetivo de elevar o nível de qualificação desses profissionais. A entidade ainda é responsável por realizar todo ano a prova para obtenção do título de especialista em patologia.


Informações: SBP


Fonte: Portal CFM

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Na Paraíba, CFM discute realização de perícias médicas com o TRT



Os presidentes do CFM e do CRM-PB discutiram com o presidente do TRT-PB a realização de perícias médicas por fisioterapeutas
Os presidentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, e do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), João Medeiros Filho, se reuniram com o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT-PB), desembargador Ubiratan Delgado, no dia 2 de fevereiro para discutir sobre a realização de perícias médicas por fisioterapeutas na justiça trabalhista. Na ocasião, o desembargador apontou dificuldades existentes para contratação de peritos e para realização desses procedimentos.
A Lei do Ato Médico (nº 12.842/2013) determina que a verificação e a constatação de incapacidade laboral devem ser feitas, obrigatoriamente, por profissional da área da médica. O profissional fisioterapeuta não detém formação técnica para emitir o diagnóstico de doenças, atestados ou para realização de perícia médica.
Carlos Vital destacou, durante o encontro, que o CFM visitará os TRTs de todos os Estados a fim de formar parcerias e assumir o ônus público da realização destas perícias. “Esse é um ato privativo do médico e temos condições de assumir esta responsabilidade. O CFM tem a missão de viabilizar a perícia feita por médicos. Estamos à disposição dos Conselhos Regionais”, destacou o presidente do CFM, acrescentando que a Paraíba foi o primeiro Estado a ser visitado e que este trabalho seguirá pelo País.

O magistrado Ubiratan Delgado ressaltou a importância de estabelecer este diálogo e a necessidade de se trabalhar em conjunto com o Conselho de Medicina. “Vamos estreitar o nosso canal e analisar o que pode ser feito”, disse o presidente do TRT. Ele disse também que conversará com juízes, pois são os que têm contato direto com os peritos da justiça do trabalho.

O médico perito, ortopedista e membro da Câmara Técnica de Perícia Médica do CFM, Ricardo Ramos Chrcanovic, também participou da reunião e ressaltou que há um rol de peritos médicos credenciados e habilitados, dispostos e aptos a realizar este trabalho. “Temos contingente. É preciso apenas organizar a demanda e estreitar a relação com o TRT”, completou.

Legislação - A Lei n.º 12.842/2013 define, em seu artigo 5º, que a realização de perícia médica é atividade privativa de médico. A mesma norma afirma ainda que somente o médico pode atestar as condições de saúde, doenças e possíveis sequelas.

Já a Resolução CFM n.º 1.658/2002 afirma que somente os médicos e os odontólogos têm a prerrogativa de diagnosticar enfermidades e de emitir os correspondentes atestados, em suas respectivas áreas de atuação.
Além disso, a Resolução CFM n.º 1.488/1998 estabeleceu que uma das atribuições do perito-médico de instituições previdenciárias e seguradoras é avaliar a capacidade de trabalho do segurado, por meio de exame clínico, análise de documentos, provas e laudos referentes ao caso.

Em novembro de 2013, o Tribunal Regional Federal da 1a Região, em Brasília, decidiu, por unanimidade, que a constatação de incapacidade laboral deve ser feita, obrigatoriamente, por médicos. A decisão resultou de uma apelação interposta pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra sentença que julgou procedente o pedido de concessão de aposentadoria por invalidez no valor integral do salário.
O INSS alegou nulidade do laudo pericial por ter sido elaborado por profissional de fisioterapia e, ao analisar o apelo, o juiz federal Cleberson José Rocha concordou com a alegação do INSS quanto à nulidade.

 (Foto: Luciana Oliveira/CRM-PB)

Fonte: Portal CFM