quarta-feira, 16 de março de 2011

Médicos credenciados em planos de saúde vão parar dia 7 de abril

Matéria do Jornal O Estado do Paraná

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM/PR) realizou nesta segunda-feira (14), uma sessão plenária para debater a questão dos honorários médicos, mostrando a insatisfação dos profissionais na relação com as operadoras de planos e seguros-saúde.

O presidente do CRM/PR, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, ressalta que a luta por melhores condições é antiga. “É a oportunidade da classe interagir, manifestar suas ansiedades e dificuldades”.

Segundo Rocha, com a evolução dos planos de saúde, o médico foi colocado em segundo plano. “De todo o sistema o médico é o mais barato”.

O encontro reforçou o convite para que os profissionais participem ativamente do “Dia Nacional de Paralisação do Atendimento aos Planos de Saúde”, no dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde.

Rocha esclarece que será uma forma de protesto contra a falta de reajustes e contratos transparentes com as operadoras do sistema de saúde suplementar, o que tem gerado crescente processo de descredenciamento de profissionais e serviços. “O movimento é em defesa da saúde supletiva, da prática segura e eficaz da medicina e acima de tudo, para mais qualidade na assistência prestada aos cidadãos”.

Os profissionais de medicina afirmam que os planos de saúde interferem diretamente no trabalho médico, criando obstáculos para solicitação de exames e internações, visando reduzir procedimentos, antecipar altas ou transferências de pacientes.

O presidente da CRM, afirma que nenhuma das operadoras se mostrou interessada em fazer um acordo digno para ambas as partes. “Uma forma de protesto foi a dos médicos em Ivaiporã, que iniciaram o processo de descredenciamento dos planos de saúde”, contou Rocha.

Atualmente em Curitiba e região metropolitana são oito mil profissionais atuando na saúde, e que nos últimos 10 anos, convivem com reajustes irrisórios e muito abaixo da inflação e dos percentuais de atualização aplicados pelas operadoras. Carlos afirma que é difícil reunir todos os médicos, porque a classe é heterogênea. “Nem todos trabalham apenas com os planos de saúde”.

Estiveram presentes no encontro aproximadamente 200 médicos, incluindo representantes do CRM, da Associação Médica e do Sindicato dos Médicos do Paraná, que integram a Comissão Estadual de Honorários Médicos, além do presidente e do vice do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d Avila e Carlos Vital Corrêa Lima.

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