terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Vice-governador e Centrais Sindicais entregam projeto do Piso Regional à Assembleia


O vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti, acompanhado de secretários de estado e dirigentes das seis centrais sindicais protocolou nesta segunda-feira, dia 08, as mensagens do executivo que estabelecem os reajustes ao Piso Salarial Regional do Paraná. Se aprovado, o piso regional passará a variar entre R$ 663 e R$ 765 – valores até 50% maiores que o novo salário mínimo nacional (R$ 510). A estimativa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é que o aumento cause um impacto de R$ 150 milhões por mês na economia paranaense.

Os dirigentes sindicais e secretários de governo se reuniram no gabinete da vice-governadoria e seguiram em caminhada através da Praça Nossa Senhora de Salete até a Assembleia Legislativa. Ainda em frente a Assembleia foi realizado um ato público em que Pessuti falou aos trabalhadores presentes. Chegando à Assembléia, os trabalhadores lotaram as galerias com faixas e bandeiras. Pessuti discursou, falando sobre os projetos e o presidente do legislativo, Deputado Nelson Justos, se comprometeu a dar celeridade aos projetos.

“A proposta vai fomentar o desenvolvimento, criando um círculo virtuoso na economia. Com maiores salários, há mais consumo e, portanto, a indústria, a agropecuária, a pecuária, o comércio e a prestação de serviço precisam produzir mais para atender a demanda, gerando mais emprego e mais renda”, afirmou Pessuti.

O piso regional é aplicado para os trabalhadores assalariados cujas categorias não possuem acordo ou convenção coletiva de trabalho. Dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) mostram que o projeto atinge diretamente 350 mil trabalhadores. Segundo o Dieese, o piso serve como base também para os segmentos que não têm convenções coletivas de trabalho. Sendo assim, influencia direta e indiretamente 1,2 milhão de pessoas.

A proposta deste ano reduz de seis para quatro as faixas utilizadas para definir o piso de cada um dos grupos de ocupações. O grupo I, formado por trabalhadores na agricultura, que recebem R$ 605,52, passaria a ter como piso R$ 663 – variação de 9,5%. Com o reajuste, os rendimentos nesta primeira faixa ficariam 30% maiores que o salário mínimo brasileiro.

No grupo II estão enquadrados os antigos grupos 2, 3 e 4, trabalhadores em serviços administrativos, domésticos e gerais, vendedores e trabalhadores de reparação. O piso estadual aumentaria 11,9%, passando de R$ 615,10 para R$ 688,50. Na comparação com o nacional, o valor proposto é 35% maior.

Para o grupo III, trabalhadores na produção de bens e serviços industriais, o mínimo regional vai de R$ 625,06 para R$ 714 – variação de 14,2%. Se aceito, o novo salário será 40% a mais que o brasileiro.

O grupo IV, composto por técnicos de nível médio, que hoje tem previsto em lei salários de R$ 629,45, passaria a ter por direito piso salarial de R$ 765, aumento de 21,5%. Significa que o maior valor do piso estadual seria 50% mais alto que o salário mínimo nacional.

Representaram a CTB no evento os dirigentes Zenir Teixeira, Mario Ferrari (SIMEPAR), Jairo Correa de Almeida (FETAEP), Thiago Andrade Pinto (SINTRAFUCARB), Dr. Zequinha (SIMEPAR), além de diversos militantes dos sindicatos.

Da redação com informações da Agência Estadual de Notícias.

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