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| Foto: FEAES |
Um em cada dez pacientes atendidos em hospitais no Brasil sofre algum tipo de evento adverso, como quedas, falha na identificação, erro em procedimento ou medicamento e infecções. É o que revela uma pesquisa realizada pela Fundação Osvaldo Cruz, que diz ainda que 66,7% dessas ocorrências poderiam ser evitadas com medidas de segurança do paciente no ambiente hospitalar.
A estimativa é de que cerca de 60 mil óbitos ocorrem todos os anos por infecção. São 12 milhões de internações a mais realizadas todos os anos e R$ 10 bilhões anuais em gastos extras, com a prolongação da internação em sete dias.
Para minimizar ocorrência deste tipo, a Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes) está implantando em todas as suas unidades o Programa Qualidade Mais. Com o objetivo de promover a cultura da qualidade e segurança do paciente, o Qualidade Mais convida todos os profissionais que atuam no Hospital do Idoso Zilda Arns, Maternidade Bairro Novo, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas Matriz e nos 11 centros de atenção psicossocial (CAPs) administrados pela Feaes a inserirem em suas rotinas de trabalho as seis diretrizes previstas pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que visam diminuir esses erros no atendimento.
Entre elas estão a identificação correta dos pacientes; comunicação efetiva entre os profissionais; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; realização de procedimentos invasivos de forma segura/ cirurgias e procedimentos; prevenção de infecções relacionadas em assistência em saúde por meio da Higienização das mãos e prevenção de quedas e úlceras por pressão.
O diretor geral da Feaes, Gustavo Schulz, lembra que em 2012, quando o Hospital do Idoso Zilda Arns foi inaugurado, a média de internação era de 12,5 dias e neste ano a média de internação é de 7,5 dias. Essa diminuição é sinal de que quando todas os passos para o atendimento seguro do paciente são seguidos é possível diminuir os custos do cuidado (diminuindo tempo de internação) e riscos para o paciente, além de otimizar a utilização dos leitos hospitalares.
“É possível oferecer um serviço de qualidade no sistema público. Queremos expandir nossa gerência de qualidade para todas as unidades, o cuidado torna-se mais seguro quando todos os envolvidos nos processos de cuidado comprometem-se em desempenhar suas atividades mediadas por práticas seguras”, ressaltou Schulz.
“A discussão de qualidade nasce na segurança do paciente. Ela é a busca de efetividade para a pessoa que está sendo atendida e de quem está atendendo. Também lida com recursos e oportunidades de ampliar a eficiência do serviço que está sendo ofertado”, complementou o secretário municipal de Saúde, César Titton.
No programa serão lançados seis desafios – correspondentes as metas de Segurança do Paciente e Humanização dos Serviços. A primeira, identificação correta dos pacientes, começará a ser avaliada ainda em setembro. Para isso, cada unidade desenvolverá a meta de acordo com a sua realidade de atendimento. A intenção é inserir uma diretriz por mês, com auditorias regulares formadas por profissionais da Feaes e representantes da comunidade que será designado pelo Conselho Municipal de Saúde e, na medida que os desafios forem realizados e as metas atingidas, um selo será entregue – ouro, prata e bronze - de acordo com o porcentual de metas atingidas em cada unidade.
Fonte: Portal FEAES
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