terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Medicamento contra câncer está em falta no HC

Via Paraná On Line

Pacientes do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que fazem tratamento contra câncer, estão desde quarta-feira da semana passada sem receber o medicamento de uso controlado Glivec 400mg. A medicação é vital, pois controla o crescimento das células cancerígenas no corpo. Os problemas na distribuição preocupam a família de Levito Piovezan, 47 anos, que não tem condições de comprar o remédio no sistema particular. A caixa de Glivec com 30 unidades custa cerca de R$ 12 mil.

Dafini Piovezan, filha de Levito, conta que a preocupação começou na semana passada, quando a família foi ao HC buscar o remédio para este mês. “Mensalmente pegamos uma caixa com 30 comprimidos, que dá exatamente para um mês. Dessa vez, porém, fomos buscar e não tinha. O pessoal do hospital não soube nos informar a razão dessa falta”, relata. De acordo com ela, os profissionais não deram, inclusive, previsão de quando o medicamento chegaria. “Trata-se de um remédio controlado e que não pode falhar. Ele já está há três dias sem tomar”, ressalta Dafini.

Residentes e médicos do próprio hospital recomendaram atenção à família sobre a importância da continuidade do medicamento. “Os médicos falaram que não poderíamos interromper o tratamento. Estamos lidando com um remédio que meu pai vai ter que tomar a vida toda, sem falhar um dia sequer. É um sentimento horrível saber que ele não está tomando”, diz.

Essa não é a primeira vez que pacientes que fazem tratamento com Glivec no HC sofrem pela falta do medicamento. Em setembro do ano passado, Paraná Online noticiou o drama enfrentado pela falta do remédio. Na época, o HC informou que houve um atraso no pregão nacional feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento, do Ministério da Educação. Além desse, em maio de 2007, a falta de pagamento do medicamento quase deixou os pacientes do HC permanentemente sem o Glivec. O problema foi solucionado posteriormente pelo Ministério da Saúde.

Repasses

Questionado, o HC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, por se tratar de um hospital público federal, a administração está esperando o governo federal liberar os recursos do orçamento para 2011, para então comprar os remédios. Segundo o HC, são gastos, mensalmente, R$ 300 mil para compra dos remédios para 120 pacientes que fazem esse tratamento. Se o problema se prolongar, o hospital afirmou que irá tomar providências para que os pacientes não fiquem sem o remédio.

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