terça-feira, 27 de setembro de 2011

Médicos baianos encerram paralisação de uma semana no atendimento a usuários de planos de saúde

Manifestação envolveu panfletagens, debate sobre mercantilização da saúde e atividades artísticas.

Médicos baianos encerraram nesta terça-feira, 27, a paralisação no atendimento aos usuários de planos de saúde, iniciada com o movimento nacional que mobilizou todo o país no último dia 21. A avaliação do Sindicato dos Médicos da Bahia é de que a adesão foi forte no estado e a semana de paralisação contou com a cobertura total da mídia.

De acordo com informações do sindicato, o protesto continuará com a ação judicial que a entidade vai mover para cumprimento de acordos contra a Cassi, Petrobras e Geap. A categoria também realiza assembleia para fazer uma análise da semana de paralisação e definir estratégias de mobilização e pressão contra os planos de saúde que insistem em não negociar com os médicos ou que não cumprem os acordos que envolvem, entre outros itens, o aumento nos honorários. O sindicato quer contar com a participação das sociedades de especialidades para pressionar as empresas. A entidade pretende, ainda, com ajuda de sua assessoria jurídica, acionar o Ministério Público Federal para fiscalizar e acompanhar as ações e conduta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Desde o dia 21 até esta terça-feira, 27, os médicos baianos deixaram de atender usuários de dez planos de saúde no estado: CASSI, PETROBRAS, GEAP, AMIL, HAPVIDA, MEDIAL, INTERMEDICA/NORCLINICAS, LIFE EMPRESARIAL, PROMEDICA E GOLDEN CROSS. A paralisação fez parte do movimento nacional pelo reajuste dos honorários médicos e pela autonomia profissional.

O protesto atingiu o atendimento a procedimentos e consultas eletivas. Os pacientes previamente agendados foram transferidos para outra data e somente casos de urgência e emergência foram atendidos. Os 10 planos mencionados foram escolhidos porque não negociam com a Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM), ou não honram acordo, ou ainda insistem em propostas irrisórias, em desrespeito a médicos e usuários.

A programação da semana de protesto contra os planos de saúde na Bahia contou com coletiva de imprensa, panfletagem e debate sobre mercantilização da saúde, além de eventos culturais como "Acarajé com arte: exposição de médicos com seus cordéis e cartoons sobre Medicina Humanizada", performance do grupo Terapeutas do Riso, "Paralisação de repente: apresentação de repentistas", "Médico tem arte: apresentação musical", e "CBHPM bota a banda na rua: caminhada musical até a nova Praça de Ondina".

Fonte : FENAM

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